Megumi Fushiguro leva uma vida comum como um adolescente do terceiro ano do ensino médio, prestes a se formar. Ele desfruta da companhia de seus dois melhores amigos e tem um pai adotivo brincalhão. No entanto, Megumi nunca poderia ter previsto que...
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Deixa eu olhar se não estou esquecendo nada: minha carteira? Peguei. Minhas chaves? Peguei. Meu celular? Tá na mão. É, tudo certo! Começo a caminhar até a porta da saída.
- Onde você vai?
Olho para trás, vendo meu pai saindo da dispensa. - Amanhã é o ensaio fotográfico para a formatura, então estou indo cortar o cabelo. - Explico, passando a mão no meu cabelo, que já está grande.
- Então espera aí, que também vou aproveitar e cortar o meu. Só deixa eu trocar de camisa. - Meu pai começa a subir as escadas. Ele está usando uma camisa velha, que já tem alguns buracos. Como se diz aquela velha frase: "Parece que veio da guerra".
Me encosto na parede e mexo no celular, esperando. Dois minutos depois, ele volta com uma camisa nova da cor branca.
- Vamos? - Ele pergunta, passando por mim e abrindo a porta.
Concordo com a cabeça, sigo, fecho e tranco a porta atrás de mim. Começo a andar.
- Onde você corta o cabelo, filho? - Meu pai pergunta, me seguindo.
- No cabeleireiro aqui perto, não é muito longe. - Aponto para uma rua que vamos subir.
Uns quinze minutos de caminhada, chegamos no cabeleireiro. Eu entro primeiro. Que sorte! Não tem quase ninguém na fila. Aqui é bem espaçoso. Tem dois lugares para cortar o cabelo, um espelho gigante, três banheiros, um bebedouro, uma mesinha com uma garrafa de café, com alguns copos descartáveis do lado. As paredes são lotadas de quadros com frases escritas, relacionadas a barbeiraria e algumas fotos de cortes de cabelos.
- Jovem, Fushiguro! Que bom te ver! - O meu cabeleireiro fala com um sorriso, quando nota minha presença.
- Olá! - Caminho até as cadeiras macias e me sento para esperar minha vez.
- Já estou quase terminando com esse cliente, depois pode ser você. Meu ajudante não está aqui, ele foi almoçar. - Meu cabeleireiro fala, ligando a maquininha de cortar cabelo.
- Sem problemas, mas não vai ser só eu que vou cortar o cabelo, meu...
- Toji Fushiguro!? - O cabeleireiro para de contar o cabelo do homem, quando vê meu pai parado na entrada. Ele está com uma cara de surpresa e espanto no rosto - Então você finalmente saiu da prisão...
- E aí! Há quanto tempo. - Meu pai fala indiferente, caminhando com as mãos dentro dos bolsos da calça.
O cabeleireiro balança sua cabeça, saindo do seu "transe". - Que bom te ver novamente! - Ele estende a mão para cumprimentar.
- É bom ver você também. - Meu pai tira uma mão do bolso e aperta a mão do cabeleireiro.
- Vocês se conhecem? - Pergunto confuso.
- Claro! Eu cortava o cabelo do seu pai antigamente. Rapaz, olhando para ele e você, posso dizer que você, jovem, é a cara do seu pai. - Ele ri.