Athanasia não sabia o que tinha acontecido com ela. Talvez tivesse enlouquecido por um momento. Quem sabe, talvez ela realmente tivesse morrido de ataque cardíaco e estivesse sendo levada aos céus por um anjo.
Deus, esse homem é tão lindo!
Floyd Van Hofewg a olhava com um pequeno sorriso no rosto.
— Sinto muito por não ter aparecido antes, mas agora estou aqui, minha princesa — disse ele, descendo da carruagem ainda com sua noiva nos braços. Braços fortes, cheios de músculos... Acorde, Athanasia!
— M-Majestade! Peço desculpas pelo meu comportamento! Isso... — Sua voz morreu na garganta quando ele a olhou com aqueles olhos cor de sangue.
Isso é lindo. Ele é lindo.
— Vamos assinar os papéis de casamento, minha princesa — Floyd disse calmamente, uma serenidade desconcertante para um assassino. Athanasia sentiu todos os olhares voltados para si.
— Coloque-me no chão — a voz de Athanasia saiu mais baixa do que ela pretendia.
— Você exigiu minha presença, e agora, ao me ver, quer se afastar? — Floyd respondeu com um tom de zombaria.
— Naturalmente! Um bom noivo deve receber sua noiva — Athanasia retrucou, irritada.
— E uma boa noiva aceita as demonstrações de carinho de seu noivo — Floyd sorriu. Athanasia piscou, incrédula e furiosa.
Este é o monstro insano de Hofewg? Ele parece mais um moleque irritante!
— Vossa Majestade, Vossa Alteza... — a voz surpresa do Papa interrompeu o momento.
Athanasia sentiu-se profundamente envergonhada. Como princesa Obeliana, uma dama de alta estirpe, era indecoroso aparecer diante de uma figura tão proeminente quanto o Papa Imperial dessa maneira.
Ela balançou os pés, um sinal claro de que desejava ser colocada no chão. Seu noivo atendeu prontamente, descendo-a com cuidado.
— Vossa Santidade — a princesa saudou, com as bochechas queimando de constrangimento. Seu noivo permaneceu em silêncio.
O Papa sorriu calorosamente.
— Glória e Benção ao Império Obeliano, princesa Athanasia. É uma honra recebê-la aqui. Após a assinatura do contrato de casamento, vocês serão oficialmente marido e mulher — disse ele gentilmente.
Athanasia agradeceu aos céus, aliviada com a perspectiva de terminar a cerimônia. Cansada da longa viagem, ansiava por deitar-se e descansar. Porém, ao olhar para seu noivo, um pensamento a perturbou.
A consumação do casamento. Ela observou a imponente estrutura de Floyd, seus músculos fortes e seu peitoral.
O quão brutal ele poderia ser? Seu rosto corou ao imaginar a cena.
— Vossa Alteza — o Papa chamou sua atenção. Quando Athanasia se deu conta, Floyd Van Hofewg estava diante dela, segurando suas mãos. Um par de alianças repousava em uma almofada branca entre eles.
— Ah, desculpe — ela disse, balançando a cabeça para afastar os pensamentos indesejados.
— Com esta aliança, uno nossos destinos — declarou o imperador, colocando o anel no dedo de Athanasia.
— Com esta aliança, unimos nossos destinos — ela repetiu, realizando o mesmo gesto com um tremor perceptível.
— Eu os declaro marido e mulher. Pode beijar a noiva — anunciou o imperador com um sorriso. Athanasia permaneceu paralisada. Floyd, com seu semblante impassível, inclinou-se e aproximou-se de seu rosto. Athanasia fechou os olhos ao sentir os lábios dele sobre os seus.
O toque dos lábios de Floyd, inesperadamente quente, a surpreendeu. A mão enluvada do seu novo marido acariciava seu rosto. O beijo, que deveria ser apenas um selinho, tomou um tom mais íntimo e desafiador.
Floyd afastou-se, e Athanasia percebeu sua estatura imponente. Aproximando-se do seu ouvido, ele sussurrou com uma voz grave:
— Aguarde-me em meus aposentos, esposa.
Athanasia o encarou, suas bochechas coradas de embaraço, mas seu olhar revelava uma fúria contida.
— Vamos concluir logo com isso, marido — murmurou irritada. Virando-se, ela deixou o imperador para trás.
Agora, ela era a imperatriz de Hofewg, Athanasia Van Hofewg. A Lua do Império.
A loira sorriu de forma maligna. Talvez, afinal, isso não fosse tão ruim.
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Athanasia sentiu o coração pulsar fortemente contra o peito, dominada pelo nervosismo. Após assinar os documentos, foi conduzida ao quarto de Sua Majestade.
Enquanto olhava para a lua cheia através da janela, ela mordeu os lábios e sussurrou:
— Faça meu marido ser gentil. Aquele monstro brutal e colossal...
De repente, uma voz a fez quase gritar. Ela se virou rapidamente, encontrando Floyd apenas com um roupão.
Athanasia piscou, seus olhos descendo pelo corpo atlético e escultural de Floyd. Ele era, sem dúvida, uma obra de arte.
— É assim que pensa de mim? — Floyd perguntou, aproximando-se dela. Athanasia fez uma careta, envergonhada.
— Não, de jeito nenhum, Vossa Majestade... — mentiu ela, mas foi interrompida.
— Não é necessário ser tão formal — Floyd disse, coçando a nuca. — Sou seu marido, chame-me apenas de Floyd.
Athanasia acenou com a cabeça.
— Certo, Floyd — concordou ela. Floyd não parecia tão brutal; ao contrário, havia algo provocante nele.
Antes que pudesse pensar mais a respeito, Athanasia foi puxada para perto, ou melhor, para cima de Floyd. Ela colocou as mãos no peitoral forte dele para se equilibrar e observou Floyd se deitar completamente. Ele a olhou com seus encantadores olhos rubis e declarou:
— Eu sou seu. Pode fazer o que quiser comigo.
A declaração a surpreendeu, deixando-a chocada com o comportamento inesperado do marido.
Ela mordeu os lábios, avaliando Floyd. Com vinte anos recém-completados e ela prestes a fazer dezoito, a consumação do casamento era iminente.
Não podia perder essa oportunidade, não podia desperdiçar aquele corpo esculpido como o de um anjo.
