𝐃𝐫𝐚𝐠𝐨𝐧 ☪︎ 𝟒

𝟐𝟓: 𝐌𝐞𝐧𝐭𝐢𝐫𝐚𝐬.

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Após o almoço, Aella retornou aos seus aposentos, aliviada por ter conseguido manter sua fachada. No entanto, a sensação de segurança foi interrompida quando, ao atravessar um corredor, encontrou Rhysand parado em seu caminho. O olhar dele era penetrante e cheio de uma intensidade que Aella não podia ignorar.

- Não pensei que te veria aqui.

O tom de Rhysand era calmo, mas havia um subtexto de curiosidade e desconfiança em suas palavras. Aella sentiu o peso de sua presença e a tensão no ar.

- É um prazer vê-lo novamente.

- O prazer é meu, apesar da situação. A pergunta que não posso deixar de fazer é: o que exatamente você está fazendo aqui? - ele a rondou, enquanto juntava as sobrancelhas.

Aella se sentiu oprimida, como se a própria escuridão do macho pudesse a engolir. Rhysand tinha o mundo nas mãos, e ela manteve um sorriso suave e uma postura relaxada, tentando desviar sua tensão.

- Acho que não preciso dizer, você sabe a resposta.

Rhysand não pareceu convencido. Seu olhar avaliou Aella de uma forma intrigante.

- Sei que não é apenas isso, sabe, você está demorando de mais, se foi essa razão na qual te trouxe aqui.

Aella manteve seu olhar firme, lutando contra a crescente raiva. Rhysand estava perto demais, e qualquer deslize em sua fachada poderia revelar tudo. Ela respirou fundo e escolheu suas palavras com cuidado.

- Estou apenas explorando novas alianças e possibilidades. O que posso garantir é que minhas intenções são pacíficas.

O macho deu um de seus sorrisos sutis.

- Você sabe que não é fácil enganar alguém que conhece bem o jogo das palavras. De qualquer forma, irei levar isso em consideração. Apenas lembre-se de que a Corte dos Pesadelos é um lugar onde segredos são preciosos e não devem ser revelados.

- Então parede tentar arrancar segredos de mim. - ela rosnou. - Do meu lado ou não, ainda podemos nos ferrar.

Com um gesto elegante e sorriso de lado, Rhysand deu um passo atrás. Seu olhar permaneceu fixo em Aella por um momento a mais, como se tentando decifrar algo que permanecia impossível.

- Cuidado, Aella. O que está oculto pode vir à tona quando menos se espera.

Com isso, Rhysand se afastou, deixando Aella sozinha com seus pensamentos. O encontro a deixou inquieta, sabendo que manter o laço escondido era terrivelmente difícil. A tensão estava palpável, e a necessidade de avançar com cautela era mais urgente do que nunca.

Com a desconfiança de Rhysand, agora em sua mente, Aella sabia que precisava redobrar seus esforços para cumprir sua missão enquanto navegava nas complexas dinâmicas da Corte dos Pesadelos. Cada passo dado era um jogo de estratégia e dissimulação, e a necessidade de manter seu objetivo oculto era mais crucial do que nunca.

Quando sentiu um leve vento soprar em seu rosto, ela viu uma mulher, ou o que parecia ser, pois estava tão embaçada, como uma miragem ou fantasma.

Os cabelos brancos dançavam no vento, ela não a olhava, parecia andar no corredor, quando vozes, e vozes inundaram sua cabeça. Seu corpo travou. Os olhos arderam como se jogassem ferro neles. Uma dor intensa veio, e seus joelhos foram ao chão, quando a mulher de longos cabelos brancos se virou, Aella viu orbes tão magníficas quanto as de Rhysand.

Por fim seu corpo desabou, e a mulher desapareceu.

𝐂𝐨𝐧𝐭𝐢𝐧𝐮𝐚.....