"Prazer"

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Nala Angela

Sou largada em completa dúvida.

Uma hora estamos nos pegando e noutra ele vai embora de repente. Como pode? Seu cheiro ainda emana pela entrada. Pelo meu corpo.

Assisto a porta aberta, sentindo uma dor estranha.

Seria isso a rejeição?

Desvio-me desses pensamentos fechando a porta. Ando pela sala pegando minha bolsa em direcção ao quarto e atiro a mesma assim que entro.

Lanço-me na cama de costas, espalhando meu cabelo pelos lençóis. Encontro alguma dificuldade para aceitar que 5 minutos foram suficientes para que as coisas tomassem rumos diferentes, estranhos.

Ainda consigo sentir o fogo entre minhas pernas e isso me deixa de certa maneira frustrada e...intrigada. Intrigada pelo facto de uma rejeição daquelas ter despertado mais desejo por ele.

É só tesão. Há muitos homens mesmo.

Nessa onda de haver muitos homens acabo respondendo as mensagens do meu ex, Eryk.

"Oi."

No mesmo instante ele responde:

"Oi morena. Pensei que nunca mais fosses me responder."

Afff. E já me arrependi.

"Não devia mesmo ter respondido. Boa noite, tchau."

"Não, espera. Não faz assim. Eu quero falar contigo. Tenho querido há muito tempo e tu sabes disso"....

<<>>

Acordo repentinamente e vejo as horas: 9h29.

Para alguém que dormiu tarde eu acordei bem cedo e realmente não consigo voltar a dormir.

Levanto-me e dirijo-me ao espelho na casa de banho.

Meus olhos atravessam meu rosto e descem até o pescoço e tronco.

Meu Deus.

Tenho alguns chupões na pele.

E para quê, né? Se não deu em nada e tive de apagar o fogo por mim mesma.

Que raiva desse homem!

Balanço a cabeça e de seguida faço a minha higiene.

Ele escusou-se de mandar mensagem ou de dizer alguma coisa-

Tenho de parar de pensar nisso.

Decido vestir-me para caminhar talvez uns 3 quarteirões, o clima está ameno e eu realmente preciso de relaxar, infelizmente não no sentindo que eu pretendia.

Coloco umas leggings pretas a combinar com uma camisa térmica, meias e ténis brancas e pego minha bolsa pequena e prendo na cintura, guardando meu telefone, bilhete de identidade e algum dinheiro.

Amarro meu cabelo com um elástico para trás e saio de casa.

Dou volta correndo um pouco ao que seriam 2 quarteirões e começo a caminhar no terceiro. Já sentindo meus pulmões se abrirem e meus pensamentos se suavizarem.

Ao andar mais um pouco começo a sentir sede então, paro e avisto uma pastelaria entre todos os edifícios sem fins alimentícios.

Entro e me deparo com uma pequena fila, por volta de quatro pessoas, que logo se torna a três pessoas.

Enquanto espero olho em volta...

Kla-us Ha-nsOnde histórias criam vida. Descubra agora