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Se você está lendo este capítulo agora e notou algo diferente, é isso mesmo — eu fiz algumas alterações!

MAXIME 🔥 •

Sua expressão de mágoa e medo está evidente. Eu não sei como as coisas chegaram a esse ponto, nem por que alguém como ela me afeta tanto, me faz sentir tão vulnerável. Isso não pode acontecer, nunca. Se eu baixar a guarda, eles me matarão e eu não conseguirei proteger ninguém, nem mesmo ela.

— Me desculpa — as palavras saem da minha boca com dificuldade enquanto dirigimos em direção ao galpão, como se os meus pensamentos não fizesse mas nenhum efeito.

— É, você sabe que isso não muda nada, não sabe? Depois que tudo isso acabar, eu quero ir embora e nunca mais quero te ver. — Ela mantém o olhar fixo na janela do carro, sem sequer se virar para mim.

— Eu acho justo. Não quero que me perdoe, quero que seja diferente de mim, Sophie. Mesmo que isso não justifique nada. Eu nem mesmo pediria desculpa, mas se ele tivesse me matado, você estaria nas mãos do Constantine, e tenho certeza de que você não queria isso — desvio os olhos do volante por um momento e olho para ela, mas ela ainda continua olhando para a janela.

— Como você consegue ser tão frio? Usar e abusar das pessoas para ter tudo o que você tem? Carro caro, dinheiro, luxo. Como você consegue ser a porra de um mafioso, Max? E pior, como você pôde matar meu pai? — seus olhos agora encontram os meus, carregados de dor.

— Seu pai queria me matar, Sophie. Eu não tinha escolha — paro o carro e a puxo para um abraço, tentando oferecer algum conforto.

— Eu te odeio, Max, eu realmente te odeio — suas mãos se fecham e ela começa a me bater enquanto tento fazer com que ela se renda ao meu abraço, porque é só isso que posso oferecer a ela.

Eu seguro firme, absorvendo cada golpe, sentindo a culpa e o desespero nos seus punhos. Eu sei que mereço. Mereço tudo isso e muito mais. E, mesmo assim, estou prestes a levá-la para um galpão, para um interrogatório que ela nunca deveria presenciar.

— Eu sei que você me odeia — sussurro. — E você tem todo o direito. Mas preciso que confie em mim agora, só por um momento. Preciso que acredite que estou fazendo isso por você.

Ela solta um soluço, seus punhos finalmente parando de bater em meu peito. Mas o olhar que me lança é uma mistura de ódio e desespero.

— Apenas me tire dessa vida...Max. E depois... nunca mais quero te ver.

Eu aceno, sentindo o peso de cada palavra. O carro volta a se mover, o silêncio entre nós tão denso quanto o dia que se desenvolve.

(...)

Quando chegamos ao galpão, o sol está alto, iluminando o caminho até o prédio. Sophie está ao meu lado, visivelmente irritada e em silêncio. Eu sei que ela compreende a gravidade da situação e que sua mente está uma tempestade de emoções.

Eu estaciono o carro e saio, estendendo a mão para Sophie, que empurra minha mão para o lado, visivelmente incomodada. O galpão 01 é o principal espaço que mantenho para os assuntos mais importantes, com ferramentas de tortura e caixas de armas organizadas, celas e um pequeno escritório com uma escada.

Quando entramos no galpão, Pierre, Lucas, Olivier, Camille, Juliette e Elise estão preparados. Juliette me lança um olhar de desaprovação por Sophie estar comigo, mas o que me interessa nesse momento é o homem amarrado na cadeira, visivelmente aterrorizado, seu olhar fixo nas ferramentas ao redor.

Amor em tons de cinza [Dark Romance 🔞]Onde histórias criam vida. Descubra agora