A Busca Pelo Doutor

13 - Fuga Desastrosa

Fugiamos em um temporal colorido. A chuva de três cores se despejava sobre nós, nos fazendo brilhar em diferentes tons de vermelho, rosa e azul. O que tínhamos que fazer era alcançar a TARDIS antes que nossos perseguidores - enormes seres Dreváxianos - nos pegasse. Os pais de Zori haviam fugido para as colinas como o combinado, mas eu tive uma ideia de como derrotar os Dreváx, então puxei o John na direção da TARDIS.

- Como droga iremos fugir? Estamos parecendo dois Elvis Presley cheios de purpurina colorida! - John gritou para mim enquanto percorria e extensiva trilha vermelho berrante repleta de ramas da vegetação.

- Aí não seria purpurina, e sim brilhantina! Anda logo John, não seja molenga, é divertido! Alons-y! - Respondi, fazendo alusão ao produto que o rei do rock usava no cabelo.

A chuva molhando nossos cabelos, e os Dreváx cada vez mais perto. Pode parecer que eu estava fugindo, mas não, não estava. Sabia exatamente como nos salvar, só precisava chegar na TARDIS.

Estavamos quase lá, eu já via o interior dela. Na porta me virei e entendi a mão para o John, ele esticou a dele, querendo alcançar a minha. Ele não conseguiu.

Os nossos perseguidores haviam o atingindo com um raio, um raio amarelo que fulminou seu coração. Vi a vida dele sumir pouco a pouco, junto com o sorriso estampado em seus rosto. Aquilo não poderia estar acontecendo, ele não podia morrer, eu não deixaria.

No meio daquela chuva tricolor eu doei uma pequena parte da minha essência de senhor do tempo, fiz o seu coração bater novamente, cometi um dos maiores erros de toda a minha vida.

Quanto os Dreváx? Eu fiz algo pior do que matar-los, os tranquei na dimensão mais vazia e silenciosa de toda existência: a dimensão dos espelhos, o lugar mais solitário do universo. Ninguem nunca escapou de lá, e a pior parte de todas é que nenhum ser jamais morria lá.

Eles irão se arrepender eternamente por terem cometido o maior erro de suas vidas: matar uma das pessoas mais importantes para mim.