Depois dos jogos e todo aquele caos e guerra na Capital, eu desenvolvi um medo absurdo com tudo que envolva água, não conseguia mais nadar, nem mesmo ficar em uma piscina sozinha, tudo isso me causa um pânico desenfreado.
Falando nos jogos, isso não foi o único trauma que eu desenvolvi, tenho medo de dormir sozinhas e pesadelos vividos até hoje.
A única coisa que ajuda no caos da minha cabeça é a presença de Finnick.
Ele me acalma, me tranquiliza e faz, tudo parecer mil vezes mais fácil, como se eu pudesse enfrentar tudo.
Ultimamente ele tem me ajudado a superar meu trauma com a água, como Finnick ama o mar e sabe nadar muito bem ele passa uma tranquilidade para mim, então eu me sinto segura com ele.
Porém ainda é difícil não associar a água a caos, pânico e medo.
Estamos fazendo um progresso lento, mas é melhor do que nada, essa noite tive um pesadelo muito feio que me fazi ver as mortes que eu realizei nos jogos, acordei chorando e Finnick veio conversar comigo.- Ei Sophie, está tudo bem?- ele diz me abraçando.
- Na verdade não, essa merda de jogos não sai da minha cabeça, está me assombrando para valer, como se tudo que eu fiz voltasse e ele repetisse de novo e de novo.
- Sei que tudo isso pode parecer demais para esquecer as vezes, mas isso já passou, nós temos que lutar com nossos fantasmas e não deixar eles nos assombrarem, por mais difícil que seja, por mais que temos feito coisas que consideramos erradas- ele diz fazendo carinho no topo da minha cabeça é apertando o abraço.
- Sei disso, mas é tão difícil, me sinto tão mal por ter ganhado os jogos, me sinto tão mal por tudo que fiz.
- Ei, não se sinta assim - ele diz colando a mão no meu queixo e me fazendo focar meu olhar nele- Nada disso foi sua culpa, você não idealizou os jogos, você não criou a sociedade que vivemos, nada disso foi sua culpa pode acreditar.
- Não sei como lidar com isso, por mais que eu saiba que isso não foi minha culpa, ainda me sinto como um monstro.
- Sei como é, as vezes temos que fazer coisas horríveis para sobreviver - ele diz com a cabeça baixa e olhar triste - Mas nunca pense que você não merece viver, você é simplesmente uma das pessoas mais doces, sinceras e amáveis que eu já conheci e eu te amo.
Finnick fala isso e eu o abraço, foi a primeira vez que pude me sentir um pouco melhor em relação a tudo que aconteceu, um pouco menos culpada.
Simplesmente esse era Finnick Odair, uma pessoa magnética, incrível e um ser humano maravilhoso.
Eu acho incrível a capacidade dele de acreditar em mim, mesmo quando eu não estou acreditando.
A capacidade de conseguir me fazer superar meus medos, a capacidade de me fazer acreditar no futuro.
Por isso eu amo ele e sei que ele é a pessoa da minha vida, se existir alma gêmea, sei que encontrei a minha.
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𝒥𝑜𝑔𝑜𝑠 𝒱𝑜𝑟𝑎𝑧𝑒𝑠
FanfictionCompilado de imagines, longos e curtos sobre o universo de jogos vorazes. Todo crédito das imagens aos responsáveis. Divirtam-se!