"Tão doce e em paz"

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Klaus Hans

- "Ansiedade"?! - Gargalha alto - "Menos-homem"? Que golpe baixo, Klaus! - Mia pega sua barriga se acabando de rir.

E eu a contemplo sem achar graça nenhuma.

- Ah não me olhes assim. Tu sabes o que fazes. - Ela dá de ombros ainda rindo.

- Não teria tanta certeza disso. Eu disse-te mais cedo, não sei mesmo o que deu em mim ontem. Simplesmente deixei passar algo que ansiava e ansio por muito tempo.

Mia se encosta na bancada da cozinha mostrando prestar atenção às minhas palavras.

- Pode ter sido a tua razão que congelou-te. Também se vocês tivessem transado talvez ativaria algum gatilho nela.

Arregalo os olhos pensativo.

- É cientificamente provado? Eu não creio nisso.

- Não percebo maninho. Aonde pensas chegar com isso tudo?

- Não quero que ela se lembre de como eu fui com ela em momento ilúcidos. Angela já não é uma felina indefesa, está totalmente feita e de nenhuma maneira aceitaria-me todo quebrado como sou. Ou entenderia.

Esfrego as mãos pelo meu rosto.

- Os pais dela e toda a família deixaram bem claro que eu me afastasse dela...

Passavam-se 3 meses desde a noite em que a visitei sorrateiramente e acabava de tomar conhecimento de que ela havia acordado do seu coma. Meu coração esteve a mil.

Eu estive vivendo em um hotel à poucos quilómetros do hospital então  me apressava em pegar meu carro e ir logo para o hospital, encontrando a porta de seu quarto aberta e pelas janelas de vidro via ela sendo abraçada pelos pais e irmãos.

Meu coração errava batidas. Ela havia realmente acordado!

Seu corpo já não tinham vestígios dos meus abusos e insolências, ela estava completamente renovada.

Pretendia entrar quando sua mãe me avistou primeiro e me parava exactamente na porta.

- Klaus, não! - Ela falava o mais calmamente possível.

- Deixa-me- ela está bem? Ela- senhora Quinn, por favor deixe-me passar. - Implorava ansioso.

- Tenho de falar contigo antes. Eu até fui benevolente mas eles não serão. - Apontava para a família que não notou a ausência da matriarca - Vem, vamos para o outro lado.

Andamos juntos até um outro corredor.

- Nala perdeu a memória.

- O quê?!

- Ela em nenhum momento perguntou por ti. Os especialistas crêem que ela tenha regredido 3 anos, exactamente antes do vosso relacionamento.

- É muita coincidência. Eu sei que vocês nunca me quiseram com ela!

- Realmente e olha que nós estávamos certos!

Baixava a cabeça.

- Há possibilidade de recuperação? De se lembrar de mim?

- O que há para se lembrar?  Que você quase a matou? Que ela tentara suicídio por sua causa? Eu vi as marcas! Você não fez nada mais do que acabar com a vida dela. Deus deu-nos a todos essa oportunidade de recomeçar. Deu a ela...

Franzia o cenho.

- Olha, eu sei que você a amava. Tem os seus dilemas internos mas, eu tenho a certeza que você a AMA. - Ela enfatizava o verbo por perceber que discordava com a conjugação no passado - E se você realmente a ama, você vai se afastar dela e vai deixá-la ser feliz. Não vai rondar mais nossa casa, não vai perseguir ela, não vai ser um tormento para ela.

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⏰ Última atualização: Aug 05 ⏰

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Kla-us Ha-nsOnde histórias criam vida. Descubra agora