Corro pelas ruas,sem rumo,o sol já está nascendo e entro em uma casa que me chama atenção,ao por os pés na porta ouço pequenos choros e entro mais,estou muito vulnerável sem meu facão,o choro vem do quarto,passo na cozinha e pego uma faca normal que servirá para matar.Vou até o quarto e encontro uma menina de joelhos,rezando,de frente para um berço.
-Olá.-Digo,a menina se vira rapidamente,ela aparenta ter no máximo seis anos.
-Nã-não me machuque,por favor-Diz ela,seus olhos começam a lacrimejar de medo novamente,seus olhos parecem ser azuis,ela é linda,uma boca carnuda e um nariz achatado,no futuro será muito bela.
-Não irei,confie em mim.-Me aproximo dela,ela continua a proteger o berço,olho para dentro dele e vejo um pequeno bebê dentro.
-Não o machuque,moça.É meu irmão.
-Confie em mim,onde está sua mãe?
-Ela foi mordida por aqueles monstros e me deixou aqui com ele,moça,por favor,me ajude.
-Ajudarei,posso pegá-lo?
-P-pode.
Me aproximo do bebê que dorme profundamente,o pego em meu colo,seus olhos se abrem talvez procurando pela mãe,olhos azuis como o da irmã,o mesmo nariz e boca.
-O nome dele é Rafael,eu sou Helena,obrigada moça,minha mãe me deixou cuidando dele mas não sabia o que fazer..
-Tudo bem,vamos para minha casa,poderia leva-lo? Se aparecer algum zumbi...-Dou Rafael em suas mão,que tremem ao contato mas logo se estabilizam.Saímos da casa e vamos correndo até a rua de minha casa,de longe avistei Castiel,estava saindo.
-Castiel!-Grito atordoadamente,ele se vira e ao me ver seus olhos brilham,corre até mim e me abraça com força,me levantando.
-Mona,meu Deus! Achei que não nos veriamos tão cedo.-Ele se afasta para olhar minha perna e me pega no colo.
-Eu posso andar!
-Não não pode, te levarei pra dentro.-Ele se vira para Helena.-Meu nome é Castiel,vamos entrar,a irma de Mona vai te adorar!-Ele sorri e me leva para dentro.
Nada dentro da casa mudou,Marie logo que me viu correu para me abraçar,Castiel me colocou no chão para abraça-la,a dou um abraço apertado e a vejo chorar,Cloe aparece logo depois junto com Noah,ela ainda evita ele.
-Bem vinda de volta,Mona.-Diz Cloe antes de me abraçar apertado,Noah também vem me abraçar logo depois de esperar que Cloe saia de perto de mim.
-Onde está Tatiana?-Pergunto para eles,Castiel chega perto do meu ouvido e sussurra:
-Te explico depois.
Eles me ajudam a ir para a cozinha,me sentam na cadeira e Marie vai pegar remédios para passar em minha perna,volta rapidamente,levanta minha calça até o joelho e para.
-O que foi?-Pergunto.
-Você precisa de um banho,será que consegue tomar sozinha?
-Claro.-Me levanto indo até o banheiro,minha toalha continua no mesmo lugar,entro e tomo um dos melhores banhos da minha vida.Saio pouco tempo depois,com uma roupa limpa que Marie me entregou,Helena pôs Rafael para dormir em meu quarto e conversa com Marie,quando saio vejo Castiel me esperando próximos aos nossos quartos,vou até ele.
-Você está bela.-Diz ele.
-Estava com saudades das suas cantadas de garanhão.-Sorrio e ele faz sinal para que entremos em seu quarto.Entro e percebo uma rosa em cima da cama.
-Oque é isso?-Pergunto assim que vejo a rosa.
-É sobre Tatiana..Eu e ela estamos..bem,ficando.
-Oque?Mas,como assim?
-Ela é legal,Mona,ela também gosta de mim..Eu queria saber o que você pensa de eu..-Ele suspira- pedi-la em namoro...
Fico atordoada sem saber o que fazer,nem o que responder,vou até a rosa e choro calada,vejo que Castiel percebe e logo engulo o choro.
-Mona..eu..
-Quanto tempo fiquei fora?-Pergunto a ele.-Perdi a conta dos dias.
-Você desapareceu por seis meses,perdemos a esperança de encontra-la,eu não me recordava onde ficava a casa onde ficamos presos.
-Tá bem,acho que vocês formariam um casal lindo.
-Obrigado.
Passamos uns cinco minutos calados,um olhando para o outro,até que me viro para sair do quarto,Castiel segura em meu braço antes que encoste na maçaneta.
-Ei amiga,ela não vai mudar nossa ligação está bem?
Me solto de seus braços,não acredito nele,saio pela porta e vou até meu quarto ele me segue,entro em meu quarto e tranco a porta,não aguento e choro,choro como uma criança.
-Mona-Diz ele do outro lado-Por favor,abra essa porta.
-Por que abriria? Eu estou bem.
-Você não consegue disfarçar a voz de choro.-Ele suspira.Passando um tempo ele fica mais impaciente.-Abra esta porta Mona.
Levanto,mais calma e abro a porta.
-Não diga nada.-O interrompo antes que comece a falar.-Não era esse o relacionamento que queria com você-Suspiro-Bem,vocês estão apaixonados e aceitarei.Conversados?
Ele se aproxima e me beija,me beija com vontade,droga,como nos separamos de uma coisa que queremos a tanto tempo?Reúno coragem e me afasto dele.Ele me segura perto,como se fosse me dar um abraço.
-Você ainda será minha preferida,Mona.Pode contar comigo para o que quiser.-Ele se vira e vai embora,estou sem palavras,meus lábios ainda clamam por mais.
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Epidemia
ParanormalA infestação começou a alguns meses.Não sabemos o que está acontecendo e nem como isto começou, estamos atrás da cura. Castiel, amigo meu, me salvou no dia em que a infestação chegou até aqui. Salvou junto comigo, Marie, minha pequena irmã. Confio n...