dor.

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O ACORDO COM UM FAZENDEIRO.

POV MARÍLIA.

OHenrique tá demorando pra voltar e eu já tava ficando preocupada pois ouvi rumores pela fazenda hoje a tarde que o meu marido foi atrás do Murilo. O que não entra na minha cabeça é como ele encontrou o Murilo tão rápido já tava escurecendo quando eu tava no jardim em um lugar mais escondido eu tava abaixada regando algumas das minhas plantinhas só pra me distrair pois minha cabeça só pensava no Henrique. Ouvi duas vozes e fiquei nelas ouvindo um dos dois homens que estavam conversando um pouco irritado.

XXX: você não devia ter contato onde o Murilo tava porra ( falou irritado) já pensou no que deve tá acontecendo na casa do lago ou se não já aconteceu uma tragédia.

XXX: é um milhão cê acha mesmo que já esconder o bundão do Murilo e ainda perde meu emprego não sou idiota.

As vozes foram se afastando e a única coisa que foquei foi na parte que falaram sobre a casa do lago. Nas minhas caminhadas eu realmente vi, mas ela tava abandonada. a adrenalina começou percorrer meu corpo e eu corri até o estábulo encontrando Atlas agitado.

Marília: precisamos ir até a casa no lago ( soltei ele) se não for comigo eu vou sozinha.

Ele não saiu do lugar então resolvi sair dali e ir andando até meu marido mais Atlas saiu e ficou na minha frente se posicionando para mim subir em cima dele.

Marília: vamos até o lago, meu marido tá lá.

Ele me obedeceu mais foi devagar parece que ele sente que sou uma louca me colocando em perigo grávida. Chegamos até lá e desci de Atlas indo andando lado a lado com ele já tava escuro e a noite já tinha tomado conta de tudo. Tava escuro mais consegui ver meu marido trocando socos com Murilo apressei o passo e senti uma pontada na minha barriga parei um momento e Atlas me olhou cheirando minha barriga.

Marília: tá tudo bem Atlas a Alice vai ficar bem.

Continuei andando devagar e vi quando Murilo ficou por cima do meu marido batendo a cabeça dele no chão e percebi quando ele perdeu o foco e o raciocínio levando alguns socos. Procurei alguma coisa que pudesse me ajudar ao meu redor. Meu coração tava acelerado e minhas pernas tremiam mais consegui focar em um pedaço de pau que tinha ali peguei ele e com pressa me aproximei e confesso que quando vi o nariz do meu marido sangrando e ele quase perdendo totalmente a consciência não pensei duas vezes e taquei o pedaço de pau na sua cabeça cabeça e ele caiu do lado do meu marido perdendo o foco por um momento mais quando voltou a si ele pareceu outra pessoa.

Ele respirava pesadamente e levantou como se fosse um animal feroz olhei seu rosto e tava coberto pela raiva. Não consegui raciocinar bem e nem muito menos desviar do soco que levei na barriga eu caí no chão colocando as mãos na minha barriga por causa da dor e a única coisa que pensava era em Alice. A dor era insuportável eu não conseguia nem chorar de tanto desespero que eu tava. Murilo veio se aproximando de mim já que eu tinha ido parar longe dele depois que cai.

Murilo: não me quis e agora vai morrer junto desse bastardo que tá ai dentro de você.

Fechei os olhos com força pedindo por ajuda. Ouvi um barulho que só ouvi uma vez mais reconhecia bem tinha sido um tiro. Não tive coragem de abrir meus olhos não podia nem pensar que o desparo foi no meu marido. Ainda sem abrir os olhos comecei chorar e senti alguém se aproximando de mim e logo tocando o meu rosto e esse toque eu reconheço muito bem é o meu marido. Abri os olhos e lá estava ele machucado me olhando com preocupação olhei um pouco pro lado e o Murilo tava caído provavelmente morto no chão. Antes que eu pudesse falar alguma coisa senti uma pontada forte na barriga uma dor quase insuportável.

Henrique: te pedi pra ficar em casa amor ( falei e senti seu sangue em minha mão) tá sangrando.

Ele pegou seu celular no bolso tremendo e com dificuldade conseguiu ligar pra alguém que atendeu no segundo toque e ele colocou no viva voz abrindo minhas pernas e sentando no meio delas colocou o celular do meu lado.

Henrique: pode falar nim ( minha voz era trêmula).

Juliano: quero saber onde estão e como a mana tá quero saber a gravidade.

Henrique: estamos no meio do mato nim ( uma lágrima desceu) ela tá sangrando porra ela tá sangrando cê tá me entendendo.

Juliano: mantem a calma porra ( falei preocupado do mesmo tanto que ele) Lila o que cê tá sentindo?

Marília: tô sentindo dores no pé da minha barriga.

Juliano: certo ( respirei fundo) nim sei que cê deve andar sempre com um canivete ou algo assim não é?

Henrique: Sim, eu tenho um canivete aqui.

Juliano: vai precisar disso pra cortar o cordão umbilical, eu tô saindo da cidade agora em algumas horas tô ai vou te dando instruções no caminho a mana vai ter a sua filha a qualquer momento.

Henrique: o que eu faço?

Juliano: mana precisa segurar e soltar fazendo força precisamos de toda sua força pois isso que tá sentindo são contrações e sua filha tá vindo se não conseguir ter ela aí não vai dar tempo de salvarmos vocês duas tá me entendendo?

Marília: sim ( falei chorando).

Juliano: não fica ainda mais nervosa faz o que tô te pedindo.

O Juliano tava nos dando instruções o desespero era palpável eu não iria conseguir sei disso. A culpa era minha mais se eu não tivesse vindo até aqui meu marido estaria morto nesse momento e sei que Deus faz tudo do seu jeito e sim vim parar aqui é o destino não tem a quem culpar ou por que culpar simplesmente o destino tem dessas. Tava fazendo força enquanto ouvia o Juliano até que sua voz parou e o desespero que já era grande ficou maior até o Atlas tava agitado tadinho não sabia o que fazer igual eu e o Henrique.

Henrique: nim? Nim porra responde ( ele não respondia) caralho a porra do sinal foi embora ( algumas lágrimas desceram) quero que faça força pra ter nossa filha por mim e por você.

Marília: não consigo.

Marília: não consigo

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