✾𝐀 𝐟𝐮𝐥𝐥 𝐝𝐚𝐲✾

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Athanasia não conseguiu esconder o desgosto que tomou conta de seu rosto ao avistar Jannette à sua frente. A menina, em sua insuportável falsidade, esboçou um sorriso artificial de alegria.

 A menina, em sua insuportável falsidade, esboçou um sorriso artificial de alegria

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— Irmã! — exclamou Jannette, correndo em sua direção com uma animação forçada.

— Princesa Jannette. — respondeu Athanasia, com um aceno desinteressado, a frieza evidente em sua voz.

A verdade é que Jannette era tudo o que Athanasia desprezava: uma garota tola, arrogante, infantil, irritante até o último fio de cabelo. Sempre correndo para Claude, choramingando por qualquer contrariedade, como uma criança mimada que nunca enfrentou a realidade.

— Vossa Alteza está perdida? — Athanasia perguntou, sua expressão séria e impassível. — Os jardins do palácio podem ser labirintos traiçoeiros para quem não conhece o caminho.

Ela própria havia se perdido ali uma vez, até que Stella, Elizabeth e Kielly vieram em seu resgate. Floyd riu ao saber do incidente, mas ela não achou graça alguma.

— Bom, eu estava procurando minha irmã, mas me confundi no caminho. — Jannette respondeu, tentando parecer envergonhada, mas sua falsidade era evidente. — Mas, que tal passearmos juntas?

O som de irritação escapou dos lábios de Athanasia, um estalo no céu da boca que falava mais do que palavras poderiam expressar.

— Me chame de "Vossa Majestade". — disse ela, firme e imperiosa. Jannette parou, piscando, atônita.

— O quê...? — murmurou a princesa, sem acreditar no que ouvia.

— Me chame pelo meu título. Você não está em Obelia, Jannette. Se soubesse o mínimo de etiqueta, saberia como se comportar. — A voz de Athanasia estava carregada de desdém, cortante como uma lâmina afiada.

Jannette piscou, a surpresa dando lugar à raiva e à vergonha. Sua expressão se contorceu em uma máscara de fúria.

— Por que você está falando assim comigo?! — gritou ela, sua voz estridente como unhas arranhando uma superfície áspera. — Agora que virou Imperatriz, está mostrando suas verdadeiras cores?!

Athanasia cruzou os braços, um sorriso frio brincando em seus lábios.

— Esse é o seu problema, Jannette. Você foi tão protegida que nunca aprendeu a realidade do mundo. — disse Athanasia, suas palavras cortando como facas.

Isso apenas alimentou ainda mais a raiva da princesa.

— Você não é nada! É só inveja porque o pai me ama! — gritou Jannette, quase fora de si. — Você não passa de uma meia-sangue nojenta, enquanto eu sou a princesa querida de Obelia!

Athanasia revirou os olhos, cansada do drama infantil de Jannette. Claude, sempre o grande vilão na mente paranóica da princesa.

— Ah, não, Jannette. Eu sou uma imperatriz, uma governante, e você é apenas a filhinha querida de Claude. — respondeu Athanasia, seu sorriso se tornando mais venenoso, seus olhos brilhando com uma intensidade perigosa. Jannette recuou, soluçando. — Você seria tola se tentasse me atacar. Lembre-se, você não está em Obelia. Pode tentar me ferir, mas jamais me humilhará, jamais me quebrará, e nunca, jamais, me fará submeter. Sou uma Van Hofewg. Você não é bem-vinda aqui. Volte se tiver coragem. — Athanasia riu, virando-se para partir. — Obrigada por me mostrar suas verdadeiras cores, Jannette.

Com isso, Athanasia desapareceu de vista, deixando Jannette sozinha com sua raiva crescente.

Respirando pesadamente, Jannette apertou os punhos com tanta força que seus nós dos dedos ficaram brancos.

— Aquela sem-vergonha... — sussurrou ela, a voz cheia de sombras. — Se é guerra que ela quer, é guerra que ela terá.

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Mais tarde, em um momento de introspecção, Athanasia tocou suavemente a própria barriga. Havia uma pequena quantidade de mana crescendo dentro dela, quase imperceptível, mas inegável.

Ainda atordoada, ela se perguntou como aquilo era possível. Não havia sentido nada de diferente, nenhum sintoma, nenhuma mudança perceptível. Talvez fosse por ser uma bruxa? As lágrimas começaram a escorrer por seu rosto, silenciosas e inesperadas.

𝐁𝐀𝐃 𝐃𝐑𝐄𝐀𝐌𝐒 (𝐇𝐈𝐀𝐓𝐔𝐒 𝐈𝐍𝐃𝐄𝐓𝐄𝐑𝐌𝐈𝐍𝐀𝐃𝐎) Onde histórias criam vida. Descubra agora