' entre tapas e beijos '

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Draco saiu do bar antes mesmo de colocar o pé lá dentro, seus olhos de raiva e o sentimento de ser traído invadindo seu corpo. Ele tinha visto eu e Hana, e mesmo sem saber a verdade, a dor de imaginar-me com outra pessoa foi suficiente para tirá-lo do controle. Eu, inocente naquela história toda, não podia correr atrás dele imediatamente. Então, fingi ter uma dor de barriga para sair de lá e encontrá-lo o mais rápido possível.

— Ahhh... Que dor... — falei, colocando a mão na barriga, dobrando-me ligeiramente para tornar a atuação mais convincente.

— O que está acontecendo, amor? — Hana perguntou, insuportável como sempre, sua voz soando mais preocupada do que realmente era.

— Uma dor de barriga repentina — falei, fazendo caretas para tentar agravar a situação. Minha mente estava apenas em Draco e no quanto ele devia estar sofrendo.

— Quer que eu te acompanhe até a enfermaria da escola? — Ron sugeriu, e eu logo o interrompi, a ansiedade me consumindo.

— NÃO! Digo, não... Eu posso ir sozinho. — Meu tom foi mais firme do que pretendia, mas eu precisava sair dali imediatamente.

Saí de lá o mais rápido possível, e assim que coloquei o pé fora do bar, a chuva começou a cair, fria e insistente, como se refletisse o desespero que sentia. Quase correndo pelas ruas de Hogsmeade, verifiquei todos os pontos onde Draco poderia estar. A cada segundo que passava, minha preocupação aumentava. E se ele fizesse algo impulsivo? Quando finalmente o encontrei, ele estava em cima de uma ponte, chorando incontrolavelmente. Ele nem percebeu que eu estava lá.

Coloquei a mão em seu ombro, tentando oferecer algum consolo. Ele se assustou, recuando imediatamente.

— O que é? Me deixe em paz, seu canalha insensível! — Draco gritou, chorando. Seus olhos, normalmente tão frios e calculistas, agora estavam vermelhos e inchados de tanto chorar. A chuva escorria pelo seu rosto, misturando-se às lágrimas. — Você tem ideia do quanto isso dói?

— Draco, me escuta... — tentei começar, minha voz suave, mas ele me interrompeu antes que eu pudesse explicar.

— Escutar o quê, Harry? Você beijando outra pessoa? — Draco cuspiu as palavras com desprezo, seus olhos faiscando de raiva e dor. — Eu sabia que você era um covarde, mas isso... Isso é demais!

— Draco, eu não beijei ela. Hana me pegou de surpresa. Eu não sabia quem ela era e certamente nunca beijaria alguém que mal conheço. Você sabe disso. — Meus olhos estavam fixos nos dele, tentando transmitir a sinceridade de minhas palavras, minha voz tremendo com a urgência de ser acreditado. A chuva caía forte, encharcando nossas roupas e intensificando o drama da situação.

Draco respirou fundo, tentando controlar os soluços que sacudiam seu corpo.

— Você espera que eu acredite nisso? — Draco perguntou, sua voz cheia de dor e incredulidade. A chuva parecia lavar algumas de suas lágrimas, mas a dor permanecia em seus olhos.

— Sim, porque é a verdade. Eu nunca mentiria para você, Draco. — Eu dei um passo à frente, tentando alcançar seu olhar, sentindo meu coração bater acelerado.

Draco ficou em silêncio por um momento, ainda soluçando. Ele parecia estar processando minhas palavras, e eu podia ver a confusão e a dor em seus olhos diminuindo lentamente. Mas ainda havia tanta dor lá, tanto medo de ser traído novamente.

— Eu... Eu não sei o que pensar... — Draco disse, sua voz mais baixa agora, mas ainda carregada de emoção.

— Só pense no que temos, Draco. Eu nunca faria isso com você. — Eu dei um passo à frente e abracei Draco, sentindo-o tremer contra mim. Ele finalmente cedeu, retribuindo o abraço com força, mas de repente, Draco me empurrou, rompendo o abraço.

— Não, Harry! Você não entende! — Draco gritou, sua voz cheia de frustração. — Como eu posso confiar em você depois disso?

— Draco, por favor, acredita em mim... — tentei alcançá-lo novamente, mas ele me deu um tapa no rosto, o som ecoando no silêncio do local.

