Cem e Uma Maneiras de Encontrar um Mapa

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Nas próximas horas, Mal, Jay e Evie ajudaram Carlos com a meticulosa tarefa de terminar de lavar a roupa de sua mãe. Ou, para ser mais específico, Jay e Evie ajudaram Carlos, enquanto Mal "supervisionou".

Para uma mulher que vivia em uma ilha semideserta cheia de ex-vilões, Cruella com certeza tinha um guarda-roupa elaborado, pensou Mal. Havia cachecóis com franjas e luvas pretas de seda, meias arrastão e vestidos pretos furtivos, envoltórios gordinhos e cardigãs de malha sussurrada, casacos volumosos e espartilhos com babados. Cruella De Vil pode estar exilada, mas isso não significava que suas roupas seriam nada menos do que deslumbrantes.

Mal olhou em volta para Evie, que estava cantarolando enquanto dobrava toalhas em preto e branco. A princesa de cabelos azuis tinha sido relativamente fácil de dobrar, o que era um bom presságio para quando eles realmente encontrarem o cetro. Mal garantiria que Evie fosse a primeira a tocá-lo, absorvendo a maldição e adormecendo por mil anos. Era o esquema do mal para acabar com todos os esquemas do mal, e Mal estava ansioso por uma doce vingança, além de pegar E's diretos para o semestre.

Enquanto isso, Jay estava até os cotovelos em espuma lavando uma série de moletons preto e branco.

-- Isso não dá muito trabalho? - Ela perguntou, sentindo-se exausta só de observar todo mundo.

Carlos acenou com a cabeça, com a boca cheia de alfinetes de segurança.

-- E você faz tudo? - Ela perguntou ao Carlos. Sua mãe pode ignorá-la e se ressentir e repreendê-la, mas pelo menos ela não era a escrava pessoal de Malévola.

Carlos acenou com a cabeça novamente. Ele tirou os alfinetes de segurança da boca e explicou que estava prendendo um bustier em um cabide da mesma forma que a antiga lavanderia favorita de Cruella em Londres tinha. -- Sim. Mas você se acostuma com isso, eu acho. Não se preocupe, estamos quase terminando.

-- Obrigado goblins. - disse Mal, colocando os pés em um otomano próximo.

Mas assim que eles estavam dando os últimos retoques no último lote de roupas e lençóis em preto e branco, eles ouviram o rugido de um motor de carro. Ele gretiu até uma parada em frente ao salão do inferno .

Carlos começou a tremer. -- É ela... Mãe... ela está de volta... ela não deveria estar de volta até amanhã. O Spa deve ter secado.

Mal não tinha certeza por que Carlos estava tão nervoso. Ninguém era tão assustador quanto a mãe dela, afinal—com o que diabos ele poderia estar tão assustado?

Uma porta do carro bateu, e um sotaque pesado de muita fumaça e gritos soou pelo ar.

-- Carlos! Carlos! Meu bebê!- Cruella chorou, sua voz gargantada tocando pela casa.

Mal olhou para Carlos. Meu bebê? Isso não pareceu tão ruim, agora, não é?

-- Meu bebê precisa de um banho!

-- Ela sabe que você está sujo de lá? - Evie perguntou, confusa.

Carlos ficou vermelho novamente. -- Ela não está se referindo a mim," ele sussurrou roucamente. -- Ela quer dizer o carro dela. Ela está me dizendo para lavá-lo.

Evie se afastou da janela com um olhar horrorizado em seu rosto. -- Mas é tão absurdo! Isso levará horas!- O carro vermelho estava salpicado de sujeira ao dirigir pela cidade, preto com crosta e nojento.

-- De jeito nenhum iremos limpando isso. - murmurou Jay, que não poderia estar ansioso para lavar mais uma coisa.

Os quatro saíram da área da lavanderia e entraram na sala principal.

Cruella parou ao ver três adolescentes estranhos em sua casa. Ela ainda usava o cabelo em um preto e branco crespo. Seu longo casaco de pele estava no chão atrás dela, e ela estava chupando um suporte de cigarro preto fino.

A Ilha dos Perdidos - Melissa De La Cruz ( uma história de Descendentes)Onde histórias criam vida. Descubra agora