Capítulo 10

30 3 0
                                    

O homem me leva para a mesma casa de antes,me obriga a levantar e me joga novamente na sala.

-Agora que você não pode se mover, é bem mais fácil cuidar de você-Ele ri e vai para a cozinha.

-O que você quer de mim?!-Grito para chama a atenção dele.Ele volta aonde estou.

-Não estou aqui para fazer brincadeirinhas, quando meu chefe autorizar eu a matarei.Agora cale a boca.

-Oque seu chefe deseja?-Pergunto.

-Cale a boca, vadia,logo ele vem pessoalmente conversar com você,deite e durma.

Faço isso e acordo logo depois,parece que dormi três horas,um homem estranho está na minha frente me observando.

-Olá minha cara,é um prazer conhece-la.Oscar!-Grita ele para o outro homem,o que me raptou.-Ela está super machucada, eu disse que queria uma boa.

Oscar,vem até a sala e me encara.

-Ela estava junto com um homem-Diz ele-Mas foram espertos e conseguiram fugir,fui atrás e sem querer a baleei.

-Quero curada,até mês que vem.

-Perai-Interrompo-Estão querendo me manter aqui por mais tempo?

-Moça-Diz o homem-Você não vai rever seus amigos nunca mais.

Eles continuam a conversar,mas não presto mais atenção.Não ver mais meus amigos,seria horrível.Tento me concentrar em um plano fixo,mas não consigo,o único plano que me vem a cabeça é esperar melhorar e então fugir.Decido fazer isso.

As semanas passam como uma tortura,o homem me alimenta três vezes ao dia não dizendo uma palavra se quer.Perco a conta das horas e das semanas que começam a passar,Oscar percebe e me dá remédios para dormir mas recuso sempre,muitas vezes ele me obriga a tomar.Ele me põe no sofá da sala para dormir, e ele fica no que parece ser o seu quarto.Nas noites,como não consigo dormir eu tento me levantar para ver se já posso fugir,de alguns dias pra hoje consigo andar com mais facilidade.

Algumas semanas se passaram,e esta noite consegui me levantar bem e dar passos certos,está na hora de fugir.Corro meio incerta para a cozinha,onde pego suprimentos,biscoitos,bolachas e feijão em lata estão entre eles.Corro para a porta da frente e percebo que está trancada,procuro pela chave e não a encontro em nenhum dos cômodos que procurei e só falta um: O quarto de Oscar.

Vou até lá e dou uma olhada de onde estou,Oscar dorme profundamente e a chave está na cômoda ao seu lado,vou até a sala e pego um pedaço de madeira e volto ao quarto,vou devagar até a cômoda,e uma tábua range aos meus pés,Oscar se meche mas não acorda,continuo andando até a cômoda quando percebo um problema: Barulhos de zumbis andando pela casa,Oscar se meche como se fosse acordar,me jogo no chão com a perna latejando pelo esforço,rolo com dificuldade até abaixo da cama,Oscar levanta pega o facão que fica na cômoda e vai até a sala,percebe que sumi e grita:

-Mas ôque? De novo?!

Ouço seus passos apressados até a rua para me procurar,percebe que a porta está trancada,ele é muito esperto e sabe que estou dentro da casa.

-Hey Hey,quer brincar não é?Saia agora e não a machucarei moça.

Continuo embaixo da cama,controlando minha respiração para que não fique ofegante.

-Já que não quer sair-Diz ele alto da sala-Terei que procura-la.

Ele anda pela sala afastando os moveis onde poderia ter me escondido,saio devagar de baixo da cama e pego a chave,terei que sair daqui o mais rápido possível se não ele vai me achar e não será nada legal.Ando até a porta do quarto e percebo que Oscar foi para a cozinha,a cozinha tem uma visão da sala da frente,mas não da porta dos fundos,me dirijo até ela devagar,encaixo a chave na fechadura e a viro,a porta está destrancada.

-Saía logo,não vai querer perder seu tempo se escondendo.-Diz ele ainda revirando a cozinha.

Abro a porta e ela range, saio correndo pela rua com a sacola de suprimentos pulando em minhas costas,corro sem rumo até que acho um esconderijo em uma casa com a garagem aberta,entro nela e fico parada esperando ter despistado Oscar,ele passa correndo pela rua e quando vira na esquina me levanto indo para casa correndo,finalmente consegui sair daquele inferno.

EpidemiaOnde histórias criam vida. Descubra agora