Com o passar das semanas, o acidente de Luna deixou de ser um assunto interessante para a imprensa e o número de fãs em vigília diminuiu. Não era uma surpresa completa! Havia muita coisa acontecendo no mundo das celebridades para que o estado de saúde de uma cantora de pop rock, mesmo que famosa e cativante, como Alexa Luna, continuasse sendo um assunto de interesse do público em geral! Não era mais fácil para aqueles que eram próximos dela!
As meninas não deixaram de visitar o hospital. Mas as visitas diárias foram se tornando cansativas e acabavam as entristecendo mais que qualquer outra coisa. Acabavam revezando, para que sempre houvesse, uma ou mais, delas perto de Luna! Às vezes, acabavam se encontrando, todas, em um mesmo dia. E, mais uma vez, aquilo só fazia com que se sentissem um pouco mais infelizes. O tempo era um eficaz destruidor de crenças e esperanças.
Parecia que apenas Sally fazia questão de aparecer, pelo menos por algumas horas, todos os dias. Era incansável em seus contatos com a imprensa e com o hospital. Além disso, preferia ver toda a situação de perto, o que incluía como Alexander estava quando estava lá!
Sabia que se o deixassem sem supervisão, esqueceria completamente dos acordos feitos, dos filhos e de si mesmo, para se dedicar exclusivamente a Luna. Continuava sentindo uma espécie de ciúme esquisito no que dizia respeito a relação deles! Talvez por isso não conseguisse se afastar por muito tempo.
Os Whispers tinham voltado a suas atividades, portanto só conseguiam estar no hospital ou com Alexander quando estavam na cidade e sem compromissos. Mas quando era esse o caso, sempre tiravam algumas horas do dia para se inteirar da situação. Infelizmente a velocidade com as coisas evoluíam não traziam grande alívio ou tranquilidade.
Quanto a família de Luna, estavam praticamente na mesma situação de Alexander! Seus pais e seus irmãos se revezavam para que sempre houvesse algum deles por perto. Quem passava mais tempo no hospital, obviamente, era Stefano, em conversas intermináveis com Sally e Alexandre, quando não estava enchendo os médicos e enfermeiros de questionamentos! Os outros dividiam seu tempo entre Sally, a quem consideravam quase membro da família e Alexander.
Christopher foi avisado sobre o que tinha acontecido. Mas já havia algum tempo que tinha se mudado, definitivamente, para o Japão! A distância e o trabalho o impediam de visitar o hospital até aquele momento, mas estava sempre em contato com a família dela. Também achava que tudo estava evoluindo, sim! Mas devagar demais para que pudessem se sentir seguros.
Embora não pudesse mais dizer que era apaixonado por Luna, pois seria uma estupidez depois de tudo o que sabia e presenciara, ainda tinha sentimentos por ela e ainda não conseguia definir se tinham mais de fraternais ou outra coisa! Era diferente quando já tinham tido um relacionamento íntimo! O afastamento emocional ainda não tinha chegado por completo e tinha consciência disso! Mas jamais deixaria de considerar Luna como sua irmã.
No final do terceiro mês, a notícia de que ela seria, finalmente, transferida para a UTI e seu estado tinha passado de "delicado" para "inspira cuidados", trouxe um grande alívio a todos. Iriam poder vê-la outra vez e ninguém, além deles sabia o tamanho da alegria que aquela notícia trouxera!
Antes que qualquer um perguntasse, na reunião organizada pelo doutor Armstrong para informá-los, adiantou que, apesar de apenas um visitante ser permitido nos trinta minutos de visita, três vezes ao dia, Luna estava em uma condição especial, sendo assim, agiriam de outro modo.
- Ninguém ignora que temos dois pacientes! Um deles está inconsciente, outro depende do primeiro! - olhando ostensivamente para Alexander. - Não seria razoável impor condições tão rígidas quando é a saúde de ambos que está em jogo. Sendo assim, Luna poderá ter dois visitantes, em cada horário!
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Noites Sem Luar - Livro II da Trilogia do Coração
RomanceContinuação de "A Tempestade Perfeita" ❤️ Predestinados! Apaixonados! Dependentes! Viciados! Conheciam e inspiravam o melhor e o pior um do outro. Não tinham um amor convencional! Era um sentimento considerado por alguns obsessivo e tóxico. Nada pod...