Capítulo VIII

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Aquele momento foi hipnotizante, parecia que o tempo tinha parado, eu queria que o
tempo tivesse parado, queria eternizar aquele momento. As luzes se acenderam após o final da
apresentação. Palmas e assovios mediam o quanto ela fez sucesso com aquela canção, ela se
livrou do violão e a colocou num canto qualquer, agradecendo aos músicos.
Assim que desceu do palco mulheres o acompanhavam com o olhar e uma ou outra
mais assanhada, aproximavam-se com adoração. O gerente do bar afastou uma delas levando Cheryl para o bar. Meu olhar acompanhava sua trajetória a todo tempo.

- Essa dai tá apaixonada – Archie me trouxe de volta ao mundo dos vivos

- Você acha? – peguei sua mão por cima da mesa

- Você tem dúvidas? Olha como ela está me olhando como se quisesse me assassinar, só por você estar com a mão na minha – eu puxei minha mão rapidamente.

- A Toni é uma tonta, como deixa a Cheryl solta por aí? – Betty me cutucava.

Não demorou muito e a equipe da empresa Blossom estava de frente a nossa mesa,
Fangs puxou uma cadeira sentando-se sem cerimônia, Jughead abraçava Sua namorada de um jeito protetor, e Tabita cresceu os olhos na direção de Archie. Eu fiz as apresentações necessárias e sem serem convidados, todos se sentaram compartilhando nossas cervejas. O assunto principal,Blossom cantora? Era só que faltava, Jughead falou desdenhando. Eu achei o máximo, namorada de Jughead emendou, fazendo  olhar com ciúmes.
Fangs estava perto demais para meu gosto, sei que ele não perderia a chance de dar uma investida. Pedimos mais uma rodada de cerveja, parecia que todos estavam curtindo a noite. Eu não sei se eu estava enxergando direito, mas Jughead e Tabita estavam numa conversa entrosada,

Betty estava com o seu namorado, 

- O que vai fazer depois que sair daqui? – Fangs falava no meu ouvido

- Vou pra casa com a Betty – eu falei tentando encerrar o assunto

- Porque você quer qualquer uma menos eu? – ele se sentiu ofendido

- Eu não quero qualquer uma, eu quero uma única pessoa – apontei meu copo em direção a Cheryl.

Eu não estava em meu juízo perfeito, se tivesse, não teria falado nada do tipo, mas era tarde eu havia falado e não me arrependia, queria aproveitar a coragem que estava sentindo.
Levantei da cadeira pedindo licença, a conversa estava animada, o barulho para mim era ensurdecedor. Fangs segurou meu braço me encarando, aquilo me irritou.

- Aonde você vai? – eu olhei para mão que segurava meu braço

- Não interessa – puxei meu braço e saí.

Andei em direção ao bar, eu precisava aproveitar a minha coragem, estava controlando a minha ansiedade enquanto meus passos diminuam a distância entre nós. Ela havia tirado a jaqueta de couro, aquela camiseta branca grudada no corpo estava me deixando louca, ela continuava de costas não percebendo minha aproximação. Ajeitei o cabelo, colocando para trás dos ombros, passei a mão na minha calça jeans, tirando uma poeira invisível.
Parei atrás dela respirando com dificuldades, parecia que eu tinha corrido uma maratona, minhas pernas estavam fraquejando, quando pensei em voltar pra minha mesa, ela se vira para trás. Eu engoli em seco olhando seu rosto perfeito,os olhos dourados me analisavam de cima a baixo. Nem uma palavra era dita com a boca, apenas com o olhar. Me senti
despida com aquele olhar sexy, eu queria estar despida. Eu queria ser dela mais uma vez.

- Cheryl? – falei num sussurro

- Antoinette? – ele respondeu em uma voz sensual

- Eu sinto muito – falei torcendo as mãos

Vampira CEO Onde histórias criam vida. Descubra agora