Aella dormia profundamente, exausta pelos acontecimentos recentes. As sombras ao seu redor no Castelo ofereciam uma sensação de segurança que ela não sentia há muito tempo.
No entanto, seu sono estava longe de ser pacífico. Em meio ao silêncio, um sussurro suave invadiu sua mente, puxando-a para um sonho que parecia mais real do que qualquer outro.
Ela se encontrou em uma vasta sala de mármore negro, iluminada apenas por uma lua pálida que brilhava através de uma janela arqueada.
O ambiente era ao mesmo tempo majestoso e ameaçador, com paredes decoradas com tapestries intricados que pareciam se mover com vida própria.
No centro da sala, uma figura alta e elegante estava de pé, observando-a com um sorriso enigmático.
Rhysand.
— Boa noite, pequena intrusa. — o macho disse, sua voz ecoou pela sala. - Espero que o ambiente esteja do seu agrado.
Aella olhou ao redor, sentindo um calafrio percorrer sua espinha. Ela sabia que estava em um sonho, mas também sabia que o perigo era real.
— Por que estou aqui? — perguntou, tentando manter a voz firme. — O que você quer de mim?
Rhysand deu um passo à frente, suas botas de couro fazendo um som suave contra o mármore.
— Direto ao ponto, não é? — disse, com um sorriso divertido. — Eu sempre gostei disso em uma mulher. Mas, para responder à sua pergunta... eu estou curioso. Muito curioso. Quem é você, Aella? O que você está tentando alcançar, metendo-se em assuntos tão perigosos?
Aella respirou fundo, tentando manter a calma.
— Estou apenas tentando proteger meu povo. Coisa que você não fez! Com nenhum deles! — respondeu, encontrando o olhar intenso de Rhysand. — E você? Por que você nos deixou ir naquela noite?
Rhysand inclinou a cabeça, seus olhos violetas brilharam com uma luz própria.
— Ah, você é arisca.- Ele murmurou. — Eu ajudo quem quero, quando quero. Talvez eu tenha visto algo em você. Algo que... me intrigou.
Aella sentiu uma onda de raiva e frustração. Ele estava brincando com ela.
— Não brinque comigo, Rhysand. — Ela disse, a voz baixa e perigosa. — Você é tão imprevisível quanto perigoso. Se não quiser ajudar, então saia do meu caminho. Não preciso de mais obstáculos.
Rhysand levantou uma sobrancelha, impressionado.
— Obstáculos? — Ele repetiu, dando uma risada baixa.— Você realmente me vê como um obstáculo? Isso é... fascinante. Mas você está certa. Sou perigoso. E, infelizmente para você, também sou muito, muito curioso.
Ele deu mais um passo em direção a ela, e Aella sentiu o ar ao seu redor esfriar. Havia algo feroz e implacável nos olhos dele, uma intensidade que fazia sua pele formigar.
— Então me diga, Aella. — Rhysand continuou, a voz suave como seda. — Por que você está fazendo isso? Por que se arriscar tanto para salvar pessoas que, até onde sei, poderiam muito bem ser deixadas à própria sorte? Você não parece o tipo de heroína altruísta.
Aella sentiu uma faísca de provocação em seu peito. Ela sabia que ele estava tentando desestabilizá-la.
— E quem é você para julgar? — Ela respondeu, erguendo o queixo. — Um príncipe das trevas? Um manipulador de mentes? Ou apenas alguém que tem o título de Grão-Senhor? Não passa de mais um cão daquela mulher.
Rhysand inclinou a cabeça, seu sorriso se alargou.
— Feriu os sentimentos que me restavam, pequena intrusa. — Ele disse de forma provocativa. — Eu sou tudo isso e talvez algo mais. Agora, quem é você, realmente? Não acredito que seja somente um poço de grosseria e ofensas, isso não funciona comigo.
Aella hesitou, sentindo a intensidade do momento. Ela não tinha certeza se devia confiar nele, mas havia algo na maneira como ele a olhava, como se estivesse desvendando seus segredos mais profundos.
— Eu sou... — sua voz tremeu levemente.— Eu sou apenas uma garota tentando fazer a coisa certa.
Rhysand deu uma risada baixa, inclinando-se mais perto.
