𝟎𝟐: 𝐏𝐚𝐬𝐬𝐚𝐝𝐨.

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O vilarejo de Lyra nem sempre fora um lugar de desolação e escuridão

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O vilarejo de Lyra nem sempre fora um lugar de desolação e escuridão.

Havia um tempo em que a luz do sol banhava as colinas e as pessoas viviam em paz, cultivando a terra e celebrando festivais.

Aella, então apenas uma criança pequena, mal se lembrava desse passado, mas sabia que havia algo errado, algo que não se encaixava na narrativa sombria que conhecera.

Tudo começou alguns anos antes, quando a guerra entre as Cortes se intensificou.

A Rainha Amarantha, com seu desejo insaciável de poder, começou a expandir seu domínio, conquistando terras e subjugando reinos menores.

Hyben queria tudo, todo o controle sobre Printhya.

O reino de onde Aella e sua família vinham não foi exceção.

Em uma noite tempestuosa, os soldados da Rainha invadiram sua aldeia, queimando casas e capturando aqueles que não conseguiram fugir.

Tayra e Gats, jovens pais desesperados, pegaram Aella, ainda bebê, e correram para as florestas escuras, guiados apenas pelo instinto de sobrevivência.

Eles fugiram por dias, sem saber para onde iam, apenas com o desejo de escapar do domínio opressor de Amarantha.

Eventualmente, encontraram um pequeno grupo de sobreviventes que se escondia nas ruínas de um vilarejo antigo e abandonado: Lyra.

O vilarejo, situado em uma região remota e cercada por florestas densas, parecia um refúgio seguro.

As histórias diziam que Lyra havia sido abandonada por causa de uma maldição antiga, que afastava qualquer um que tentasse reconstruí-la.

Mas para Tayra e Gats, e para os outros refugiados, era o único lugar onde poderiam se esconder dos olhos vigilantes da Rainha.

Com o tempo, mais e mais pessoas se juntaram a eles, formando uma comunidade de almas perdidas e desabrigadas.

Eles reconstruíram as casas e cultivaram a terra, tentando recomeçar suas vidas.

Mas a maldição que pairava sobre o vilarejo nunca os deixou realmente em paz.

A névoa constante e a sensação de escuridão iminente tornavam o lugar um santuário estranho e inquietante.

A vida lá era uma existência de medo constante, com todos vivendo sob a sombra de serem descobertos por Amarantha e seus espiões.

Aella cresceu ouvindo sussurros sobre o passado e as lendas do vilarejo. Seus pais raramente falavam da antiga vida, tentando proteger a filha da dura realidade.

Mas Aella sempre foi curiosa, e as histórias sombrias sobre Lyra a fascinavam.

Foi em uma dessas histórias que ouviu pela primeira vez sobre Atgas, o espírito das sombras, que supostamente vagava pelas florestas ao redor.

As pessoas do vilarejo diziam que ele era uma entidade que guardava o lugar, mas também um lembrete da maldição que os mantinha presos ali.

A cada ano que passava, Aella sentia crescer dentro dela uma inquietação, uma sensação de que havia algo mais que ela poderia fazer.

Ela observava as pessoas ao seu redor, suas expressões cansadas e olhos vazios, e se perguntava por quanto tempo mais poderiam viver assim.

Então, em uma noite silenciosa, enquanto observava o vilarejo adormecido sob a luz da lua pálida, Aella tomou uma decisão.

Ela não poderia mais esperar por um salvador que talvez nunca viesse. Se Lyra e seu povo tinham alguma chance de sobreviver, ela sabia que teria que ser ela a fazer a diferença.

Foi assim que Aella começou a se encontrar secretamente com Azaras, o assassino que também havia se refugiado em Lyra, e com Atgas, cuja presença ela começou a sentir cada vez mais.

Ela sabia que, para salvar seu povo, precisaria usar todos os recursos à sua disposição, incluindo aqueles que seus pais temiam.

A escuridão que cercava Lyra tornou-se sua aliada.

Mas a maldade da Rainha levou seus pais em troca.

𝐂𝐨𝐧𝐭𝐢𝐧𝐮𝐚........

𝐄𝐬𝐭𝐫𝐞𝐥𝐢𝐧𝐡𝐚!

𝐃𝐫𝐚𝐠𝐨𝐧   ☪︎ 𝟒Onde histórias criam vida. Descubra agora