ᴅɪɴá ᴊᴏɴᴇꜱ
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Eu não dormi o resto da madrugada, e levantei antes do relógio despertar, me arrumei colocando a primeira roupa que vi pela frente.
E agora, eu estou na cozinha esquentando um sanduíche para eu ir comendo até a faculdade, não quero olhar na cara do infeliz do Harry, e muito menos na da minha mãe.
Mas no fundo, eu queria ver minha mãe, queria ter certeza se ela está um pouco melhor, eu não deveria estar me preocupando, ela não pede ajuda, ela não deixa que a ajudem, e mesmo não querendo, eu me preocupo, porra ela é a minha mãe.
- Vai queimar dessa forma - me assusto ao escutar uma voz atrás de mim, me viro assustada e vejo Betty parada na porta da cozinha com um pano pendurado no ombro
- Que susto dona Betty - eu falo e ela da um sorriso e veem em minha direção
Ela pega a sanduicheira da minha mão e a abre, ela tira o sanduíche que está quase queimado e põe em um prato, logo ela começa a fazer outro sanduíche.
- Deixa que eu te preparo um sanduíche de primeira - ela fala e pisca um olho enquanto bate seu quadril no meu
Eu dou uma risada silenciosa, e concordo com a cabeça, vou até um banco que está encostado na parede, e me sento.
- Obrigada dona Betty - eu agradeço a olhando
- Somente Betty querida, quer me contar o por que está acordada tão cedo? - ela pergunta e eu dou de ombros, ela não pode saber a verdade
- Quero chegar na faculdade mais cedo hoje - eu falo e Betty se vira e pega uma fatia de presunto que estava em cima da mesa
- Bom, sua mãe deve ter orgulho de você, eu teria orgulho se minha filha fosse tão empenhada igual a você - ela fala e me oferece um sorriso
Eu gostaria que ela tivesse orgulho de mim, mas eu não sei se ela consegue ver além da bolha que meu pai a deixa, essa dependência doentia que ela tem por ele é preocupante.
- Você tem filhos? - eu pergunto desviando o assunto de mim
- Tenho, uma menina, de dezoito anos, ela está terminando a escola ainda - ela fala com um orgulho que me faz pensar como seria se a minha mãe falasse de mim com esse orgulho
Se a minha mãe, fosse a verdadeira mãe, não a outra mãe, as vezes eu acho que entrei pela a porta pequena, e minha vida está sendo controlada, só porque ainda não quis colocar os botões nos meus olhos.
- Ela é uma garota de sorte, por ter uma mãe como você - eu falo e a vejo colocar o sanduíche para esquentar
- Imagina querida - ela me oferece um sorriso que me faz pensar como seria se minha mãe fosse assim comigo.
Betty me deu o sanduíche e eu sai de casa, Ethan me levou até a faculdade, que pelo o que parece estar uma bagunça.
Assim que pus meus pés na calçada, eu vi o caos que esse lugar estava, há pessoas cochichando para todos os lados, e a policiais na entrada da faculdade conversando com algumas pessoas.
Uma garota de cabelos escuros, pele clara e olhos azuis claro vem em minha direção, quando ela chega mais perto percebo algumas sardas pelo seu rosto, ela deve ser um centímetro mais baixa do que eu.
- Bilhete importante - ela estica um papel em minha direção eu a olho e pego o bilhete - Você é nova aqui? - ela pergunta
- Sou - eu respondo tentando não ser grossa, e olho para o bilhete
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𝙀𝙣𝙙𝙜𝙖𝙢𝙚
RomanceESSE É O PRIMEIRO LIVRO DE UMA TRILOGIA PRIMEIRO LIVRO: Endgame Diná Jones sempre garregou o peso de ser a filha única, de uma família tradicional com pais rigorosos, que vivem de aparências. Seu pai é um delegado muito reconhecido no Texas, por s...