✾𝐓𝐡𝐞 𝐜𝐞𝐥𝐞𝐛𝐫𝐚𝐭𝐢𝐨𝐧 𝐭𝐨𝐮𝐫𝐧𝐚𝐦𝐞𝐧𝐭✾

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O Coliseu Sagrado de Hofewg, uma joia ancestral do Império, erguia-se majestoso, testemunha silenciosa de momentos históricos. Era aqui que se celebravam as mais importantes ocasiões: casamentos imperiais, proclamações de herdeiros, e vitórias inesquecíveis. Segundo a lenda, quando os monarcas de Hofewg anunciam a chegada de um herdeiro dentro deste coliseu, a gestação é abençoada pelos deuses. Embora Athanasia não acreditasse plenamente no mito, não podia negar o fascínio que ele exercia sobre todos.

Naquele dia, o coliseu estava lotado, não apenas por nobres e plebeus, mas também por estrangeiros que haviam viajado de longe para presenciar a cerimônia

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Naquele dia, o coliseu estava lotado, não apenas por nobres e plebeus, mas também por estrangeiros que haviam viajado de longe para presenciar a cerimônia. Athanasia, sentada ao lado de seu marido, observava a grandiosidade do momento. Floyd, o Imperador, embora ansiasse por participar das lutas, sabia que seu dever era conduzir a cerimônia e fazer o anúncio. O peso da responsabilidade era evidente em seus olhos.

— Está com frio? — Floyd perguntou pela milésima vez, seu tom protetor e preocupado.

— Estou bem — respondeu Athanasia, sua paciência começando a se esgotar. Mas o que realmente ocupava sua mente era a participação de Kielly na competição. A amiga havia prometido vencer em sua honra, mas Athanasia não podia deixar de se preocupar com os perigos que ela enfrentaria.

— Kielly é forte, uma espadachim excepcional e com um domínio impecável de mana. Não há dúvida de que ela sairá vitoriosa — Floyd tentou acalmá-la, segurando sua mão com ternura.

O olhar de Athanasia vagou pela arena, até encontrar Jannette e sua família. A expressão de Claude era perturbadora, uma mistura de desdém e indiferença, enquanto Jannette e sua tia ostentavam carrancas de desprezo. O Duque Alpheus e Ijekiel mantinham-se neutros, como se fossem meros espectadores de um espetáculo que desejavam evitar.

Quando os olhos de Athanasia encontraram Félix Robane, um sorriso discreto se formou em seus lábios. Ele acenou com a cabeça, cumprindo silenciosamente a promessa que havia feito.

Nesse momento, as trombetas soaram, anunciando a entrada dos cavaleiros. O Coliseu explodiu em aclamações, aplausos, e murmúrios zombeteiros, enquanto os guerreiros surgiam em seus majestosos garanhões. Entre eles, destacava-se um garanhão branco que se aproximou da arquibancada imperial. Montada nele, em uma armadura brilhante, estava Kielly, sua presença emanava uma dignidade inquestionável.

Athanasia levantou-se, acompanhada por Stella e Eliza. Kielly, ao se aproximar da balaustrada, sorriu e saudou-as com um aceno.

— Vossa Majestade, senhoritas — cumprimentou Kielly com uma reverência.

— Kielly! Você está deslumbrante! — exclamou Eliza, animada.

— Boa sorte, Kielly — desejou Stella, oferecendo-lhe um sorriso caloroso.

— Kielly, por favor, aceite isto — Athanasia entregou-lhe um lenço bordado com uma flor branca, adornado com detalhes verdes e azuis. — Não se machuque, e boa sorte.

Kielly, determinada, sorriu em resposta e, antes de se afastar, lançou um olhar a Blanche, que estava perto do Imperador, e que acenou em apoio.

— Prometo que farei o meu melhor para conquistar a Flor da Glória por você, minha Imperatriz — disse Kielly, com firmeza, enquanto as trombetas chamavam os cavaleiros para se alinharem.

Athanasia retornou ao seu trono, o coração pulsando com uma mistura de expectativa e nervosismo. Floyd se levantou e caminhou até a frente, pronto para iniciar o discurso. O Coliseu mergulhou em um silêncio reverente.

— Estamos aqui hoje para celebrar muitas coisas — começou Floyd, sua voz ecoando com autoridade. — Primeiramente, celebramos meu casamento com minha adorável esposa, a Imperatriz Athanasia.

