11 - Na Toca Do Lobo

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- Isso é loucura! - John falou.

- Sim! Mas qual a melhor maneira de conhecer um lugar senão observando-o de perto? - Eu falava e falava, enquanto andávamos sorrateiramente na direção da toca dos Dreváx.

- E o que vamos fazer quando chegarmos lá? Dizer algumas palavrinhas mágicas e salvar o dia?

- Exatamente isso, só que sem a parte das palavrinhas mágicas. - respondi.

- Pelo menos o Zori está em segurança. Espero - e essa era mais uma coisa que me cativava no John. O fato dele se apegar facilmente ao que quer que fosse era fascinante.

- Você está pronto? - Ele afirmou e nós entramos na caverna obscura.

...

O lado de dentro era ainda mais tenebroso que o de fora. A coloração vermelha estava mais escura, beirando o vinho, o que dava àquele lugar um toque de medo. Cavidades jaziam em toda a extensão daquele lugar, mas a lista de brilho azul seguia firme, nos mostrando o verdadeiro caminho naquele labirinto de entradas.

Era muito simples o que iríamos fazer: achar os pais do nosso amiguinho, e qualquer outro Zriváx que estivesse no local, salvá-los e depois arrumar um jeito de nos salvar, entretanto, isso não agradou em nada o John.

Em algum momento, dentro de uma ampla área escarlate, a lista de energia azul sumiu em uma enorme parede. Lá estavamos nós novamente, sem saber o que fazer, e o John apalpando a estrutura rochosa.

- Qual é? Nós aqui, em uma baita encrenca, e você fazendo carinho na parede? - Eu disse, fazendo cara feia.

- Ô gênio, em todos esses seus sei lá quantos anos, você nunca assistiu um filme de ficção, ação, romance, desenho ou seja lá o que for? - Acho que devo ter feito cara de quem não estava entendendo, e eu realmente não estava, pois ele explicou o que queria dizer. - Sempre há um tijolo, uma pedra, um objeto, ou até mesmo uma estátua, que abre uma porta em algum lugar.

Bem, era algo absurdo, mas, por falta de opção, eu tentei. E não é que deu certo.

A parede que observavamos subiu, dando lugar a uma cúpula onde dois Zriváx adultos flutuavam em um liquido esverdeado.

- Você é um gênio! - Beijei-o na testa e comecei a procurar uma maneira de os deixar em liberdade - agora só preciso saber como tirar-los de lá.

Investigamos toda a localidade e, atrás da bolha de liquido verde, um pequeno sistema de botões Dreváxiano. Observei-o minuciosamente e então fiz o óbvio: usei minha chave de fenda sonica. O aparelho soltou faíscas, piscou e estalou muitas vezes. A bola se desfez e resíduos verdes escoreram pelo salão; os dois seres cairam inertes no chão, desacordados.

A Busca Pelo DoutorOnde histórias criam vida. Descubra agora