Acordei bem cedo e sai da cama com cuidado pra não acordar o Henrique, tomei um banho e escolhi uma das roupas que o Henrique me trouxe. Ele até que escolheu algumas coisas bem coloridas do jeito que eu gosto. Me olhei no espelho me sentindo muito bonita e sai do quarto rumo ao estábulo hoje eu iria tirar o atlas pra tomar um pouco de ar o coitadinho tá preso a não sei quanto tempo. Desamarrei ele que permaneceu parado no lugar mesmo quando eu puxei ele, eu posso tá louca por tentar entender um animal mas ele parece ter medo.
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Marília: vamos lá amigo cê precisa sair um pouco ( ele relinchou) vamos lá eu confio em você.
Sai com ele pra fora e pensei em montar nele que não permitiu e se afastou assustado.
Marília: tudo bem não vou montar em você a gente pode ir andando é bom fazer uma caminhada e também vou aproveitar pra te contar o que aconteceu com o meu marido ontem.
Demos uma volta e depois devolvi ele pro estábulo entrando dentro da cozinha e lavando as mãos pra ajudar Paula e Mazé com o café da manhã.
Mazé: se resolveu com seu marido? ( Perguntei beijando o topo de sua cabeça) Espero que sim.
Marília: ele falou ontem que sente alguma coisa por mim desde que me viu pela primeira vez isso deve significar alguma coisa não é? ( Falei e um sorriso involuntário brotou no meu rosto) Mas ainda tô triste por ele ter pensando que deixei outro homem me tocar.
Paula: ele só ficou com ciúmes, como não ficar com ciúmes de uma mulher como você.
Amanda: o senhor Henrique não fica com ciúmes de ninguém ele só ficou com raiva depois que contei a espécie de mulher que ele arranjou.
Marília: você contou mentiras pro meu marido? ( Perguntei irritada) Não tem vergonha?
Mazé: como pode fazer isso.
Amanda: só falei a verdade.
Senti uma raiva que nunca senti antes e me deixei levar pelo sangue quente indo pra cima dela que se assustou e antes mesmo de eu tocar nela a mesma caiu sentada no chão o que me deu mais vantagem quando fiquei por cima dela deixando toda minha raiva decair sobre ela. Essa mulher teve coragem de contar mentiras pro meu marido simplesmente pra vê-lo furioso, pra falar a verdade só sai de cima dela quando alguém me tirou me segurando firme pela cintura me impedindo de continuar descarregando minha raiva.
Henrique: o que tá acontecendo aqui? ( Falei segurando firme minha esposa) Alguém vai falar que porra de confusão é essa?
Amanda: sua mulher me agrediu do nada.
Henrique: não vai falar nada Lila? ( Perguntei já que ela permaneceu calada).
Marília: não vou competir com a sua confidente ( falei sentindo algumas lágrimas descerem) já que acreditou nela ontem pode acreditar nela de novo.
Henrique: depois conversamos Amanda ( segurei Marília com um pouco menos de força) agora vamos tomar café da manhã ( falei olhando pra Marília).
Falei me soltando dele e saindo da cozinha, entrei na sala de jantar onde o Juliano e a Mohana já estavam sentados a mesa e logo abriram um sorriso pra mim me dando bom dia. Segurei as outras lágrimas que queriam descer e abri um sorriso respondendo o bom dia deles. Sentei no meu lugar e Henrique como sempre sentou do meu lado. Olhei pra ele e não vi vestígios de irritação mais talvez seja por que tá na frente do seu irmão e ele só vai demonstrar quando estivermos sozinhos. Ele provavelmente vai ficar do lado daquela mulher novamente já que ele acreditou nela ontem nada impede de acreditar nela hoje.
Juliano: meu irmão fez alguma coisa com você Lila?
Henrique: eu não fiz nada com ela nim, a minha esposa hoje que acordou e já foi sai na porrada com uma das empregadas.
Mohana: por que brigou com a empregada Lila? Cê me parece tão doce e calma.
Marília: ela contou mentiras para o meu marido e não sei o que me deu mais não sou assim.
As meninas trouxeram o café da manhã pra mesa e Amanda também veio e agora mais calma pude prestar atenção nos arranhões que deixei no seu rosto e também no roxo do seu olho. Mohana começou a rir olhando pro Juliano que também caiu na gargalhada e eu não entendi nada.
Mohana: me lembre de nunca irritar sua esposa mais do que o limite dela cunhado.
Juliano: que bom que ela só é capaz de fazer isso quando a paciência esgota se não cê tava ferrado nim.
Henrique: engraçadinhos vocês dois ( olhei para as minhas empregadas) já podem sair ( elas saíram da sala de jantar).
Henrique pegou meu prato me servindo de quase tudo que tinha na mesa.
Marília: obrigado ( falei quando ele terminou de me servi).
Henrique: tudo pelo bem estar da minha esposa.
Ele definitivamente tava estranho. Terminamos de tomar café da manhã e eu subi pro quarto queria pegar as coisas de pintura que o Henrique me trouxe e ir pro jardim pintar alguma coisa talvez eu pinte algumas flores pra testar e depois tente novamente começar uma pintura do atlas. O Henrique novamente tava atrás de mim me observando sentado na cama.
Henrique: brigou com Amanda por causa do que ela me disse?
Marília: isso foi um erro deixei a raiva me dominar mais não vou fazer isso novamente.
Henrique: não foi essa minha pergunta.
Marília: briguei com ela por causa disso e também pôr que ela vive falando que te toca ( falei lembrando de algumas coisas que ela já falou) não gosto de pensar que outras mulheres podem fazer coisas com você e eu não.
Henrique: você pode fazer coisas comigo se quiser ( observei o jeito fofo que ela me olhou pensativa).
Marília: você me traiu? ( Deixei escapar um pensamento intruso).
Henrique: não ( falei simplesmente) ontem você me perguntou por que não tento te amar e bom eu já sinto que te amo.
Marília: sente? ( Não consigo controlar minhas emoções e meu grande sorriso foi inevitável).
Henrique: sinto mais pra esse sentimento se expandir a gente precisa se resolver e tentar ter uma relação melhor.
Marília: vai parar de me evitar?
Henrique: vou sim ( me aproximei dela) só preciso que tenha paciência comigo faz muitos anos que não sei o que é amar alguém e esqueci como agir mais vou tentar fazer o meu melhor.
Eram muitas informações ao mesmo tempo e meu coração tava acelerado como se fosse sair pela minha boca. E quase saiu mesmo quando ele me beijou.
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