Desastre

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MELISSA EVANS

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MELISSA EVANS

Acordo totalmente desesperada ao som do alarme marcando 5 da manhã. Pego ele e jogo contra a parede.

— Fala sério, tenho ódio de acordar cedo — murmuro para mim mesma, sentando na cama de solteiro.

Olho em volta e meu quarto está totalmente revirado, parecendo que um furacão passou por aqui.

— Meu Deus, um furacão passou aqui, só pode!

Levanto da cama e começo a pegar as roupas espalhadas pelo chão, levando-as até a lavanderia do meu pequeno apartamento. Moro sozinha com meu pai, desde que minha mãe faleceu quando eu tinha 13 anos. Meu pai faz o melhor que pode, mas ele definitivamente não é o pai do ano.

Coloco a máquina para lavar as roupas e volto para o quarto, tentando organizar a bagunça. Arrumo a cama e recolho os pratos que estavam por lá, parecendo mais o armário da cozinha do que meu quarto.

Depois de deixar o quarto em ordem, vou para a cozinha e arrumo tudo por lá também. Chegando na sala, solto um suspiro.

— Meu Deus, esse apartamento tá dando cria de sujeira, misericórdia.

Dou um jeito na sala também, finalmente deixando tudo em ordem. Volto para a cozinha e começo a preparar o café da manhã, quando ouço a porta se abrir.

— Bom dia, papai. Como o senhor está?

— Oi, minha pequena. Tô cansado... O que você tá fazendo de bom aí pra gente? — diz ele, sentando-se no balcão da cozinha e me olhando com um sorriso cansado.

Meu pai, Fernando, tem por volta de 53 anos. Ele é um homem alto, de pele clara, mas queimado do sol por conta dos anos de trabalho em obras. Agora, trabalha à noite em uma indústria. Seus cabelos grisalhos e bem cortados são o charme, mas ele sempre diz que é a barba por fazer que lhe garante os olhares das mulheres.

— Tô fazendo ovos, café e tem frutas cortadas também — digo, indo até ele e o abraçando por trás, fazendo-o relaxar.

— Você é um anjo, sabia? — diz ele, encostando a cabeça em mim e me olhando com seus olhos azuis maravilhosos.

— Que isso, papai — respondo, me soltando e pegando os pratos, colocando-os na mesa. — Minha entrevista na empresa O'Connell é hoje.

— Você vai se sair muito bem, meu amor. Tenho muito orgulho de você! — ele diz, piscando o olho. — Vou trabalhar hoje até mais tarde novamente, vou sair às 12:00, então me mande mensagem após a entrevista.

— Mando sim, senhor Fernando!

Ele termina o café, se levanta e me dá um beijo no topo da cabeça antes de ir para o banheiro tomar um banho e dormir.

Fico na sala, esperando meu pai sair do banheiro, sentindo uma mistura de nervosismo e empolgação pela entrevista

Volto aos meus pensando olhando pra o relógio que tinha ao lado da TV e já marcava 6:35AM, fui em direção ao banheiro tomando um banho lavando o cabelo

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