O ACORDO COM UM FAZENDEIRO.

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ACORDO COM UM FAZENDO.

POV MARÍLIA.

Meus cabelos soltos bagunçam com o vento que entra pela janela do carro de meu pai. É um carro velhinho mas ainda quebra um galho. Eu não sei pra onde vamos, já que hoje ainda pela Madruga meus pais me tiraram da cama às pressas não só eu como meu irmão mais novo. Eu não entendi bem o que aconteceu e sei que eles não vão me contar mesmo que eu pergunte, então prefiro ficar quietinha sem falar nada. Minha mãe tava bem mais preocupada do que meu pai, que parecia tranquilo, o que pra mim não faz sentido nenhum já que saímos da nossa casa às pressas apenas com algumas roupas e nada mais.

Meus pais eram caseiros de uma fazenda e de repente saímos correndo de lá sem eles nem sequer darem uma explicação. Minha mãe sempre me mantém longe de todas as coisas já que sempre fala o quanto o mundo é perigoso pra mulheres como nós mais especificamente como eu pois segundo ela sou extremamente bonita e ingênua. Bom não sei bem se sou bonita mais chamo extrema atenção pelos meus cabelos longos e meu jeito calmo.

Minha mãe fez uma promessa de nunca cortar meus cabelos até minha idade adulta e cumpriu isso e agora que sou adulta não tenho coragem de cortalo mesmo que seja difícil cuidar já que não temos dinheiro nem pra comprar comida direito imagina coisas de beleza. Mais isso não me faz falta pois tenho o amor da minha mãe que me ensinou a ler e escrever. Meu pai não é tão próximo de mim mais sei que ele também me ama, bom eu espero que ame já que sou sua filha mais velha. Na nossa antiga casa eu mau saia já que minha mãe sempre falou que os homens que trabalhavam na fazenda eram perversos e poderiam me machucar. Ela nunca me disse como eles me machucariam mesmo assim nunca falei com nenhum homem e tudo que sei sobre eles é o que vejo da minha mãe pro meu pai.

Saio dos meus pensamentos quando chegamos na frente de uma porteira enorme com um grande nome ( TERRA PROMETIDA) imagino que vamos trabalhar aqui já que meu pai largou tudo na nossa outra cidade

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Saio dos meus pensamentos quando chegamos na frente de uma porteira enorme com um grande nome ( TERRA PROMETIDA) imagino que vamos trabalhar aqui já que meu pai largou tudo na nossa outra cidade. Meu pai falou com dois homens que estavam ali vigiando a entrada da grande propriedade e eles deixaram que nós entrássemos depois de muito tempo.

Era uma propriedade enorme provavelmente o dono de tudo isso e bem mais rico do que nossos antigos patrões. Fiquei admirada com o tanto que as terras atravessavam o horizonte o que significa que tem bem mais propriedade do que aparenta. Como quase todas as fazendas, essa é afastada da cidade e durante o caminho não vi outras fazendas por perto, o que significa que vai ser a mesma coisa de sempre sem ninguém a não ser os trabalhadores das terras.

Quando entramos dentro da enorme casa que era bem rústica a moda antiga e era extremamente linda só faltava um pouco de cor pois era tudo bem a moda antiga mesmo o que não é feio mais prefiro cores vibrantes e flores muitas flores. Um homem estava na sala esperando por nós, ele tinha barba e era extremamente sério o que deixava ele com uma aparência de mais velho do que é. Seu olhar queimou sobre mim me deixando vermelha e eu não entendia o porquê. Ele mandou que sentássemos e foi isso que fizemos e logo em seguida ouvimos sua voz grave e forte.

Henrique: o que faz aqui Mário? Quer emprego? ( Continuei com meu olhar em cima da jovem) Se for isso não posso ajudar.

Mário: preciso cobrar aquele favor que você me deve.

O homem na nossa frente ficou de pé e passou a mão na barba pensando por alguns segundos até finalmente se direcionar pro meu pai.

Henrique: não gosto de dever favores a ninguém então diga logo o que quer.

Mário: eu e minha família estamos correndo perigo preciso que me ajude.

Henrique: quer dinheiro?

Mário: preciso de uma boa quantia e também que deixe minha filha ficar um tempo aqui, garanto que voltaremos para buscá-la.

Henrique: então tá me pedindo dois favores?

Mário: favores pequenos.

Henrique: e pôr que quer deixar a garota?

Mário: ela vai chamar muita atenção e nesse momento precisamos ser os mais discretos possível mais voltaremos para pegá-la quando a poeira baixar.

Eles querem me largar aqui? Segurei minhas lágrimas que queriam a todo custo escorrer pelos meus olhos. Como podem pensar em irem pra outro lugar sem mim e ainda mais me deixar sozinha em um lugar que eu não conheço com pessoas que eu também não conheço, permaneci calada com medo.

Henrique: bom eu posso te ajudar você sabe que dinheiro não é um problema pra mim e espaço na minha casa não falta ( olhei nos olhos da garota que parecia apavorada e uma ideia brotou na minha cabeça) porém...

Mário: qual sua exigência? Ela pode trabalhar e ajudar com tudo que o senhor precisar a mãe dela ensinou tudo que uma boa empregada precisa saber desde limpar até cozinhar trabalhar não vai ser um problema pra ela.

Henrique: eu não coloco mulheres na minha casa e não posso deixar que ela more aqui a não ser que seja minha esposa.

Ruth: isso não ( peguei na mão de minha filha) nem pensar, não vim aqui vender minha filha.

Mário: precisamos que Marília faça isso por nós ( olhei pra nossa filha) Marília se não aceitarmos esse acordo vamos todos morrer.

Ruth: não vou deixar que ele use nossa filha pra sei lá o que está pensando.

Henrique: garanto que não vou tocar na filha de vocês sem o consentimento dela.

Do que eles estavam falando? Como assim me tocar? Senti dor de cabeça pois eu não entendia nada sobre isso, claro que sei o que é um casamento mais não faço ideia do que acontece depois. Ouvir meu pai falar que preciso casar com esse homem pra salvar todos fez cair um peso enorme sobre minhas costas já que não sei em que meu pai se meteu mais se chegou a esse ponto de vender a própria filha sei que não é coisa boa e nem muito menos leve. Respirei fundo enquanto minha mãe discutia com meu pai e pela primeira vez desde que chegamos até aqui resolvi falar.

Marília: tudo bem eu caso com o senhor.

Marília: tudo bem eu caso com o senhor

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