Capítulo 11

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Corro pelas ruas,sem rumo,o sol já está nascendo e entro em uma casa que me chama atenção,ao por os pés na porta ouço pequenos choros e entro mais,estou muito vulnerável sem meu facão,o choro vem do quarto,passo na cozinha e pego uma faca normal que servirá para matar.Vou até o quarto e encontro uma menina de joelhos,rezando,de frente para um berço.

-Olá.-Digo,a menina se vira rapidamente,ela aparenta ter no máximo seis anos.

-Nã-não me machuque,por favor-Diz ela,seus olhos começam a lacrimejar de medo novamente,seus olhos parecem ser azuis,ela é linda,uma boca carnuda e um nariz achatado,no futuro será muito bela.

-Não irei,confie em mim.-Me aproximo dela,ela continua a proteger o berço,olho para dentro dele e vejo um pequeno bebê dentro.

-Não o machuque,moça.É meu irmão.

-Confie em mim,onde está sua mãe?

-Ela foi mordida por aqueles monstros e me deixou aqui com ele,moça,por favor,me ajude.

-Ajudarei,posso pegá-lo?

-P-pode.

Me aproximo do bebê que dorme profundamente,o pego em meu colo,seus olhos se abrem talvez procurando pela mãe,olhos azuis como o da irmã,o mesmo nariz e boca.

-O nome dele é Rafael,eu sou Helena,obrigada moça,minha mãe me deixou cuidando dele mas não sabia o que fazer..

-Tudo bem,vamos para minha casa,poderia leva-lo? Se aparecer algum zumbi...-Dou Rafael em suas mão,que tremem ao contato mas logo se estabilizam.Saímos da casa e vamos correndo até a rua de minha casa,de longe avistei Castiel,estava saindo.

-Castiel!-Grito atordoadamente,ele se vira e ao me ver seus olhos brilham,corre até mim e me abraça com força,me levantando.

-Mona,meu Deus! Achei que não nos veriamos tão cedo.-Ele se afasta para olhar minha perna e me pega no colo.

-Eu posso andar!

-Não não pode, te levarei pra dentro.-Ele se vira para Helena.-Meu nome é Castiel,vamos entrar,a irma de Mona vai te adorar!-Ele sorri e me leva para dentro.

Nada dentro da casa mudou,Marie logo que me viu correu para me abraçar,Castiel me colocou no chão para abraça-la,a dou um abraço apertado e a vejo chorar,Cloe aparece logo depois junto com Noah,ela ainda evita ele.

-Bem vinda de volta,Mona.-Diz Cloe antes de me abraçar apertado,Noah também vem me abraçar logo depois de esperar que Cloe saia de perto de mim.

-Onde está Tatiana?-Pergunto para eles,Castiel chega perto do meu ouvido e sussurra:

-Te explico depois.

Eles me ajudam a ir para a cozinha,me sentam na cadeira e Marie vai pegar remédios para passar em minha perna,volta rapidamente,levanta minha calça até o joelho e para.

-O que foi?-Pergunto.

-Você precisa de um banho,será que consegue tomar sozinha?

-Claro.-Me levanto indo até o banheiro,minha toalha continua no mesmo lugar,entro e tomo um dos melhores banhos da minha vida.Saio pouco tempo depois,com uma roupa limpa que Marie me entregou,Helena pôs Rafael para dormir em meu quarto e conversa com Marie,quando saio vejo Castiel me esperando próximos aos nossos quartos,vou até ele.

-Você está bela.-Diz ele.

-Estava com saudades das suas cantadas de garanhão.-Sorrio e ele faz sinal para que entremos em seu quarto.Entro e percebo uma rosa em cima da cama.

-Oque é isso?-Pergunto assim que vejo a rosa.

-É sobre Tatiana..Eu e ela estamos..bem,ficando.

-Oque?Mas,como assim?

-Ela é legal,Mona,ela também gosta de mim..Eu queria saber o que você pensa de eu..-Ele suspira- pedi-la em namoro...

Fico atordoada sem saber o que fazer,nem o que responder,vou até a rosa e choro calada,vejo que Castiel percebe e logo engulo o choro.

-Mona..eu..

-Quanto tempo fiquei fora?-Pergunto a ele.-Perdi a conta dos dias.

-Você desapareceu por seis meses,perdemos a esperança de encontra-la,eu não me recordava onde ficava a casa onde ficamos presos.

-Tá bem,acho que vocês formariam um casal lindo.

-Obrigado.

Passamos uns cinco minutos calados,um olhando para o outro,até que me viro para sair do quarto,Castiel segura em meu braço antes que encoste na maçaneta.

-Ei amiga,ela não vai mudar nossa ligação está bem?

Me solto de seus braços,não acredito nele,saio pela porta e vou até meu quarto ele me segue,entro em meu quarto e tranco a porta,não aguento e choro,choro como uma criança.

-Mona-Diz ele do outro lado-Por favor,abra essa porta.

-Por que abriria? Eu estou bem.

-Você não consegue disfarçar a voz de choro.-Ele suspira.Passando um tempo ele fica mais impaciente.-Abra esta porta Mona.

Levanto,mais calma e abro a porta.

-Não diga nada.-O interrompo antes que comece a falar.-Não era esse o relacionamento que queria com você-Suspiro-Bem,vocês estão apaixonados e aceitarei.Conversados?

Ele se aproxima e me beija,me beija com vontade,droga,como nos separamos de uma coisa que queremos a tanto tempo?Reúno coragem e me afasto dele.Ele me segura perto,como se fosse me dar um abraço.

-Você ainda será minha preferida,Mona.Pode contar comigo para o que quiser.-Ele se vira e vai embora,estou sem palavras,meus lábios ainda clamam por mais.

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