Capítulo XVI

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O casamento

Nosso casamento foi marcado para 22 de Novembro de 2024, um mês do prazo de Sartori terminar. Foi tempo suficiente para que tudo saisse perfeito. Seria o casamento mais bonito de todos os tempos, se dependesse de Verônica Lodge meu sono de beleza estava garantido.
Verônica e Penélope estavam à frente dos preparativos, discordavam mais que concordavam, mas sempre acabam em um denominador comum. Meu vestido foi encomendado na Espanha, Penélope fez questão. Eu disse a ela que temos muitos estilistas do país que fariam um ótimo trabalho. Mas ela insistiu, disse que era seu presente de casamento. Quando coloquei o vestido me senti deslumbrada com tanta beleza. Um tomara que caia com uma saia rodada e esvoaçante, a parte dos seios trabalhada em pedraria. Sim, eu estava linda o espelho naquele momento era meu melhor amigo.
Eu disse a ela que ficaria feliz em aceitar um presente de tanto bom gosto, Penélope estava feliz com o nosso casamento, ela me disse que salvei sua filha de todas as formas possíveis, não somente da morte, mas da escuridão, com tanto amor que eu lhe oferecia, disse que se sentia grata por eu ter aparecido em sua vida, e se ela foi hostil comigo algum dia, era pra
eu perdoar. Suas palavras me emocionaram, não achei que ouviria algo assim de Penélope. Eu estava com os nervos à flor da pele, e qualquer palavra mais melosa me fazia chorar. Tudo culpa da tensão pré-casamento.
Minha mãe ficou um pouco chateada, de não ter participado da escolha do vestido, queria tê-lo escolhido junto comigo. Prometi a ela que não ficaria de fora de mais nada. Não precisou muito para convencê-la.
Minha madrinha obviamente sempre foi a Betty, mas tive um pequeno contratempo. Se minha madrinha fosse de fato Betty, meu padrinho seria o Reggie. Como o padrinho de Cheryl era Amom, a madrinha seria a Tabita. Eu estava enlouquecendo com essa disposição.
No final acabamos invertendo os papéis, Betty faria par com Amom e Reggie com Tabita. 
Betty disse que faria esse sacrifício por mim, no final deu tudo certo.
O grande dia enfim chegou, estou explodindo de felicidade, ansiedade, era um sentimento
constante no meu dia-a-dia, e hoje em especial, estava no topo das emoções, ao menos era o que
eu pensava.
Meus pais estão na cidade desde a semana passada, minha mãe jamais abriria mão de participar de todos os detalhes como “mãe da noiva”, já que ela ficou de fora da escolha do vestido, não queria perder mais nada.
Meu pai estava cheio de orgulho, não cabia em si, jamais pensou em casar a filha assim
tão cedo, por ele me casaria depois dos trinta, mas estou feliz em me casar perto de completar
vinte e dois. Confesso que nunca pensei que casaria tão cedo, mas estou feliz e sei que fiz a
escolha certa, Cheryl é a mulher da minha vida e tenho certeza que seremos muito felizes. Serão quinze dias em lua-de-mel por toda Europa, e depois vida nova.
O local escolhido para a cerimonia foi o hotel de Cheryl, aquele lugar tinha um significado especial pra nós.
O hotel estava majestoso, me sentia como uma princesa na espera de seu príncipe,mais no meu caso seria a princesa. 
Eu queria ter memória fotográfica para capturar todos os detalhes, mas minha emoção não deixava.
Um filme passava por minha cabeça, desde a primeira vez que a vi e tudo que vivemos juntas.
Logo na escadaria um tapete vermelho me aguardava. Meu pai segurava meu braço firmemente, estava tentando segurar as lágrimas. Suspirei, respirei e fechei os olhos brevemente,alisei a saia do vestido e passei as mãos pelos cachos.
Paramos em frente às portas fechadas, respirei fundo mais uma vez tentando me concentrar, estava dispersa demais. Meu pai arrumou meu véu que havia prendido na minha grinalda de cristais, meus cabelos estavam soltos com cachos definidos, meu pai passou as mãos por eles na esperança de me tranquilizar. Tudo em vão.

- Está tudo bem querida – meu pai deu tapinhas na minha mão

A marcha nupcial soou do outro lado da porta, aquele som me fez mais uma vez ficar tremula e minhas pernas fraquejaram,as portas duplas se abriram. O corredor era extenso,cadeiras em ambos os lados, todas ocupadas.Não consegui prestar atenção nos detalhes da decoração, mas pelo pouco que vi, estava incrível. Ao longe vi Cheryl, linda como nunca em seu vestido,seu sorriso iluminava todo o ambiente, aquele mesmo sorriso que me fez derreter inúmeras vezes. Ela estava segura e confiante, era inabalável. Seus olhos encontraram os meus.
Do lado esquerdo estavam Tabita e Reggie, Tabi estava agarrada ao braço do Reggie,sentimento de posses aflorava por seus poros. Do lado direito Betty e Amom, Betty exibia um sorriso largo, os olhos marejados. Se piscasse se acabaria em lágrimas, mesmo assim se fazia de forte. Amom Segurava carinhosamente seu braço e vez ou outra seus olhares se encontravam.
Na primeira fila de cadeiras douradas, estavam minha mãe e Penélope, minha mãe se derramava em lágrimas, secava cada lágrima que caia com um lencinho rosa. Ao lado de Penélope, Jason, Jughead e Fangs mandou um cartão de felicitação endereçado da África.
Meu pai segurava meu braço fortemente, estava com receio de eu desabar no chão.
Andávamos lentamente, ao ritmo da marcha nupcial,ao passo que a distância diminuía, ficava mais difícil controlar a emoção. Eram clicks por todos os lados, nunca gostei de ser o centro das
atenções, mas naquele dia não me importei, eu me rendi.
E quando meu pai me entregou a Cheryl, foi impossível não chorar, um misto de sentimentos, um turbilhão de emoções impossíveis de explicar. Ela beijou minha testa, enquanto meu pai se juntava a minha mãe. Seu polegar secou uma lágrima que teimava em cair, ela sorriu pra mim e eu fiz o mesmo.
Enquanto o juiz falava, só conseguia pensar na sorte que tinha por estar tão feliz.O amor que sinto pela mulher ao meu lado, é tão puro e sincero, um amor que ultrapassou fronteiras, preconceitos e que quebrou paradigmas. Eu era uma mulher de muita sorte. Olhei nos olhos de Cheryl e percebi que ela pensava o mesmo. Vampira? Humana? Tanto faz, na verdade o que nos uniu foi o poder do amor, e isso é tudo que importa. Eu decorei um poema para dizer a
Cheryl nesse dia tão especial, mas não consegui. Minha voz estava tão embargada que não se
entendia nada.

- Tá tudo bem meu amor, não precisa falar nada – eu meneei a cabeça.

Cheryl limpou a garganta, olhou nos meus olhos e segurou minhas mãos.Começou a falar alto e em bom som. Sua voz arrepiou todos os pelos do meu braço, o silêncio imperava e o único som que eu ouvia era o pulsar do meu coração.

- Toni,te amo não somente pelo que você é, mas pelo que sou quando estou com você. O amor que carrego no peito é tão puro e sincero e é todo seu. Antoinette Topaz Blossom, você é o que tenho de mais precioso, dedico minha vida a você.– Ela colocou minha mão sob seu peito e continuou.

- Não há nada nesse mundo que eu não faria para fazê-la feliz. Prometo ama-la por toda
eternidade – e ela me beijou.

- Eu os declaro casadas – o juiz falou veemente

O salão irrompeu em aplausos



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