— Ouvi dizer que ela era uma princesa esquecida em Obelia.
— Minha prima está envolvida com um cavaleiro do palácio e mencionou que o imperador cumpre admiravelmente seus deveres conjugais.
— Há rumores de que ele destruiu seu quarto um dia após sua chegada. Hahaha.
— É verdade que a Imperatriz conquistou um assento no Conselho?
— Não tenho certeza. Talvez sim. Mas ninguém pode negar que ela possui uma presença verdadeiramente digna. — Todos os olhares se voltaram para o casal imperial.
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Athanasia respirou fundo enquanto era levantada pelo marido. Após ser gentilmente colocada no chão, ela voltou a dançar, movendo-se com perfeição ao ritmo dos passos de Floyd.
Quando a música cessou, ambos se curvaram um para o outro, e o salão se encheu de aplausos.
Floyd se aproximou e ofereceu seu braço, que Athanasia aceitou prontamente.
— Precisamos permanecer juntos a noite toda. Tenho certeza de que Claude enviou espiões para me vigiar — Athanasia sussurrou, perplexa com as intenções de seu pai.
— Claro, esposa — Floyd respondeu, seus olhos varrendo o salão antes de colocar a mão em sua cintura, puxando-a para mais perto.
— Vou garantir que ninguém se esqueça de quem é seu marido — disse o imperador, seu olhar fixo em Athanasia. Ela revirou os olhos, observando os nobres presentes no salão.
— Já decidiu quem será seu cavaleiro pessoal? — Floyd perguntou, atraindo a atenção dela.
— Ah, ainda não. Não tive tempo para isso — Athanasia murmurou, ainda ponderando sobre quais cavaleiros seriam adequados, sem ter chegado a uma decisão.
— Pois bem, você pode escolher o melhor — Floyd assegurou, seu tom confiante. Athanasia o contemplou por um momento, admirando a perfeição de seu rosto. Realmente, Deus parecia ter seus favoritos.
De repente, a expressão de Floyd endureceu. Athanasia piscou e seguiu o olhar dele, encontrando uma mulher que era visivelmente semelhante ao imperador.
Não pode ser, pensou consigo mesma. Aquela era Blanche Lawrence, prima de Floyd. A única irmã da antiga imperatriz casou-se com o Marquês Lawrence, e o casal teve apenas uma filha.
A elegante mulher aproximou-se, examinando Floyd de cima a baixo. No entanto, ao se voltar para Athanasia, seu olhar suavizou.
— Saudações a Vossas Majestades, o Sol e a Lua do Império — exclamou Blanche, curvando-se com elegância. Em seguida, voltou-se para Athanasia com um sorriso cordial. — É uma honra conhecê-la, Vossa Majestade. Estou verdadeiramente contente por finalmente alguém ter a capacidade de fazer com que meu primo coloque juízo na cabeça.
Athanasia ficou surpreendida com a declaração. Floyd, ao seu lado, parecia mais irritado do que ofendido.
— Você é tão bonita — disse Blanche, elogiando-a. Athanasia corou com o elogio inesperado.
— É uma honra conhecê-la, jovem duquesa — respondeu Athanasia, dirigindo-se à herdeira do ducado com uma formalidade respeitosa.
A mulher piscou, encantada pela beleza da imperatriz.
— Ah, Vossa Majestade é realmente encantadora — exclamou Blanche, com uma expressão animada. — Não consigo entender como conseguiu alguém tão puro como ela — lançou um olhar desdém para Floyd. — Minha imperatriz, gostaria de enviar convites para encontros sociais, mas não quero parecer indelicada.
— Ah, não se preocupe, será um prazer imenso receber um convite da jovem duquesa — respondeu Athanasia, rindo constrangida, enquanto era puxada para mais perto de seu marido.
— Com licença, prima, gostaria de passar algum tempo com minha esposa — disse Floyd, com uma mensagem clara em seus olhos: Vá embora.
Blanche revirou os olhos, mas se despediu com um tom de sarcasmo.
— Até mais, Vossa Majestade — despediu-se apenas de Athanasia, saindo com um sorriso debochado dirigido ao príncipe.
Athanasia riu enquanto seu marido começava a resmungar. Sentia-se desconfortável, seus pés doíam e os altos saltos azuis eram extenuantes.
Floyd percebeu seu desconforto.
— O que aconteceu? — perguntou, com um tom neutro.
— Meus pés doem; eu só preciso sentar um pouco — respondeu Athanasia, olhando para o trono ao lado do de seu marido.
Antes que pudesse dizer mais, Floyd a ergueu nos braços, atraindo a atenção de todos no salão, e começou a se dirigir para fora.
— Ah! Ei! O que você está fazendo?! — protestou Athanasia, vermelha pela atenção e pelos olhares surpresos dos nobres.
— Vamos descansar — afirmou Floyd, alheio às reações ao seu redor. Ele caminhou pelos corredores luxuosos e entrou em um quarto de descanso.
Com um gesto gentil, ele acomodou Athanasia em uma poltrona e começou a retirar seus sapatos. Athanasia o observava, atônita.
— Não consigo acreditar que esse homem está tirando meus sapatos ele mesmo — pensou, perplexa. Sua surpresa aumentou quando ele começou a massagear seus pés.
Athanasia suspirou aliviada. O alívio foi tão grande que ela deitou a cabeça na cadeira, desfrutando do relaxamento proporcionado. Um sorriso de satisfação se formou em seus lábios.
Foi então que ela sentiu uma mão atrevida subindo por sua coxa. Ela piscou e olhou para Floyd. Seus olhares se encontraram, e uma tensão nova pairou no ar.
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Assim, ela rapidamente se deitou ao lado do marido adormecido. A exaustão tomou conta dela após terem deixado a festa de boas-vindas mais cedo, pois ela não poderia retornar ao salão naquele estado.
Foi então que uma sensação de vigilância se fez presente do lado de fora. Um espião de Obelia. Athanasia sorriu.
