Laços Reatados

482 62 77
                                    

—"Jihyo!" -Gritou S/n, sentindo uma dor aguda no peito, como se seu próprio coração estivesse sendo rasgado.

Baumer correu em direção ao local do acidente, as lágrimas escorrendo livremente pelo rosto. Andréia e Daniel seguiram logo atrás, ambos com expressões de choque e medo.

Ao se aproximar, S/n caiu de joelhos ao lado de Jihyo, pegando o corpo pequeno e frágil nos braços.

—"Não, não, não.." -Sussurrou S/n, a voz quebrada pela dor enquanto acariciava o rostinho de Jihyo.
—"Minha neném, por favor, fique comigo. Mamãe está aqui."

Jihyo estava consciente, mas seus olhos estavam enevoados de dor e medo.

—"Mam.." -Jihyo murmurou, a voz quase inaudível. S/n segurou a menina com cuidado, tentando transmitir toda a segurança e amor que sentia.

S/n se desesperou ao ver sangue escorrendo de debaixo de Jihyo. Seu coração quase parou ao perceber que a cabeça da menina estava cortada e jorrava sangue. O pânico tomou conta dela enquanto lágrimas rolavam incontrolavelmente pelo seu rosto. Baumer tentou estancar o sangramento com as mãos trêmulas, pressionando o corte com a esperança de diminuir a perda de sangue.

—"Jihyo, meu amor, fique comigo, por favor" -S/n murmurava desesperadamente, a voz embargada pelo choro. —"Mamãe está aqui. Não feche os olhos, neném. Fique acordada para mim."

A visão de Jihyo fechando os olhinhos lentamente, como se a vida estivesse se esvaindo dela, partiu S/n em mil pedaços. Com movimentos desesperados, ela trouxe a menina completamente para seu colo, embalando-a suavemente e depositando um beijo na testa ensanguentada de Jihyo.

—"Não, não, não, querida...Por favor, por favor...Fique comigo, meu amor...Eu estou aqui" -A mulher sussurrava, as lágrimas caindo livremente em meio ao caos. A cena ao redor dela parecia se desfocar enquanto sua atenção se concentrava unicamente em Jihyo.

S/n não percebeu os paramédicos se aproximando até sentir uma maca ao seu lado e mãos tentando tirar Jihyo de seu colo.

—"Não! Não tirem ela de mim!" -S/n gritou, segurando a menina ainda mais forte, seu desespero evidente em cada palavra.

De repente, S/n sentiu uma mão firme e reconfortante em seu ombro. Olhou para cima e viu Momo, sua amiga e colega, com uma expressão de calma determinada.

—"S/n, deixe-nos cuidar de Jihyo. Eu prometo que faremos tudo que pudermos. Eu mesma cuidarei dela." -Hirai disse, sua voz firme mas carinhosa.

S/n olhou para Momo, seu coração dividido entre o medo e a esperança. Finalmente, relutante, ela permitiu que os paramédicos tirassem Jihyo de seus braços e a colocassem na maca. Ao ver a maca ser erguida, S/n se levantou rapidamente, ainda desesperada.

—"Momo, por favor, deixe-me participar da cirurgia. Eu preciso estar com ela. Eu quero fazer a cirurgia." -S/n implorou, agarrando o braço de Momo, as lágrimas ainda caindo.

Momo balançou a cabeça, seus olhos refletindo a dor de negar o pedido de sua amiga.

—"S/n, você não pode. Se algo der errado, você vai se desesperar, e se você se desesperar, coloca a vida de Jihyo em risco. Familiares não entram na sala de cirurgia, é um protocolo e você sabe disso. Preciso que confie em mim, por favor" -Momo disse, sua voz rápida mas cheia de sinceridade.

S/n assentiu chorando, mesmo que cada fibra do seu ser quisesse correr atrás da maca.

—"Desculpe.." -Momo murmurou antes de correr com os médicos, seguindo a maca de Jihyo até o hospital.

S/n tentou correr atrás deles, mas foi impedida por Andréia, que a segurou firmemente.

—"S/a, calma. Momo vai cuidar dela. Precisamos confiar neles agora." -Andréia disse, tentando acalmar a amiga.

Tiny Steps, Big ChangesOnde histórias criam vida. Descubra agora