— Ah, mas eu não acredito nisso nem por um segundo. — Ele sussurrou, seus olhos queimaram com uma luz intensa. — Você é muito mais do que isso, Aella. Eu posso ver. Posso sentir. Há um fogo dentro de você, um poder que eu desconheço, isso te faz especial e um problema.
Aella se afastou, sentindo-se exposta. Ele estava tocando em algo que ela mal entendia, algo profundo de mais.
— Você não sabe nada sobre mim. — disse, a voz mais firme do que se sentia.
— Não? — Rhysand murmurou, sua voz suave como um sussurro de seda. — Talvez eu saiba mais do que você pensa. Talvez eu veja coisas que você mesma ainda não percebeu. — ele parou, estudando-a com um olhar penetrante. — Mas aqui está a questão, Aella querida. O que você vai fazer com tudo isso? Com essa raiva, essa dor? Vai deixá-los consumir você? Ou vai usar isso para algo maior?
Aella sentiu um calafrio, uma mistura de medo e algo mais que ela não conseguia identificar. Ele estava jogando com suas emoções, empurrando-a para lugares que ela não queria explorar.
Mas ao mesmo tempo, havia algo nele que a atraía, uma força magnética que ela não conseguia ignorar.
— Você é tão... contraditório.— Ela disse finalmente, sua voz mais suave. — Você ajuda e ao mesmo tempo parece se divertir com o caos. O que você realmente quer, Rhysand?
Rhysand sorriu, um sorriso frio e malicioso.
— Eu quero muitas coisas, Aella. Poder, controle, diversão... Salvação — ele se inclinou mais perto, suas palavras um sussurro quente contra sua pele. — Mas, acima de tudo, eu quero entender. Quero entender você. E talvez, só talvez, ajudar a moldar o que você pode se tornar.
Aella engoliu em seco, sentindo uma mistura de emoções conflitantes. Ele estava a seduzindo com palavras e intenções veladas, e ela não sabia como responder.
Mas uma coisa era clara: Rhysand era uma força a ser respeitada, e talvez até temida. E, por mais perigoso que fosse, ela sabia que havia algo fascinante nele, algo que a fazia querer saber mais.
O silêncio se alongou entre eles, carregado de uma tensão palpável. Finalmente, Rhysand se afastou, seu sorriso ainda presente, mas suave.
— Pense bem, Aella. — Ele disse, sua voz quase gentil. — Você está jogando um jogo perigoso. E eu estou curioso para ver como você vai jogar.
Com essas palavras, a sala começou a desvanecer-se, as sombras se dissipando. Aella sentiu-se sendo puxada de volta para a consciência, o sonho dissolvendo-se ao seu redor.
A última coisa que viu foi o olhar intenso de Rhysand, como se ele estivesse marcando aquele momento em sua memória.
Ela acordou com um sobressalto, o coração acelerado. O sonho havia sido intenso e perturbador, mas também revelador.
Rhysand havia plantado sementes de dúvida e curiosidade em sua mente, e agora ela estava mais confusa do que nunca.
Mas uma coisa era certa: ela não podia ignorar o que havia acontecido. Com um pequeno sorriso malicioso e irado de raiva, ela se olhou sentada para o grande espelho.
— Eu jogo sujo.
𝐂𝐨𝐧𝐭𝐢𝐧𝐮𝐚.......
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𝐃𝐫𝐚𝐠𝐨𝐧 ☪︎ 𝟒
Fiksi Penggemar"𝐇𝐚𝐯𝐢𝐚 𝐮𝐦 𝐬𝐨𝐩𝐫𝐨 𝐝𝐞 𝐞𝐬𝐩𝐞𝐫𝐚𝐧𝐜̧𝐚, 𝐡𝐚𝐯𝐢𝐚 𝐮𝐦 𝐬𝐮𝐬𝐬𝐮𝐫𝐫𝐨 𝐝𝐨 𝐯𝐞𝐧𝐭𝐨. 𝐄𝐥𝐚 𝐦𝐞 𝐜𝐡𝐚𝐦𝐚𝐯𝐚, 𝐞𝐥𝐚𝐬 𝐦𝐞 𝐨𝐮𝐯𝐢𝐚𝐦." A dor teve que ser deixada para trás. Tudo que a escuridão a mostrou foi o caminho para...