Izuku era um ômega de dezenove anos, idade considerada muito velha para se casar. Por conta disso, muitos alfas não se interessam mais por ele e por saberem de seu passado. Muitas pessoas do vilarejo falavam mal e inventavam histórias sobre o esverd...
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– Querido, será que pode buscar um pouco de água no lago para tomarmos banho? – A senhora Inko pediu. Estava ao entardecer e a mais velha preparava o jantar dos dois, enquanto Izuku costurava algumas roupas para entregar no próximo dia.
– Sim, claro! – Izuku respondeu, largando a peça prontamente. – Você precisa de mais alguma coisa?
– Não filho, só isso. Vou terminar o jantar daqui uns trinta minutos. – Ela respondeu e Izuku concordou.
Ele saiu de sua cabana que era mais como um chalé e então buscou os dois baldes de água. Seria bem trabalhoso levar o balde cheio de volta para casa, mas Izuku iria com a charrete para facilitar tudo.
O rapaz guiou o burrinho que tinham em casa e colocou os baldes de cima da carroça, logo andando até o lago. O lago das Zafiras era conhecido por se um lugar famoso e ponto de encontro dos ômegas que precisavam lavar as roupas e buscar água para banhar. Eles não bebiam daquela água por ser suja, mas usavam para outras coisas.
Havia alguns ômegas ali lavando a roupa, mesmo que não fosse o dia correto e Izuku avistou sua melhor amiga, Uraraka lavar algumas roupas dela e de seu marido. Izuku parou a charrete próximo do lago e se aproximou com os baldes e logo a amiga o viu.
– Izuku, boa tarde! – A amiga o cumprimentou.
– Boa tarde. Lavando roupa? Pensei que fosse só as quartas. – Ele perguntou se aproximando do lago e enchendo os baldes para levá-los de volta na carroça.
– Sim, mas é que Iida iria precisar dessas roupas para amanhã e eu precisei vir lavar. Sabe como os alfas são bagunceiros...– Ela disse suspirando.
– Não, não sei. – Uraraka riu. – E por que o Iida não lava as próprias roupas? – Izuku perguntou irritado e se sentou ao lado da amiga.
– Não começa, Izu... já tivemos essa conversa antes. É como as coisas devem ser... Iida põe a comida em casa e eu cuido dela. – Izuku revirou os olhos e bufou.
– Me passa uma peça pra eu te ajudar. – Ele pediu, tinha algum tempo sobrando. – E que não seja íntima, pelo amor de Deus!
Uraraka riu e estendeu a roupa para o amigo e ele começou a lavar para ajudá-la.
– Você vai entender quando tiver o seu alfa. – Uraraka acrescentou e Izuku pareceu se lembrar de algo.
– Uraraka, ontem a noite eu tive uma revelação! – Ele falou dramaticamente e a amiga o observou curiosa. – Eu estou decidido: nunca vou me casar com um alfa e nenhuma outra espécie.
