ᴅɪɴá ᴊᴏɴᴇꜱ
______________________Escuto os barulhos de gritos e batidas parar, eu destranco a porta do meu quarto e saio, andando lentamente pelo corredor.
Harry sempre quando chega em casa com raiva de alguma coisa, é sempre a mesma coisa, ele espera os empregados irem embora, e o terror começa.
Paro em frente ao quarto da minha mãe, e vejo a porta aberta, entro no quarto e vejo a luz do banheiro acesa, caminho até lá e paro na porta, olho para a minha mãe sentada dentro da banheira, a água está saindo vapor, e ela está com um pano em cima de um dos seus olhos.
Eu me aproximo mais, até chegar em frente a banheira, minha mãe olha em minha direção, e ao ver ela de frente meu coração se aperta, há machucados cobertos de sangue em seu colo, ombros, braços e rosto, a vontade de chorar aparece, mas eu seguro as lágrimas.
- Saia daqui - minha mãe fala e se vira para o lado
Eu me sento no chão perto da banheira e pego um pano e molho na água, e em seguida pego o seu braço e começo a limpar seus machucados, o ódio por Harry me faz querer o matar nesse exato momento.
- Até quando você vai deixar ele fazer isso com você? - eu pergunto triste sem a olhar
- Se não for comigo será com você, então eu prefiro que seja comigo - minha mãe fala fazendo uma lágrima escorrer por meu rosto
- No dia que ele tentar encostar um dedo em mim, eu vou fazer o que já era pra você ter feito - eu digo e a olho seus olhos com marcas roxas em volta vem até mim
- O que você poderia fazer com ele minha filha? - ela pergunta me olhando atentamente
- Eu o mataria sem pensar duas vezes se fosse pra te defender, e você sabe disso - eu digo com ódio minha mãe nega com a cabeça
- Ele é o seu pai - ela fala me fazendo negar com a cabeça
- Ele é um monstro - eu digo ainda a olhando - Que sempre vai te agredir, se você não tomar alguma atitude - eu digo seriamente e minha mãe nega com a cabeça e começa a chorar
- O que eu poderia fazer? O agredir de volta? - ela fala e da uma risadinha sem força
- É sério mãe, você não pode continuar assim, do que vai ser da sua vida? - eu pergunto a olhando com lágrimas nos olhos
- Eu já estou de bom grado com a minha vida, eu tenho você filha - ela fala e me oferece um pequeno sorriso
- Não mãe, dá sua vida, dá vida da Lunna Jones mulher, não dá Lunna Jones mãe - eu digo e ela da de ombros
- Só de eu estar viva é algo bom filha, existe privilégio maior do que estar viva? - minha mãe pergunta e eu a olho nos olhos
- Sim mãe, se sentir vivo - eu digo para ela o que venho me dizendo a muito tempo
Minha mãe me olha por alguns minutos em silêncio, eu e ela somos duas mulheres presas nas garras de um monstro, que se rótula como homem, as vezes eu preferia estar debaixo do mesmo teto que um animal carnívoro do que com Harry.
- Não posso fazer nada, ele sempre vai me machucar, de novo, de novo e de novo - minha mãe fala e eu nego com a cabeça
- Só te afeta o que você permite, passe a não permitir que ele te afete - eu digo e me levanto e logo saio do seu quarto
Vou para meu quarto e tranco a porta, me deito em minha cama e fico presa em meus pensamentos, eu não aguento ficar debaixo do mesmo teto que o agressor da minha mãe, e não aguento ainda mais ver minha mãe ser agredida e eu não poder fazer nada para a ajudar, isso está me matando.
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𝙀𝙣𝙙𝙜𝙖𝙢𝙚
RomanceESSE É O PRIMEIRO LIVRO DE UMA TRILOGIA PRIMEIRO LIVRO: Endgame Diná Jones sempre garregou o peso de ser a filha única, de uma família tradicional com pais rigorosos, que vivem de aparências. Seu pai é um delegado muito reconhecido no Texas, por s...