20 - Uma Pequena Ajuda

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- Vocês dois, juntos, na lua. Inacreditável! Você, Capitão Jack, não é nenhuma surpresa. John, jamais imaginaria. Vocês dois juntos, simplesmente inacreditável!

Seu sorriso se estendia de uma lado a outro do rosto, ele não parava de repetir aquilo. Sua parceira, Amy Pond, nos observava, perguntando ao Doutor quem éramos.

- Querida Amy, quero lhe apresentar duas das pessoas mais incríveis que já conheci! Capitão Jack - ele apontou para meu amigo -, um agente do tempo que conheci em uma das minhas viagens ao passado e John - fui envolvido pelo braço direito do Doutor -, um antigo acompanhante meu que conheci em uma das minhas aventuras na terra.

- Eles são os tais imortais de quem você me falou? - A ruiva perguntou.

- São, e é de pessoas como eles que precisamos.

Ele nos olhou e no fundo daquele olhar penetrante eu vi um pequeno resquício do meu Doutor. Bem, pode até ser um novo corpo, mas ainda é o Doutor, e isso já é mais que suficiente. Aquele olhar não queria dizer boa coisa, o medo já começava a tomar conta de mim, enquanto eu só imaginava o que aquela mente mirabolante estaria pensando.

...

- Tudo entendido? O que vocês tem que fazer é muito simples. Irão perambular por aí, em uma superfície com um ar poluído e venenoso, até encontrar o que quer que esteja liberando esta substância nociva na atmosfera e destruir o mesmo.

- Ou a mesma. - Amy completou a frase do Doutor, enquanto ele sorria, levantava o polegar e batia a porta da TARDIS em nossa cara.

Ele queria nossa ajuda porque somos imortais, ou seja, não é com um simples ar venenoso que iremos morrer. A tal substância que estava impregnada na superfície lunar estava meio que travando a TARDIS, impedindo que ela fizesse a menor das viagens. O Doutor e a Amy ficariam a salvos desde que continuassem no interior da máquina do tempo, e por maior que ela fosse, eles não poderiam ficar lá para sempre. E assim, cá estavamos nós em busca de qualquer coisa suspeita, afim de destruir o artefato responsável pela liberação de tal veneno. Não sabíamos como, sabíamos apenas que tínhamos que tentar, de uma maneira ou de outra.

Depois de muito andar, encontramos um pequeno sistema cheio de botões e de luzes que não paravam de piscar um segundo sequer. Dele, grandes lufadas contínuas de uma espécie de gás verde jorrava, espalhando-se pela atmosfera lunar.

- Um sistema Galgaviano. O que será que um treco desse está fazendo aqui, na lua? - A pergunta era retórica, até porque nem em mil anos-luz eu saberia responder aquela pergunta. Não fazia a menor ideia do que era Galgaviano, pense bem o que aquilo estaria fazendo ali.

- Você consegue desativar?

- Tá de brincadeira né? Até de olhos fechados, dançando a Macarena, enquanto jogo xadrez, eu consigo fazer isso aí - ele balançou a cabeça, indicando o tal sistema.

- Então... que você está esperando? - Questionei a ele.

A Busca Pelo DoutorOnde histórias criam vida. Descubra agora