sacrificada.

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O ACORDO COM UM FAZENDEIRO.

POV MARÍLIA.

Subi com minha mãe até um dos quartos de hóspedes e eu fiquei completamente assustada com tudo isso, não sei como o senhor Henrique é mais só de observar ele na sala, percebi que ele não é muito gentil e nem muito menos bem humorado. Tudo que eu queria era chorar, mas preciso ser forte pela minha família, não quero que aconteça alguma coisa com eles, principalmente com o meu irmão que ainda é uma criança. Minha mãe saiu me deixando sozinha por vários minutos e voltou com um vestido na mão e com um sorriso triste no rosto. Sei o quanto ela tá preocupada já que parece ser a única preocupada comigo e claramente não quer que eu fique casada com o senhor Tavares.

Marília: eu vou ficar bem mãe ( abri um sorriso forçando tentando convencer ela disso) vou ser uma boa esposa e vou tentar não deixar o senhor Tavares bravo.

Ruth: você não deveria ser sacrificada pelos erros de seu pai ( respirei fundo) nenhum de nós deveríamos.

Marília: sei que voltarão pra me buscar e vou esperar ansiosa ( tentei ser otimista) não vai ser por muito tempo não é?

Ruth: vou tentar voltar o mais rápido possível, mas pode demorar um pouco.

Marília: tudo bem.

Ruth: filha, temos que conversar sobre o que pode acontecer depois do casamento ( tentei procurar as palavras certas) cê não pode deixar o senhor Tavares fazer o que quiser com você, bom depois do casamento ele vai querer fazer umas coisas e eu sei que não vai gostar dessas coisas e precisa falar pra ele que não quer.

Marília: o meu pai fez essas coisas com a senhora? ( Ela ficou vermelha e eu não entendi bem o porquê) a senhora obedece meu pai então quer dizer que eu preciso agradar o meu marido não é?

Ruth: filha não é assim... Bom, deixar pra lá só faz o que eu te disse. Trouxe esse meu vestido pra você vestir, o senhor Tavares mandou um juiz de paz vim da cidade pra fazer o seu casamento, ele vai demorar cerca de duas horas pra chegar até aqui.

Consenti pegando o vestido e indo tomar um banho no banheiro, era estranho pois na minha casa não tinha choveiro com água quente por isso tive um susto quando entrei embaixo da água morna. Tomei um banho demorado e já saí do banheiro trocada de roupa. Minha mãe me olhou e veio ajudar prender meu cabelo. Depois de me olhar no espelho comecei sentir o peso da minha decisão. Eu sei ler muito bem e escrever muito bem mais em todos os livros que já li, o casal principal sempre se beijam e não passa disso nenhum deles descreve o que minha mãe tentou me explicar.

Será que um beijo é ruim? Provavelmente já que nunca vi meu pai beijar minha mãe. Eu tô completamente perdida e provavelmente só vou entender tudo isso depois do casamento. Fiquei dentro do quarto até uma empregada vim nos chamar e assim que cheguei na sala eu precisei assinar alguns papéis e foi só isso não teve nada além disso o que me deixou ainda mais confusa já que casamentos provavelmente não são feitos assim mais não questionei sobre nada apenas assinei o que me mandaram e pronto.

Minha mãe foi a primeira a me abraçar e já estava chorando muito o que fez meu irmão também chorar. Meu pai já tava apressado pra ir embora o que fez minha mãe se despedir rapidamente de mim meu pai se aproximou e fez o que nunca fez que foi me dar um abraço, ele se afastou me olhando nos olhos e pude ver um pouco de arrependimento em seu rosto mais agora é tarde já me casei com o senhor Tavares, sei que fazem só alguns minutos que sou esposa dele mais já sinto o peso dessa responsabilidade.

Mário: minha filha obedeça seu marido.

Apenas abri um sorriso forçado pra ele e os ví indo embora. Quando apenas eu e Henrique ficamos na sala meu coração acelerou por não saber o que viria em seguida. Virei pra ele permanecendo calada já que não sei o que devo falar ou como agir e prefiro permanecer quieta. Ele me olhou de cima abaixo e tinha algo nos seus olhos que nunca vi antes, é nessas horas que penso sobre a decisão da minha mãe de me deixar presa dentro de casa se não fosse por ela eu saberia muito mais do que sei e não estaria tão perdida.

Henrique: tá tudo bem eu não vou te machucar ( falei olhando pra ela) você é oficialmente minha esposa o que significa que tem responsabilidades dentro dessa casa como escolher o cardápio da semana, manter a casa em ordem e nunca jamais em hipótese alguma deixar que algum outro homem se aproxime ( ela permaneceu calada) entendeu?

Marília: não posso nem sequer dar um bom dia pra outro homem que não seja o senhor? ( Perguntei um pouco tímida).

Henrique: um bom dia pode ( passei a mão na barba) e pare de me chamar de senhor eu tenho 35 anos garota não sou nenhum idoso.

Marília: desculpa.

Henrique: vou precisar sair e como já tá quase escurecendo quero que ajude a colocar a mesa e me espere pra jantar.

Marília: tá bom.

Ele saiu e finalmente meu corpo relaxou e pude voltar a respirar normalmente. Fui até a cozinha onde tinha três mulheres vestidas de uniforme, duas eram mais velhas e uma era mais velha do que eu provavelmente alguns anos. As duas mais velhas abriram um sorriso pra mim já a mais jovem pareceu não ir com a minha cara e eu não entendi o pôr quê.

Marília: desculpe incomodar mais eu preciso de ajuda pra colocar a mesa ( falei envergonhada) ainda não sei como funciona.

XXX: se é tão jovem não vai ser difícil se virar pra fazer isso.

Mazé: calada Amanda tá querendo levar uma bronca? ( Olhei pra jovem na minha frente) Desculpe patroa.

Marília: só Marília.

Mazé: bom senhora Marília eu sou Mazé, essa é Paula e essa é Amanda, eu sou a cozinheira e elas cuidam da limpeza e as vezes me ajudam aqui na cozinha sempre que precisar de alguma coisa pode pedir pra uma de nós.

Paula: eu ajudo a senhora a colocar a mesa não se preocupe, já íamos colocar mais se a senhora quer escolher as louças e os talheres fique a vontade é só dizer o que quer e colocamos.

Marília: obrigado.

Marília: obrigado

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