O Coliseu explodiu em aplausos, e Athanasia sentiu o calor da emoção inundar seu rosto. Floyd continuou:

— E também, para anunciar a chegada de um herdeiro ao trono.

Um suspiro coletivo de choque atravessou a multidão. Jeannette e Claude congelaram, suas expressões um misto de surpresa e incredulidade. O Duque Alpheus ficou pálido, enquanto Ijekiel piscava em confusão. A Condessa Rosaria, furiosa, rangia os dentes. A satisfação tomou conta de Athanasia ao perceber o impacto de suas palavras.

— Que a partida comece! — declarou Floyd, e assim o destino de todos ali presentes foi selado com aquelas palavras.

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Athanasia colocou a bala de menta na boca, mas logo se arrependeu. Embora não tivesse sentido nenhum enjoo durante o início da gravidez, agora, o mal-estar a atingia com força.

— Está tudo bem, Majestade? — Stella perguntou, enquanto gentilmente colocava um casaco sobre os ombros da imperatriz.

— Sim, obrigada — respondeu Athanasia, sinceramente grata pelo cuidado. Porém, ao notar a expressão séria de Stella, que olhava por cima de seu ombro, Athanasia se virou e encontrou Félix diante dela.

— Sir Félix, é um prazer vê-lo — disse a imperatriz, ao notar o brilho de alegria nos olhos do ruivo.

— Majestade, parabéns pela sua gravidez. Estou verdadeiramente feliz pela senhora — respondeu Félix, cujo entusiasmo lembrava a Athanasia a fidelidade de um cãozinho.

— Ah, esta é minha leal amiga, Lady Stella Hill — apresentou Athanasia. Stella, com sua elegância natural, fez uma reverência impecável.

— Milady —Félix retribuiu o gesto, curvando-se levemente.

— Por favor, nos deixe a sós por um momento — pediu Athanasia, e Stella prontamente se retirou. Assim que a amiga desapareceu de vista, a imperatriz assumiu uma postura séria.

— Sua mão — ordenou Athanasia, estendendo a própria mão em um gesto firme. Félix piscou, confuso.

— Sua mão — repetiu ela, agora com uma nota de impaciência na voz. Finalmente, Félix levantou a mão para ela. Uma pequena luz começou a brilhar na palma de sua mão, revelando um pequeno símbolo que se formava ali.

— Você usará isso para se comunicar comigo — instruiu Athanasia, sua voz carregando a autoridade que a situação exigia. Félix acenou em concordância.

— Serei eternamente grata a você, Sir Félix — Athanasia confessou, com um brilho sincero nos olhos. O cavaleiro sorriu, inclinando-se para beijar as costas da mão da imperatriz com reverência.

— É meu dever protegê-la, Majestade. Prometo em nome de Lady Diana e Lady Lillian que cumprirei essa missão — respondeu Félix com firmeza, sua voz carregada de devoção.

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Mais tarde naquele dia, Kielly Rossi triunfou em todas as batalhas, conquistando a Honra Dourada, um prêmio raríssimo. Ela recebeu uma guirlanda de ouro cravejada de pedras preciosas e nomeou a Imperatriz Athanasia como a Rainha da Honra e Beleza, selando seu prestígio e graça diante de todos.

De longe, Jannette observava a cena, sendo consumida pela raiva.

— "Ela não merece isso" — pensou amargamente, enquanto se dirigia aos aposentos de seu pai, decidida a expressar sua indignação.

Sim, seu pai faria algo a respeito. Ele sempre atendia seus pedidos, por mais sombrios que fossem.

— Papai... — Jannette chamou, ao entrar no quarto, encontrando Claude afundado em uma garrafa de bebida. Ela piscou, confusa com a cena.

— Diana... — murmurou Claude, o nome escapando de seus lábios como uma sombra do passado. Diana, a mãe de Athanasia. Por que ele estava mencionando aquela mulher que Jannette desprezava tanto?

— Nossa filha... — continuou Claude, sua voz tremendo com emoções reprimidas, o que fez um frio arrepio percorrer a espinha de Jannette. Um medo ancestral começou a se apoderar dela, um pressentimento de que as coisas não seriam como antes.

𝐁𝐀𝐃 𝐃𝐑𝐄𝐀𝐌𝐒 (𝐇𝐈𝐀𝐓𝐔𝐒 𝐈𝐍𝐃𝐄𝐓𝐄𝐑𝐌𝐈𝐍𝐀𝐃𝐎) Onde histórias criam vida. Descubra agora