16- O peso das expectativas

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Dia seguinte...

𝙃𝙖𝙧𝙧𝙮

Eu estou sozinho no convés do meu barco, olhando fixamente para o horizonte enquanto o vento balança suavemente as velas. O céu está tingido de tons vermelhos e laranjas à medida que o sol começa a se pôr. O som das ondas batendo contra o casco é a única coisa que quebra o silêncio.

Eu estava muito abalado com o lace da Mal. Eu gosto dela de verdade, mas sempre sou a segunda opção, mesmo assim não consigo deixar ela.
Minha mente estava me matando, pensava sobre a gravidez dela.

Ela disse que tem a possibilidade deu ser pai dessa criança, isso estava me corroendo. Porque se eu realmente for pai dessa criança, oque a gente vai fazer? Eu imagino como ela está se sentindo agora.

A única coisa que eu posso fazer é apoiá-la e estar aqui pra ajudar ela. Eu não ia deixá-la em um momento tão difícil.

Eu estava me deixando levar pelos meu pensamentos, até que um dos meus homens veio me avisaram que tinha alguém vindo me visitar. Mas quem? A essa hora, sem me avisar que vinha?

Então, vejo a figura imponente do Killian Jones, surgindo na borda do barco. Mas conhecido como Capitão Gancho, meu pai.

Meu coração acelera com a surpresa e o medo. Não o via há muito tempo, e eu havia feito tudo para evitar esse encontro. Mas aqui ele está, exatamente quando eu não consigo lidar com mais uma pressão.

- Pai?... O que você está fazendo aqui no meu barco? - Minha voz treme com a surpresa e a preocupação.

- E aí, filhão! Como você está? - Ele se aproxima e coloca a mão em meu ombro com um sorriso que não esconde a tensão entre nós.

Eu e meu pai sempre tivemos uma relação meio ruim depois que minha mãe foi assassinada. Ele sempre exigia muito de mim, colocava muito pressão para eu ser o melhor, igual a ele. Isso era uma coisa que eu tinha em comum com a Mal, nossos pais queriam que fôssemos iguais a eles.

Quando eu vim morar em Auradon, tentei evitá-lo ao máximo. Eu amo meu pai, mas não gostava dele me sufocando pra ser igual a ele. Aqui eu podeira ser quem eu quisesse ser, sem a pressão dele em cima de mim.

E nesse momento de fraqueza que eu estou passando ele aparece? Eu não estava preparado pra ele me colocar pressão de ser o melhor em tudo novamente. Agora, que ele está aqui, eu me sinto como se tudo estivesse voltando.

- Oi... eu estou bem. Mas oque você tá fazendo aqui? - eu pergunto de novo, estava sentindo uma coisa estranha.

- Ué, não posso vir ver meu filho mais não? Estava com saudades. - Ele me responde com um sorriso sarcástico no rosto.

- Saudades? Desde quando você tem tempo pra isso? - Tento soar desinteressado, mas minha voz falha um pouco.

Parece que perto dele eu tento parecer forte, mas nunca consigo. Me sinto... fraco perto dele.

- Filho, não seja tão desconfiado. - Ele dá uma risada suave, mas há uma ponta de frieza nela. - Estou apenas querendo saber como você está. Ouvi dizer que você tem estado ocupado... com uma certa rainha.

Ele me olha com a sobrancelha arqueada e se senta em cima de um barril que está no convés do navio.

- O que você quer dizer com isso? - Meu estômago se revira ao ouvir a insinuação. Sei que ele nunca traz notícias boas.

- Me diz você! Oque está acontecendo entre você e aquela "projeto de vilã"? - Ele me responde friamente com uma outra pergunta.

Ele sempre apoiou o meu namoro com Mal na infância. Mas depois que ela se "converteu" e parou de ser malvada ele tem um pé atrás com ela.

Não É Apenas Final feliz || DescendentesOnde histórias criam vida. Descubra agora