𝙀𝙣𝙙𝙜𝙖𝙢𝙚

Capítulo 35

ᴅᴏᴍɪɴɪᴄ ᴅ'ᴀɴɢᴇʟᴏ
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Eu sempre busquei por algo que nem mesmo eu sabia que estava procurando, até Diná se abrir comigo e eu falar com ela, nunca entendi pelo o que buscava, até Diná aparecer em minha vida, nunca senti o que era estar bem, até me sentir bem apenas de olhar para ela, e eu sinto que eu preciso proteger e cuidar dela, isso se tornou um instinto meu.

Só os tolos demonstram sentimentos, mas agora eu entendo a grande mentira que isso é, a verdade é que, só os tolos não demonstram seus sentimentos, e eu quero não só mostrar para Diná, mas também para o mundo, o qual perdidamente estou apaixonado pela a minha abelhinha.

Eu não sabia que precisava me apaixonar, até me apaixonar por ela, todo o nervosismo quando ela chega perto, o coração acelerado, o frio na barriga, porra eu precisava tanto dela na minha vida, porque só agora, aqui do lado dela eu percebo o quanto foi importante a mudança que ela causou em mim, e aqui deitado, com Diná grudada em mim, eu me sinto bem, me sinto em casa.

Olho para a minha abelhinha, que está dormindo tranquilamente, eu dou um pequeno sorriso bobo, dormimos juntos durante a noite toda, o frio piorou na madrugada, e começou a melhorar um pouco agora de manhã.

A lembrança do filho da puta tentando matar Diná vem em minha mente, e a raiva vem junto, ele é um capanga dos Smith, eu me pergunto como os Smith ficaram sabendo sobre a minha abelhinha? Se nem o meu pai e ninguém do conselho nem sequer sabe da existência dela, a não ser os meus amigos e...eu tombo a cabeça um pouco para o lado ao perceber como eles ficaram sabendo.

Eu me levanto com cuidado para não acordar Diná, vou até a minha mochila e pego uma roupa para me trocar, saio da cabana e vou para o vestiário masculino, tomo um rápido banho, escovo meus dentes e me troco.

Eu coloco uma calça jeans preta, uma camisa branca, calço um tênis branco, coloco minha correntinha e a deixo para fora da camisa, seco um pouco o meu cabelo o deixando um pouco úmido, e com alguns fios de cabelo caindo por meu cima dos meus olhos, está na hora de cortar o meu cabelo.

Saio do vestiário e pego o meu celular, procurando pelo número de Agatha, ligo e logo o telefone dela começa a chamar, em seguida a ruiva atende a chamada.

- Achei que tinha me descartado - é a primeira coisa que ela fala ao atender a ligação

- E foi - eu digo e respiro fundo - Podemos nos encontrar? - eu pergunto seriamente e escuto ela dar uma risadinha

- Não sei, tenho que ver na minha agenda - a ruiva fala e eu reviro os olhos com tédio

- Na ponte em cinco minutos - eu digo e desligo a chamada

Sigo para a ponte, Agatha virá, ela adora se sentir desejada ou sei lá o que, mas Agatha adora a ideia de homens a querer, e por isso eu sei que ela virar, porque ela acha que tem algum poder sobre mim.

Eu olho para o lago, a água é cristalina, isso me faz lembrar de quando eu era pequeno, e meu pai me levou até uma cachoeira, aonde ele disse que era o seu lugar favorito no mundo, e isso na época me fez questionar qual seria o meu lugar favorito no mundo.

Lembro dele me dizendo a seguinte frase: "Não deixe ninguém tirar de você quem você ama, não cometa os mesmos erros que seu pai cometeu"  na época eu não entendi, mas agora refletindo eu entendo.

Outra coisa que tem me deixado intrigado, é que o meu pai de alguma forma conhece a mãe de Diná, e o que me intriga mais ainda, é não saber qual tipo de relação eles tiveram no passado.

- Sentiu saudades? - escuto a voz de Agatha o que me faz revirar os olhos com tédio

Eu me viro e encontro a ruiva me olhando com um sorrisinho malicioso nos lábios, eu coloco minhas mãos no bolso e dou um sorrisinho amargo.