Voltei. Mais cedo do que eu pretendia, mas não se acostumem. Perdoem qualquer erro que aparecer, é sono.
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Isabella Castro
Hoje promete ser um longo dia tedioso. Ah, o dia mal começou e eu já quero que acabe. Pelo menos tem algo minimamente legal pra fazer, que é assistir a votação do desfile. Bom, não era bem a minha ideia de diversão favorita mas dá pro gasto.
Ontem foi a primeira vez que senti vontade de sair do meu quarto. Depois de tantos meses enfurnada lá dentro, é bom ver a luz do sol de novo. Acordei com uma mensagem da empresa dizendo que eu tinha uma reunião bastante importante, era indispensável a minha presença. Infelizmente eu não tenho o hábito de fazer reuniões deitada na minha cama.
Bufo frustrada, não queria ir para o escritório, mesmo que esse escritório ficando no andar de baixo.
— Olha só tia, as visitas dela estão ficando frequentes. — Gabriel diz jocoso.
— Fico muito feliz que veio tomar café conosco, filha.
— Pois é, milagres existem.
— Realmente.
— Não era pra você concordar Gabriel. — ergo o dedo do meio pra ele.
— Modos, querida. — Repreendeu Grace.
— Desculpe, tia.
— A que devemos a honra? — Gabs não para com as brincadeiras. Eu nem me zango muito, sei que no fundo ele só quer levantar o meu astral. Eu não estou bem a muito tempo.
— Trabalho. — levanto o celular — Me disseram que descobriram notícias interessantes. Querem minha permissão para postar.
— Eita, fofoca? Me interessei.
— É, mas você vai ter que esperar.
— Ah, que pena. — faz uma carinha de cachorro que caiu do caminhão de mudança. Esse palhaço fofoqueiro.
— A reunião é agora filha?
— É sim, tia. Vou levar um café para o escritório. Quando a reunião acabar eu como alguma coisa.
— Ok.
Apesar dos pesares, vai ser bom participar dessa reunião, vai me distrair, e é disso que estou precisando. Mas, sei lá, de repente eu estou me sentindo tão disposta, tão viva. Finalmente estou voltando a ser o que era antes de… antes de Sâmia morrer.
Sacudo a cabeça, para de pensar nisso Isabella. Ela… deve estar em um lugar melhor agora. Eu sinto tanta falta dela.
Não gosto de pensar nisso, todas as vezes me senti culpada e não a um único dia que eu não me sinta assim. Odeio saber que a principal responsável pelo nosso sofrimento fui eu. Se eu tivesse ouvido nada disso teria acontecido.O pior disso tudo é saber que se ela estivesse viva, ela jamais me perdoaria. Mas eu lutaria com todas as forças para ter o seu perdão, não importava quanto isso demorasse. Eu só sossegaria quando ela me perdoasse. Mas não adianta pensar nisso agora, ela não vai voltar e eu tenho que superar isso.
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— Tem certeza?
— Temos sim senhora.
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Cativa | Sáfico
Roman d'amour+18 | Trilogia Cativa Sâmia, uma mulher da alta sociedade carioca, vive um verdadeiro inferno. Para se ver longe do padrasto, ela se viu obrigada a casar com Octávio, um homem poderoso no Rio de Janeiro, ninguém se atreve a desafiá-lo, exceto um cer...