𝐌𝐈𝐙𝐔𝐊𝐈 𝐌𝐀𝐓𝐒𝐔𝐌𝐎𝐓𝐎 nunca soube o que faltava em sua vida para enfim sentir o sentimento de estar finalmente completa. Ela estava na busca de um novo propósito para se sentir verdadeiramente humana quando o mundo em que vivia colapsa.
E...
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Ruínas — ??? ( Tempo indefinido)
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Há muito tempo, quando tudo no universo não passava de uma imensa escuridão, um buraco surgiu entre os véus do mundo, uma fraca e tênue brecha, algo que não poderia ser tocado pelos ignorantes mortais e os mais fracos deuses.
Este lugar foi chamado de A Fenda.
A Fenda era um rasgo de luz, algo tão brilhante quando o sol e mais admirável do que as estrelas. Ela possuía luz própria que era irradiada pelos cosmos, uma luz quente e calorosa, algo que jamais todo o universo já tinha visto.
A Fenda era algo tão brilhante que toda a escuridão fria do universo foi expulsa por sua luz, a escuridão espreitou pelas bordas do universo e se manteve lá, longe da luz brilhante da Fenda que tomou toda a extensão do universo para si.
A Fenda era brilhante.
A Fenda era pura.
A Fenda era límpida.
Até não ser mais.
A escuridão que já muito tempo fora expulsa para as bordas do universo e privada de ter um toque da brilhate luz da Fenda, de repente se tornou presente em meio a luz, uma pequena mancha imperceptível que se expandiu rapidamente até engolir toda a luz com sua escuridão.
A Fenda se tornou opaca.
A Fenda se tornou suja.
A Fenda se tornou fria.
E se manteve assim.
A Fenda foi usada por uma força maior para aprisionar coisas, seres atrozes que vagavam pela escuridão, seres manchados pelo pecado e devassidão, seres imundos e com sede de destruição.
A Fenda se tornou uma prisão sem direito de saída, suas extremidades se tornaram um abismo de escuridão fria onde os seres aprisionados por lá lutavam um contra os outros por sobrevivência e diversão.
Não se sabe quem renomeou A Fenda, os sussuros cantados pelas paredes de pedra ecoavam um único nome que soava pela abertura do véu e impregnava toda a escuridão.
As Ruínas.
O nome cantado por inúmeros seres presos a escuridão permaneceu desde os tempos primordiais até então.
Até que um dia, os véus do universo que separavam os mundos diversos se rompeu, e o colapso do universo atingiu um pequeno planeta insignificante, onde apenas mortais rastejavam sob sua superfície.
Algo no interior das Ruínas parecia gritar, com uma sede sem fim por algo desconhecido, o desejo que ecoava pelas paredes fez o universo estremecer, fez a escuridão sem fim se tornar opaca.
