Capítulo 22!

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— Amor, amor

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— Amor, amor. Acorda.— sinto me balançarem e abro os olhos com dificuldade por causa do sono.

— Reh? O que foi?— pergunto ainda sonolenta.

— A Anjinha tá muito quente. Acho que ela tá com febre.— fala preocupado e eu me levanto com calma, mas preocupada também.

— Vamos checar a temperatura dela,calma.— toco em seu braço,vendo a preocupação estampada em seu rosto.

Vou pra outra parte do quarto e pego o termômetro na bolsinha de primeiros socorros. Sigo pro local onde está o berço portátil e vejo minha neném sentadinha, brincando com a pelúcia preferida dela. Um ursinho que o Reh ganhou quando fomos a um parque de diversões.

— O que foi princesa? Meu amor tá dodói?— pego ela no colo e ponho o termômetro embaixo do seu braço.— Vamos ver como tá sua temperatura.— balanço ela enquanto espero o objeto apitar.

— Tá tudo bem,meu amor.— Reh faz carinho nela ao vê-la chorosa e eu sorrio vendo sua preocupação.

Já passei por situações assim com a Angel antes. É normal que crianças fiquem doentes. Mas é a primeira vez que o Renato passa por isso, então entendo toda a sua preocupação. Sem falar que ele tem um nível de cuidado extremo com a Anjinha. Por ele, se pudesse,ela viveria enrolada em plástico bolha e rodeada de travesseiros para não ter nenhum mísero arranhão.

— É,tá bem alta.— digo ao olhar o visor do termômetro.

— Temos que ir ao hospital.— fala apressado.

— Temos sim,mas ela não está apresentando nenhum sinal além da febre. Então vamos tentar manter a calma,tudo bem?— ponho a mão ao lado do rosto dele e ele concorda ainda agitado.

Trocamos de roupa e pegamos a bolsa da Angel e os documentos dela. Saio com ela em meus braços e entramos na Mercedes que está estacionada em frente ao quarto. A fazenda tá bem quieta por ser bem tarde. O Renato assume a direção e segue até o hospital que tem na cidadezinha próxima a fazenda.

No consultório, nossa bebê fica o tempo todo no colo do Renato, aninhada contra seu peito. Ele parece tão protetor, sussurrando palavras para que ela se tranquilize enquanto acaricia suavemente suas costas. Ver a forma como ele cuida dela faz meu coração aquecer, mesmo em meio à preocupação.

—Vai ficar tudo bem, pequenina—ele sussurra, tentando acalmá-la. —O doutor vai cuidar de você.

Assim que termina de falar, o médico entra na sala. Um homem jovem, com um sorriso gentil.

—Boa noite. O que os trás aqui nessa madrugada?—ele diz, dirigindo-se a nós com um olhar acolhedor.

Explico a ele o que notamos nas últimas horas e que durante a vinda até aqui,a Angel vomitou um pouquinho e chorou bastante.

—Vamos ver como essa princesinha está se sentindo?— se dirige a maca no canto da sala.

O Reh vai até o local indicado pelo médico e coloca a Angel na mesa de exame, mas fica ao seu lado, segurando sua mãozinha. Isso faz com que ela se mantenha tranquila.

O médico começa a examiná-la, falando suavemente para mantê-la calma. Angel se mantém atenta a tudo durante o exame médico e não tira os olhos do pai dela,um segundo sequer. O médico é cuidadoso e atencioso, o que normalmente eu apreciaria, mas algo na forma como ele olha para mim parece incomodar meu namorado.

Conheço o Renato a tempo suficiente para saber diferenciar as suas emoções e as suas feições. E nesse momento,sei bem que ele está incomodado com algo. E não é só com a preocupação que está sentindo pela Angel. Seu olhar sério pode passar desapercebido pra qualquer um,mas não pra mim.

—Ela aparentemente está com uma virose e por causa disso está um pouco desidratada também.— o médico diz, olhando diretamente para mim. —Vou prescrever um antibiótico e recomendar alguns cuidados extras.

Assenti, claramente aliviada, mas sinto a tensão no ar. Quando o médico toca suavemente minha mão, agradecendo pela confiança, sinto o moreno ao meu lado ficar tenso e ajeitar a postura para uma mais séria ainda e ameaçadora. Moço, você tá brincando com fogo e pode se queimar.

—Vamos cuidar bem dela—ele diz, sua voz saindo mais firme do que o normal,pegando a neném novamente no colo. —Tem algo mais que devemos saber?— passa o braço em minha cintura de forma possessiva.

O médico o olha, surpreso pela atitude protetora, mas mantém o mesmo sorriso de antes, pra cima de mim.

—Apenas sigam as instruções e fiquem de olho na febre. Se não melhorar em alguns dias, voltem aqui.

Ele entrega a receita e se despede com um último sorriso, que eu retribuí, agradecendo novamente.  Saio do hospital acompanhada pelo Renato e nos aproximamos da Mercedes. Pelo horário, é o único carro na rua.

Abro a porta traseira e ponho a Angel na cadeira de proteção. A febre já diminuiu um pouco e ela já está ficando sonolenta.Ajusto o cinto dela e enquanto faço isso,não consigo deixar de perceber que meu lindo namorado ainda está com uma expressão fechada.

— Tudo bem,amor?— pergunto sem olhar pra ele, apenas pra sondar seu humor.

—Ele pareceu bem interessado em você—ele comenta de repente,me fazendo olhar surpresa pra ele. Renato é bom em admitir sentimentos, mas ciúmes com certeza não é um deles.

—O que você quer dizer com isso? Ele estava apenas fazendo o trabalho dele.— contorno a situação a fim de acalma-lo um pouco.

—Eu sei, só... Não gosto de como ele te olhava. Acho que estou um pouquinho de ciúmes.— Ele suspira, claramente tentando controlar a irritação.

—Você está sendo bobo.— não,não está.—Ele é só o médico que atendeu nossa filha. E, além disso, é você que está aqui, cuidando de nós, sempre.— Não posso deixar de sorrir suavemente, tocando seu braço.

—Você tem razão. Desculpe por isso. Só me preocupo porque vocês duas são tudo para mim.— Ele sorri, a tensão em seu rosto diminuindo um pouco.

—Nós sabemos disso. E nós te amamos.— me aproximo dele e o beijo de foram suave, lhe transmitindo meu amor.

Até o próximo capítulo...

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