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Japão — Era Taisho ( 30 de julho de 1912 até 25 de dezembro de 1926)

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Japão — Era Taisho ( 30 de julho de 1912 até 25 de dezembro de 1926)

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Sakonji Urokodaki jurou a si mesmo que jamais abriria uma brecha em seu coração que há muito foi endurecido com a perda de seus alunos. Ele jurou que não criaria laços, que não seria gentil demais e não se apegaria a sorrisos inocentes que ele sabe que jamais veria novamente assim que os enviasse a Seleção Final.

Mas ele se vê aqui, parado contra o batente da porta observando a garota que um dia foi pega por ele em meio a neve num inverno rigoroso, se espreguiçando deitada na grama manchada pelo orvalho da manhã e apreciando o sol.

A visão há muito se tornou familiar para ele. Nas primeiras vezes ele se questionou se ela não havia dormido já que assim que os primeiros raios de sol dessem indícios de surgir no horizonte ela estaria ali, deitada a grama e olhando para o céu ansiosamente enquanto espera o sol brilhar entre as nuvens.

Seus olhos azuis olhavam com uma melancolia quase dolorosa, como se estivesse encarando um velho amigo que há muito desejou reencontrar. Suas mãos se esticavam como se desejassem alcançar o sol, ele acha que se fosse possível, mesmo que a queimasse ela ainda o faria.

Ele descobriu que Mizuki gostava especialmente do sol. Está era uma das poucas coisas que ele sabia que a jovem tinha apreço além de cantar, coisa que ela fazia sempre que estava treinando.

Sim, treinando.

Ele, Sakonji Urokodaki, o ex-hashira da água que jurou jamais abrir a pista de treinamento após a morte de seus mais recentes dois queridos alunos, abriu uma exceção pela primeira vez em anos.

A memória do dia em que decidiu treinar Mizuki ainda estava fresca em sua mente.

“ Era apenas mais uma manhã comum, o sol brilhava no céu azul, Mizuki estava deitada na grama com a coruja — que ele não pronunciava o nome por achar constrangedor — aconchegada em seu peito, uma melodia desconhecida ecoava por seus lábios junto a brisa fresca do dia, a visão parecia tão tranquila que ele poderia ter se juntado a ela se não estivesse muito velho — e com medo de se apegar — para isso.

Ele estava prestes a entrar novamente para dentro de sua casa ajzndi a voz com a qual ele se acostumou soou junto aí vento.

Senhor Urokodaki. — Mizuki disse, ainda deitada contra a grama ela esticou a cabeça para trás e olhou para ele — Eu...gostaria de saber se posso usar sua pista de treinamento? — seu tom levemente hesitante não foi o que o fez parar, sua frase ecoou contra sua cabeça e ele lentamente virou sua cabeça em direção a ela.

𝐀𝐑𝐌𝐘 𝐎𝐅 𝐃𝐑𝐄𝐀𝐌𝐄𝐑𝐒 - 𝐊𝐢𝐦𝐞𝐭𝐬𝐮 𝐧𝐨 𝐘𝐚𝐢𝐛𝐚Onde histórias criam vida. Descubra agora