corra.

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O ACORDO COM UM FAZENDEIRO.

POV MARÍLIA.

Esses dias com o Henrique estão sendo bem tranquilos, adoro ser chamada de amor por ele ou de anjo. E mesmo agora recebendo carinho do meu marido ainda sinto falta da minha família e também tô muito magoada com eles pois já fazem meses e nada de eles aparecerem nem sequer pra me ver pois agora não quero mais deixar meu marido o que eu sinto por ele é amor eu sei que é mesmo eu nunca tendo experimentado. Olhei pra atlas que estava passeando comigo dessa vez perto do lago um pouco longe da casa grande porém ultimamente tô gostando de explorar toda a fazenda. Atlas ainda não me deixa montar nele, mas não me importo de levar ele pra tomar ar puro andando mesmo.

Marília: não te deixaria nunca atlas ( ele abaixou a cabeça cheirando minha barriga) o que você tem? Tá com fome amigão? ( Ele relinchou) Então vamos voltar pra casa.

Murilo: quem disse que você vai voltar pra casa? ( Puxei ela segurando seus braços com força) Meu chefe quer que eu te leve pra ele, mas antes vou me divertir um pouco com você.

Ele começou me dar beijos e foi inevitável não chorar. Eu tava sentindo nojo do toque dele. As mãos dele estavam tentando abrir meu vestido, mas eu tava lutando contra com muita dificuldade já que ele é bem mais forte do que eu. Não sei bem como mais Atlas conseguiu me ajudar a ter uns segundos livres relinchando pra mim como se me mandasse correr e foi isso que fiz enquanto vi Atlas dar um coice nele. Não olhei mais pra trás depois disso tudo que fiz foi correr muito como se minha vida dependesse disso pois realmente dependia.

Entrei em casa chorando e procurando pelo meu marido sem encontrar ele em lugar nenhum, meu coração batia acelerado e todo o meu corpo tremia. Subi as escadas ignorando as perguntas de Paula e Mazé e procurei Henrique pelos quartos sem ter sucesso. Lembro que Henrique não gosta que entre no escritório dele, mas mesmo assim entrei lá à procura dele que também não estava ali tudo que eu precisava era do meu marido. Eu precisava ouvir da boca dele que vou ficar bem e que nada de ruim vai acontecer.

Sentei na cadeira próxima da sua mesa sentindo minhas lágrimas molharem todo o meu rosto e depois de uns minutos consegui me acalmar pelo menos um pouco. Respirei fundo pronta pra sair dali quando reparei em algumas cartas em cima da mesa dele, algumas eram de contas mas tinha uma em cima com o nome da minha mãe e claro que não iria sair dali sem ler. Ela mandou essa carta provavelmente por ainda não ter um telefone, nunca tivemos, então não faz sentido ela ter agora. Sabia que a carta tinha chegado ontem a noite pois um dos trabalhadores daqui quem foi buscar e Henrique pediu pra que ele colocasse no escritório. Peguei a carta que estava fechada provavelmente porque meu marido ainda não viu, abri ela feliz por finalmente receber notícias deles, mas logo esse sorriso foi embora quando comecei a ler o conteúdo da carta.

Oi filha, espero que essa carta tenha
caído nas suas mãos e não na do seu
Marido. Estou apavorada pois seu
Marido mandou alguém pra matar a mim,
Seu pai e a seu irmão. Infelizmente o seu
Pai levou um tiro pra nós defender
Ele queria que você o perdoasse por
Ter te deixado com esse homem
Íamos até aí te buscar mais agora
Eu e seu irmão estamos seguros
Porém você não está minha filha.
Fuja daí vá pra qualquer lugar e não volte
Quando eu tiver certeza que estamos
Seguros voltei e te procurarei por
Todos os lugares.
Com amor Ruth.

Terminei de ler aquilo e o choro voltou novamente, o homem a quem eu ia correr prós braços a procura de segurança matou meu pai e quase conseguiu matar toda a minha família. Comecei a mecher em suas gavetas a procura de mais alguma carta que ele possa ter me escondido mais não achei invés disso encontrei uma arma em uma das gavetas. Eu vou fugir daqui nem que eu tenha que disparar essa arma contra o meu marido. Eu o amo mais não posso e não vou confiar nele. As palavras da minha mãe foram claras pra que eu fugisse e quando eu sai dessa fazenda não vou mais olhar pra trás. Por isso odeio ser esse ser humano ingênuo e bobó Aparti de hoje não vou ser tão burra. Eu nem deveria ter me apaixonado por ele e nem muito menos começar amar ele. As lágrimas não paravam. Quando me preparei pra sair dali ainda com a arma na mão meu marido entra.

Henrique: amor o que tá fazendo aqui? ( Arregalei os olhos vendo ela com uma arma na mão e chorando) Abaixa isso, não pode ficar com isso na mão é perigoso.

Marília: você teve coragem de matar meu pai e tentar matar minha mãe e meu irmão ( falei com raiva segurando firme a arma).

Henrique: do que cê tá falando? Vamos conversar sobre isso não precisa apontar uma arma pra mim.

Marília: eu acreditei em você achei que realmente tava sentindo alguma coisa por mim.

Henrique: eu te amo Lila, como pode pensar que eu mataria sua família? ( Dei um passo cauteloso a frente).

Marília: você não ama ninguém além de você mesmo ( falei quase gritando) sai da minha frente eu vou embora dessa casa.

Henrique: se for embora dessa casa vai ser só por cima do meu cadáver ( falei firme) atire ( ela tremia) mire no meu coração eu vou agonizar por um tempo mais logo vou morrer ( ela não teria coragem) eu não matei seu pai.

Marília: mentiroso tudo que sai da sua boca é mentira e se não sair da minha frente agora vou apertar esse gatilho.

Henrique: então atire.

Apertei o gatilho no impulso e o desparo atingiu seu braço fazendo ele cair no chão e o sangue começar jorrar. Ele apertou o lugar e me olhou.

Henrique: atirou em mim anjo?

Marília: Mazé ( gritei chorando) desculpa não queria te machucar.

Henrique: foi de raspão mais preciso de um médico urgente.

Mazé entrou no escritório gritando por ajuda e eu simplesmente sai dali correndo. Encontrei Atlas que já estava ali perto do estábulo. Ele me olhou relinchando.

Marília: preciso de você por favor me ajuda ( ele se abaixou) posso subir em você?

Ele me olhava como se consentisse e quando subi em cima dele o mesmo não reclamou. Agarrei nele fechando os olhos.

Marília: corra Atlas pra bem longe ( as lágrimas deciam) me tire daqui por favor meu amigo.

Ele começou a correr em disparada e a única coisa que eu sentia era o vento em meu rosto e gritos por mim que rapidamente foram deixando de serem ouvidos. Atlas correu tanto e tenho certeza que já estávamos bem longe da fazenda quando eu caí do cavalo vendo tudo escuro.

 Atlas correu tanto e tenho certeza que já estávamos bem longe da fazenda quando eu caí do cavalo vendo tudo escuro

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