Parecia que Alexander e Luna estavam unidos por algo sobrenatural! Destinados a se encontrar, em qualquer tempo, lugar ou circunstância. E essa ligação parecia sensível o suficiente para se emaranhar, se bagunçar, mas jamais se romper ou desaparecer. Era impossível explicar ou entender. Tratava-se apenas de uma ligação espiritual, que os predestinou a permanecer juntos para sempre, unidos por aquele amor incondicional e pleno.
Era como se eles estivessem atados pelo fio vermelho do destino, como mas lendas asiáticas. Invisível e impossível de se partir! Uma determinação do destino que os unia e que significa o amor em sua forma plena. E não importava o quando se esticasse ou forçasse o fio, ele permaneceria intacto e a união tão intensa quanto sempre.
Era o caso. Mesmo que Luna estivesse, de certa forma, entre a vida e a morte; mesmo que o tempo contrariasse as esperanças de Alexander; mesmo ele tendo se envolvido com outra mulher; nada disso abalava a ligação que havia entre eles! Nada importava, era maior ou mais forte, que a conexão que existia entre eles!
Quando se pensava um pouco sobre eles por algum tempo, não era difícil aceitar uma explicação como "o fio vermelho do destino" para maneira como tudo acontecera e continuava acontecendo.
Afinal, como é que se explicava que o pai de Luna fora quem, de alguma forma, descobrira Alexander e acabou o indicando aos Whispers? Ou o encontro, casual, entre aquelas duas crianças de 12 e 14 anos, no pátio vazio e bagunçado de um estúdio qualquer em Los Angeles? E, mais que tudo, a conexão instantânea que se desenvolvera entre eles?
Alexander jamais se esquecera daquela menina pequena, com grandes e expressivos olhos castanhos. Sua memória podia ter se embaralhado ao longo do tempo, especialmente, quando ele reencontrou a mesma menina, alguns anos mais tarde, porém muito diferente que da primeira vez! Era como sobrepor duas imagens e ideias que pareciam não ter nada em comum, exceto que as duas evocavam o mesmo sentimento.
Seu estilo de vida, na juventude, só contribuiu para que suas lembranças se misturassem e confundissem. O que só piorou quando ele a encontrou uma vez mais! Ainda mais diferente que na ocasião anterior, em um momento em que ele mesmo não estava no pleno domínio de sua lucidez. Mas havia algo que ele podia reconhecer, sob qualquer confusão mental e acima de qualquer dúvida! Aquele sentimento, aquela sensação de familiaridade, aquele conforto, eram inconfundíveis!
O mesmo aconteceu no que viria a ser seu reencontro definitivo, no estacionamento da Lynx. Havia aquela estranheza, misturada aquela sensação de reconexão e reconhecimento. A sensação era de estar de volta ao lar! O que aos poucos só se intensificou e evocou todas as antigas lembranças. E só então, Alexander soube que, embora sua memória não estivesse tão clara, Luna lembrava de tudo, em detalhes!
Quando o encontro de toda aquela história e predestinação finalmente ocorreu, foi apenas a confirmação e o fortalecimento daquilo que o destino já tinha decidido há muito tempo! Pertenciam um ao outro, a vida de um estava irremediavelmente ligada a do outro. Não havia mais como quebrar aquele laço, aquela união, que parecia ter sido decidido muito antes de ambos terem nascido. Era maior que qualquer um dos dois, que suas vontades ou sua razão.
Adam conhecia Alexander desde o começo das Whispers. Tinho visto todo o desenvolvimento do menino problemático e confuso em um adulto cheio de traumas, conflitos, vicios e rachaduras. Mas também tinha visto alguma coisa florescer nele. Sob todo o caos que ele vivia, ele podia perceber alguma coisa pulsar, algo tão forte que parecia ser responsável por manter todos os pedaços quebrados juntos e mantê-lo em pé. Não sabia que força era aquela, mas sabia que era que o dava energia para sempre tentar ser melhor, mesmo que tudo desse errado. Era essa mesma força que o fazia não desistir, apesar de tusdo.
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Noites Sem Luar - Livro II da Trilogia do Coração
RomanceContinuação de "A Tempestade Perfeita" ❤️ Predestinados! Apaixonados! Dependentes! Viciados! Conheciam e inspiravam o melhor e o pior um do outro. Não tinham um amor convencional! Era um sentimento considerado por alguns obsessivo e tóxico. Nada pod...