Emma D'Fontana vive para a velocidade e a emoção das pistas, sendo uma torcedora apaixonada pela Ferrari. Sua vida sempre girou em torno das corridas e dos pilotos que desafiam o impossível. Mas tudo muda quando, em uma tarde comum, ela vê Kimi Anto...
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"ela se lembrou de mim também?" cap-10
Kimi Antonelli.
Ela sai por a porta, e no mesmo instante em que ela fecha, eu abro um sorriso enorme. O silêncio no quarto dela era quase surreal, mas eu me sentia completamente em paz. Estar ali, no espaço que era só dela, fazia meu coração bater mais forte, mas de um jeito bom, como se cada batida ecoasse a felicidade que eu sentia naquele momento. Era um sentimento que não conseguia disfarçar, mesmo que quisesse.
Os pôsteres de Fórmula 1 espalhados pelas paredes chamaram minha atenção de imediato. Cada imagem capturava momentos icônicos das corridas, pilotos em seus carros, prontos para desafiar os limites, miniaturas, blusas penduradas... Eu não pude deixar de sorrir ao ver isso. Era um detalhe que eu não esperava, mas que, de algum jeito, fazia tudo parecer ainda mais perfeito.
Eu me aproximei de um dos pôsteres, reconhecendo a cena de uma corrida clássica. Saber que ela compartilhava essa paixão pela F1 me fez sentir ainda mais conectado a ela.
Cada detalhe no quarto parecia gritar o nome dela, e isso só aumentava a felicidade que eu sentia por estar ali. Eu queria saber mais, descobrir o que passava pela cabeça dela quando assistia a uma corrida ou por que escolheu aqueles pôsteres em particular. Estar ali, cercado por essas coisas, fazia meu coração bater mais forte, mas de um jeito bom, como se eu estivesse exatamente onde deveria estar.
Eu me aproximei da cama, observando os pequenos detalhes: uma almofada jogada de lado, uma revista aberta na página de algum artigo que provavelmente a interessava. Eu me sentia feliz, genuinamente feliz, por estar ali. Não havia nada de extraordinário naquela situação, mas o simples fato de estar no lugar que ela considerava seguro, o lugar que refletia tanto dela, fazia com que eu me sentisse mais próximo dela do que nunca.
Sentei-me na cadeira ao lado da escrivaninha, sem ousar mexer em nada, apenas observando tudo ao meu redor.
Viro minha cabeça apagando as luzes no interruptor ficando apenas a do abajur ligado na escrivaninha.
Enquanto eu olhava pra um ponto físico, alho me chama atenção. Sua gaveta meia aberta, a curiosidade tomou conta da minha cabeça e eu abri na insegurança.
Algo específico tomou de conta da minha atenção: dois curativos, já meio amassados que pareciam ter sido guardados com certos cuidados.
Minha respiração parou por instante quando me dei conta de quem era, eu reconheci aqueles curativos.
Não foi nada demais na época, um gesto simples, mas vê-los ali, ainda guardados, me trouxe uma onda de emoções inesperadas.
– Ela se lembrou de mim também? – penso alto e olho para a porta rapidamente assustado.
