Epidemia

Capítulo 17 - Perdas

P.O.V Castiel

Acordo assustado com o frio da lâmina no meu pescoço, a primeira coisa que vejo é Mona.Sua boca se forma um "o" perfeito, tento me levantar mas lembro da lâmina.Soco o rosto do homem que parece estar concentrado demais em Mona.
Corro para perto dela, ele se recupera e vem pra cima de nós com a faca, tento a todo custo proteger Mona das facadas e levo uma no meu braço,sinto a dor se espalhando como um choque pelo meu corpo e Caio no chão. Ele esquece de mim e vai até Mona.Ele quer ela.O rosto dela Expressa o pavor que ela sente, me levanto rapidamente mas é tarde de mais, vejo atentamente quando ele crava a faca na perna de Mona e a ouço gritar de dor.
Meu mundo paralisa, sinto que vou cair mas agora não é a hora.
Recupero meus sentidos de uma vez só, sem pensar já estou andando na direção deles, ouço quando o homem diz:
-Adeus, querida.
E então, eu escuto o grito dela.

P.O.V MONA

Sem perceber, Castiel segura a faca e grito quando vejo seu sangue escorrendo pelo seu braço. Ele todo machucado ainda assim tem vontade de me proteger e isso me fascina. Observo o homem virar devagar e pesadamente e tento me levantar, sem sucesso, só consigo assistir a morte de Castiel.
Após perceber que conseguiu sua atenção, Castiel solta a faca e anda para trás.O homem vai junto, o intimidando e quando as costas de Castiel alcançam a parede eu fecho meus olhos. E puta merda, só o ouço gritar. Meu sangue congela e não sei mais onde estou, apenas quero que acabe e que tudo volte ao normal. O mundo paralisa, não sei mais onde estou ou o que ocorre a minha volta. Abro devagar os meus olhos e o que vejo é devastador: Castiel sentado no chão com os olhos arregalados, Bernardo o esfaqueia como um louco, mas eu sei que Castiel já está morto. Me arrasto até eles e sem reação só consigo dizer:
-Pare, ele já está morto.
Ele dá uma última facada no corpo de Castiel e deixa o facão lá, se vira para mim e vem em minha direção, sem ver o que estou fazendo, pego o facão que está no corpo de Castiel e faqueio o cara, uma, duas, três vezes ate que ele caia no chão, me arrasto ate ele e lhe dou uma ultima facada, terminando com a pessoa que matou meu amor. Arrasada tento me levantar, sem sucesso a dor me atinge como um tiro, Deus do céu, como sairei daqui?

Caio do lado, exausta e retiro a faca de seu corpo, tentando me recuperar. Levanto devagar e vou até Castiel onde observo seus olhos vidrados no nada.

Corro, corro do lado contrário, corro como nunca corri antes para fugir da morte.