!𝐂𝐀𝐏𝐈𝐓𝐔𝐋𝐎 𝐎𝐈𝐓𝐎!

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Era alto, infelizmente uma escada enorme dava conta, mas e o medo de cair no meio do processo? Posso ser afoita, mas não sou de ferro. E não é como se eu também fosse fazer isso dentro do meu trabalho, no entanto, vou admitir vai, imagina ter a sensação de pular o muro de Berlim?

Digo, o muro que fica entre o CT do Palmeiras e o CT do São Paulo.

Queria trabalhar aqui na época que o muro era pequeno e os times ficavam de bisbilhotagem um com o outro. Aposto que era fofoca o tempo todo!

E agora não tem só um muro, tem várias árvores também.. difícil de ver mermo.

R.I.P época da confusão, baderna e fofoca. Hoje as coisas estão muitoo certinhas.

── Tá vendo alguma coisa aí? ── Despertei dos próprios pensamentos. Olhei pro muro, depois olhei pro Richard e fiz aquilo de novo.

── Que nada. Só mato.

── E o que você ia gostar de ver do outro lado do muro? Só tem rivais.

É exatamente isso mesmo que me interessa, os rivais. Um pretinho tatuado, de cabelo na régua, cheiroso e cafajeste, mas… opa! Tô com um aqui do meu lado, encomendado diretamente da Colômbia, só não é rival, mas de resto…

Espanto logo esse pensamento. Tá maluca hein, Mayara? Imagina a Leila ter um mecanismo futurista que tem o poder de ficar lendo o que passa na sua mente quando tá no meio de um jogador gostoso assim? Um perigo isso daí.

── Nada demais, é só pelo prazer de poder perturbar o adversário. Você não devia tá treinando, Montoya? ── Arqueio uma sobrancelha, de braços cruzados eu já tô.

── Meu dia de coleta de sangue, só treino mais tarde. Você não deveria tá trabalhando, Mayara? ── O feitiço voltou contra o feiticeiro. E esse idiota Colombiano ainda cruza os braços, me imitando!

── Eu tô trabalhando…

── Ah é? Com o que?

── Com o compromisso de ver antigas histórias aqui nesse lugar. Deixa de ser curioso e vai logo fazer o teu. ── Soltei meu papo furado, dei meia volta e saí dali.

Mas ele parecia um espírito obsessor. Acho que, pra Richard era muito interessante me observar ou ele só era experiente demais em tirar os outros do sério.

── Una pulga aventurera ── Ah não, não acredito que ele tá cantando essa música. ── decidió salir de viaje…

E eu lá tinha cara de pulga? Pior, o Colombiano tava me chamando de pequena. O problema aqui nem era eu, era ele e sua altura, tenho culpa?

Entrei em uma salinha pequena, o lugar onde eu ficava com o computador pra trabalhar e ele veio junto de novo.

── Você não vai cantar mais no meu ouvido, mete o pé, Montoya. ── Empurrei a cintura dele já sentada na cadeira, sem resultado, nem um fio de cabelo se mexeu do lugar. ── Demora mais um pouco aqui e eu juro que vou até o Abel lá no campo te dedurar. “olha treinador, o senhor sabia que um jogador seu tá enchendo o meu saco?”

𝐖𝐈𝐂𝐊𝐄𝐃 𝐆𝐀𝐌𝐄𝐒 ─ 𝐝𝐢𝐞𝐠𝐨 𝐜𝐨𝐬𝐭𝐚. Onde histórias criam vida. Descubra agora