— Eu te odeio, Harry! — ele gritou, suas lágrimas misturando-se com a chuva. — Como você pôde fazer isso comigo?

O tapa me deixou atordoado, mas eu me recuperei rapidamente, ignorando a dor física e focando na dor emocional que estava causando a Draco.

— Draco, eu nunca faria isso! — minha voz falhou, mas eu continuei. — Eu te amo, e nunca trairia sua confiança desse jeito!

— Amar? — Draco riu, mas era um riso sem alegria. — Isso não é amor, Harry. Isso é tortura!

Ele deu outro tapa, e eu senti a dor e a angústia em cada movimento.
— Eu entendo que você está com raiva, mas você precisa acreditar em mim. Eu sou seu, Draco. Sempre fui. — Eu enxuguei uma lágrima que caía do meu rosto, tentando manter a calma.

Draco hesitou, a raiva em seus olhos diminuindo um pouco, mas ainda presente.

— Como posso acreditar nisso depois do que vi? — ele murmurou, sua voz quebrada, os olhos enchendo-se de novas lágrimas. A chuva caía entre nós, mas eu podia ver claramente a dor em seus olhos.

— Porque é a verdade, Draco. Eu nunca mentiria para você. — Eu dei mais um passo à frente, ignorando a dor dos tapas. — Você é tudo para mim.

Ele me olhou por um longo momento, suas lágrimas continuando a cair, a luta interna visível em seu rosto. Finalmente, ele desabou nos meus braços, soluçando. A chuva continuava a cair, como se o mundo estivesse chorando junto conosco.

— Eu só... Eu só não quero te perder, Harry... — Draco sussurrou, sua voz fraca, quase inaudível.

— Você nunca vai me perder, Draco. — Eu o segurei com força, sentindo seu corpo tremendo contra o meu. — Eu prometo.

Foi então que ouvi um barulho suave vindo debaixo da ponte. Meus olhos se arregalaram ao ver Hermione ali, com uma expressão de choque e compreensão no rosto. Ela tinha ouvido tudo.

— Hermione... — Eu comecei, mas ela levantou a mão para me interromper.

— Eu... eu não sabia... — Hermione disse, sua voz trêmula. — Não sabia que vocês estavam juntos.

— Agora você sabe. — Draco respondeu.

— Eu só quero que vocês saibam que estou aqui para apoiar vocês dois, independente do que aconteça. — Hermione olhou para Draco com compaixão. — Você merece ser feliz, Draco.

Draco suspirou, as lágrimas ainda escorrendo pelo rosto, mas agora misturadas com uma pitada de alívio.

— Obrigado, Hermione... — ele murmurou, e pela primeira vez naquela noite, um pequeno sorriso apareceu em seu rosto, um sorriso que trouxe um raio de esperança.

Hermione acenou com a cabeça, um sorriso suave em seus lábios, e se afastou, deixando-nos sozinhos novamente. Draco se virou para mim, com uma expressão de culpa misturada à dor.

— Harry... você está bravo comigo? — ele perguntou, sua voz trêmula, os olhos cheios de medo de minha resposta. — Por causa dos tapas?

Eu sorri suavemente e balancei a cabeça, enquanto a chuva continuava a cair sobre nós, mas o ao contrário de antes, ela estava mais calma, mais "singela" as gotas que antes caiam com uma força, agora caiam lentamente come se fosse em uma doce música calma.

— Como eu poderia ficar bravo com você? — Eu disse, enxugando as últimas lágrimas de seu rosto. — Você é a única pessoa que amo.

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O VEYYY SE VOCÊS DISSEREM QUE ESTE CAPÍTULO NÃO FOI EMOCIONANTE EU PARO DE ESCREVER!!!!!
Eu particularmente fiquei tipo 🤨 quando o draco bateu no Harry (eu faço tudo como minha cabeça acha que os personagens reagiriam)

Não sei se pegaram uma referência de um dorama no último diálogo

"Como posso estar bravo com você? Você é a única que amo" — thyme, f4 Thailand

E ISSO UM BJ DA MIA, NÃO SE ESQUEÇAM DE VOTAR NA HISTÓRIA 🫶🏻😘😘

𝙤 𝙙𝙞á𝙧𝙞𝙤 𝙙𝙚 𝙙𝙧𝙖𝙘𝙤 𝙢𝙖𝙡𝙛𝙤𝙮 - 𝘋𝘙𝘈𝘙𝘙𝘠Onde histórias criam vida. Descubra agora