sangramento.

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O ACORDO COM UM FAZENDEIRO.

POV HENRIQUE.

Ela tava chorando e meu coração tava se partindo com tudo isso. Eu sempre soube que destruí as pessoas ao meu redor, mas Marília não pode sofrer as consequências de ter se envolvido com alguém como eu. Olhei em seus olhos suplicando com os meus que ela não desista agora pois se ela desistir eu também vou pois não viverei em um mundo onde não exista ela. Me posicionei novamente olhando pra ela e respirei fundo pois eu precisava ficar calma pra transmitir isso pra ela mesmo que por dentro eu esteja louco não vou transmitir isso pra ela.

Henrique: vamos lá anjinho vou fazer seu parto só preciso da sua força.

Marília: já fez algum parto? ( Falei pois agora era apenas eu e ele sem o Ju dando instruções).

Henrique: já fiz muitos partos das minhas vacas ( ela me olhou incrédula).

Marília: tá me comparando com um dos seus animais?

Henrique: claro que não só acho que deve ser quase a mesma coisa pelo menos pra sair ( pelo menos essa conversa fez as lágrimas dela irem embora) respire fundo e faça força não vou perder vocês.

Ela fez o que eu pedi algumas vezes até que a cabeça da bebê estava ali eu já sentia nossa pequena Alice realmente viria ao mundo hoje no meio do mato. Marília usou um pouco mais de força e o barulho do choro da nossa filha ecoou em nossos ouvidos e eu abri um sorriso sentindo algumas lágrimas descendo. Peguei o canivete no meu bolso e cortei o cordão humbilical.

Marília: ela tá bem? ( Perguntei sem forças) Eu vou precisar que cuide muito bem dela.

Henrique: não ouse se despedir de mim ( coloquei nossa filha em cima dela e tirei minha camisa enrolando nossa filha) nós vamos pra casa e vai dar tempo de ajudar as duas.

Marília: não vai dar.

Henrique: segure firme nossa filha ( ela fez o que eu pedi) atlas me ajude.

Ele veio até mim e peguei Marília nós braços colocando ela em cima do mesmo, ela mesmo exausta e quase sem forças segurava nossa filha com firmeza pra que não caísse. Olhei pra atlas e ele sabia que eu precisaria subir em cima dele pra manter as duas seguras até chegarmos em casa. Como se lesse minha mente ele relinchou como se me mandasse subir logo e foi exatamente isso que eu fiz. Segurei firme nele e subi mantendo nossas meninas o mais seguras possível.

Henrique: nos leve pra casa meu amigo.

Ele começou correr até chegarmos em casa. Gritei por ajuda e logo Paula veio pegando nossa filha e dei a ordem de limpar ela e colocar uma roupinha. Tirei Marília do cavalo e entrei com ela correndo e fui orientado por Mazé a colocar ela em um dos quartos da parte de baixo, ela sabia como cuidar das pessoas com ervas e com os recursos que temos aqui faço questão de ter kits de socorro e sei que nesse caso Marília precisa de um hospital mais não vai dar tempo. Precisamos manter ela bem até meu irmão chegar com as coisas que ele usa pra salvar pessoas. Marília tava agarrada em mim com suas poucas forças e eu não consigo mais segurar o choro.

Henrique: desculpa minha anjinha ( beijei sua cabeça) é culpa minha tudo isso.

Marília: não é culpa sua ( falei passando a mão em seu rosto) eu te amo e iria atrás de você de qualquer forma.

Mazé: vamos limpar ela e fazer o que tiver a nosso alcance pra parar esse sangramento.

Ela tava acompanhada de mais duas mulheres que são esposas de dois dos meus trabalhadores. Ela pediu pra que eu saísse e assim eu fiz mais fiquei pensando nas palavras de Marília e que eu não consegui falar pra ela que eu também a amo, talvez por que agora sei que sou uma bomba relógio ambulante e não posso explodir perto dela nunca mais e a solução pra que ela se mantém bem de agora em diante vai ser meu afastamento vou cuidar dela mais não quero mais ouvir de sua boca que me ama pois isso significa a perdição dela e depois de hoje não quero nunca mais correr o risco de perder ela novamente foi esse amor que ela diz sentir por mim que levou ela a essa situação e agora não sei se ela vai ficar viva ou não.

Tava andando de um lado pro outro na sala já faz uma hora quando escuto o chorinho de minha filha que vinha até mim nos braços de Paula ela tava muito fofa com as coisinhas que Marília comprou pra ela. Fiz questão de fazer ela trazer tudo que tava lá o enxoval inteiro na verdade. Paula tinha uma mamadeira pequena em uma das mãos.

Paula: bom senhor Tavares não sei o que ela tem não quer pegar mamadeira

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Paula: bom senhor Tavares não sei o que ela tem não quer pegar mamadeira.

Henrique: me dê ela aqui ( peguei ela sentindo seu cheirinho de bebê) oi meu amor é o papai ( ela se calou e eu peguei a mamadeira) que leite é esse que tá tentando dar pra minha filha?

Paula: foi o que dona Marília comprou, ela disse que comprou por medo de Alice não conseguir mamar ou de ela não ter leite.

Henrique: tudo bem ( sentei no sofá ajeitando ela no meu colo com cuidado) como faz pra dar o leite a ela.

Ela me deu instruções e logo Alice tava bebendo o leite. Ela dormiu e continuei com ela no colo. Eu sentia Marília nela era um pedaço de nós dois, ali era um amor inexplicável. A porta se abriu e lá estava meu irmão que me olhou com Alice no colo e respirou aliviado por ela estar bem mais logo depois de ver meus olhos de preocupação voltou com sua expressão preocupada.

Juliano: onde está a mana.

Henrique: eu te levo até ela.

Juliano: não fique com sua filha ela precisa de você agora a Paula me leva até lá. Vou tentar cuidar dela nim.

Ele saiu da sala me deixando ali ainda preocupado sem saber o que viria pela frente. Levei Alice pro quarto e arrumei um lugar pra ela na cama deixando ela ali e andando de um lado pro outro no quarto e quanto mais o tempo passava mais eu me desesperava pensando na minha mulher.

 Levei Alice pro quarto e arrumei um lugar pra ela na cama deixando ela ali e andando de um lado pro outro no quarto e quanto mais o tempo passava mais eu me desesperava pensando na minha mulher

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