11- Passos no abismo

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𝙃𝙖𝙧𝙧𝙮

— Malvadinha, vamos pra outro lugar então. — Falo pegando na mão dela.

Ela se levanda sem dizer nada, a gente vai para o corredor onde ficava os banheiros e não tinha ninguém até o momento.

Eu beijo ela, dessa vez um beijo de verdade, não só selinho. Ela estava cheirosa, aquele perfume me deixava louco, ela era a própria perdição.

Nós nos separamos do beijo por estarmos ofegantes. Eu senti uma coisa estranha enquanto beijava ela e falei:

— É estranho te beijar com essas presas. — Falo rindo e apontando pra boca dela.

— Pra mim é normal, eu já tô acostumada. — ela fala rindo de volta.

— Ae, seu marido tem. Ele só não sabe que você prefere o pirata aqui do que ele. — Falo provocando ela.

— É porque tem coisas que só você consegue fazer por mim. — ela mordendo o lábio inferior e passando a mão no meu braço.

Porra, essa garota acaba comigo.

— E oque eu faço que ele não faz? — pergunto me aproximando dela.

Eu consigo sentir sua respiração ofegante contra meu rosto.

Ela não fala, apenas puxa meu pescoço e me beija, eu coloco as pernas dela em volta do meu quadril pegando ela no colo e me encostando na parede.

A gente estava se beijando loucamente, sentir nossos corpos se encostarem estava me dando uma sensação muito boa. Ali naquele momento eu tinha mais certeza que amava aquela garota.

Eu a segurei firme, nossos lábios se movendo com urgência. A sensação da sua pele contra a minha, mesmo através das roupas, era eletrizante.

— Harry, isso é tão errado... — Mal sussurrou entre os beijos, sua voz cheia de desejo e culpa.

— Então por que você não consegue parar? — eu murmurei, a puxando ainda mais sua cintura.

Assim que termino a frase, escutamos um barulho, de passos vindo em nossa direção.

Eu coloco mal no chão gentilmente, nervoso por medo de alguém ver a gente nessa situação.

Nós estávamos suados e os passos iam se aproximando, quando conseguimos ver quem era, era a Jane.

— Oii gente, oque estão fazendo aqui? — ela pergunta confusa.

Eu respiro aliviado vendo que ela não percebeu oque estávamos fazendo.

— Nada, estamos apenas conversando. — Mal fala deixando transparecer um pouco de nervosismo.

— No corredor do Banheiro? — ela pergunta desconfiando um pouco.

Eu dou um jeito de fugir do assunto, e Jane entra no banheiro, no momento que ela fecha a porta, Mal fica na ponta dos pés para chegar ao meu ouvido e fala:

— Vamos pra minha casa. —

— Tem certeza? — eu pergunto hesitando e ela assente com a cabeça.

Eu seguro sua mão e a levo em direção à saída, tentando não chamar atenção. O caminho até a saída do castelo pareceu mais longo do que o normal, com nossos corações acelerados.

Quando finalmente saímos, eu a ajudo a entrar no carro, e dirigimos em silêncio. A tensão entre nós é palpável. Olho para ela algumas vezes, vendo como ela mexe no cabelo, nervosa.

Chegamos à casa dela, e eu estaciono o carro na garagem.

Mal desce primeiro, e eu a sigo até a porta. Ela destranca a porta e entramos. A casa está escura e silenciosa.

Não É Apenas Final feliz || DescendentesOnde histórias criam vida. Descubra agora