filhos.

89 22 13
                                    

O ACORDO COM UM FAZENDEIRO.

POV MARÍLIA.

O dia foi bom já que todos que eu amo estavam presentes não são muitas pessoas mas são quem eu confio. As gêmeas já foram embora com a família dela e a Mohana e o Ju estão aproveitando minha filha. Vejo a vontade nos olhos de Mohana de ter um bebê e sei que não vai demorar muito pra isso acontecer, sei também que o Ju vai ser um ótimo pai sem nenhuma dúvida. Tava com Atlas ainda no jardim enquanto o sol tava quase se pondo hoje ele se socializou com as pessoas sem se sentir ameaçado isso já é um grande avanço e fico feliz com isso o meu melhor amigo merece ser tão feliz quanto eu.

Observei meu marido na varanda conversando com a Luiza, ela é uma boa pessoa e até gostei muito dela, mas não gosto de outras mulheres tocando no meu marido, não mulheres que eu mal conheço. Respirei fundo pois não queria sentir ciúmes de uma pessoa que demonstrou querer ser minha amiga mas ainda sou inexperiente e depois de tudo que já aconteceu não sei bem o que esperar das pessoas tenho sempre que ficar com um pé atrás com elas. Henrique abriu um sorriso pra mim e eu odeio o quanto ele gosta de me provocar e gosto ao mesmo tempo. Esse homem sabe me deixar completamente confusa em relação a quase tudo e ao mesmo tempo me faz ter certeza de quase tudo com ele. É confuso, eu sei mas o amor é a definição da confusão.

A Luiza se afastou do meu marido e veio na minha direção com um sorriso e meu marido entrou. Não sei o que ela quer mais pelo seu sorriso, a conversa vai ser bem animada. Ela finalmente chegou até mim, ainda sorrindo e tive que abrir um sorriso também. Não um sorriso forçado, costumo ser transparente nas minhas emoções, não consigo esconder nada e acho que isso não é uma coisa ruim.

Luiza: acho que houve um mau entendido entre nós ( falei rindo).

Marília: mau entendido?

Luiza: eu não gosto de homem, Marília e sim de mulher ( ela paralisou) também não gostaria de mulheres tocando na minha futura esposa ( ela cobriu a cara com as mãos) não precisa sentir vergonha gosto da sua transparência.

Marília: me desculpe, eu realmente não sabia ( claro que meu marido poderia ter me contado mas decidiu se divertir) espero que eu não tenha te ofendido.

Luiza: não ofendeu, pelo contrário me tratou muito bem obrigada, tem algum problema com o fato de eu sentir coisas por outras mulheres?

Marília: bom, eu nem sabia que essas coisas aconteciam ( eu realmente nem fazia ideia) mas não sou ninguém pra opinar no que deixa as pessoas felizes ( abri um sorriso) será sempre bem vinda.

Luiza: agora sei pôr que o Henrique mudou tanto. Espero que sejamos amigas.

Marília: por mim já somos ( me virei pro Atlas) tenho que levar o Atlas pro estábulo.

Ela assentiu e eu levei meu cavalo pra o lugar dele e agora eu tô me sentindo ridícula por sentir ciúmes do meu marido. O Henrique poderia ter simplesmente me contado uma coisa dessa. O Atlas relinchou.

Marília: já sei que fui uma boba Atlas ( ele relinchou novamente) tem razão não tinha como eu imaginar o que eu nem sabia que era possível, nunca conheci alguém que goste de alguém do mesmo gênero. Bom preciso ir meu amigo amanhã eu volto.

Sai do estábulo e voltei pra casa entrando pela cozinha e lavando minhas mãos. Paula e Mazé estavam ali, me sentei e comecei ajudar cortando algumas verduras pra ajudar.

contrato com um fazendeiro.Onde histórias criam vida. Descubra agora