𝟰. 𝗯𝗲𝗹𝗹𝘆 𝗯𝘂𝘁𝘁𝗼𝗻 𝗽𝗶𝗲𝗿𝗰𝗶𝗻𝗴

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— Amiga, essa merda doeu horrores! — reclamo enquanto eu e Agnes subíamos pelo elevador de nosso prédio. Respiramos fundo quando finalmente chegamos na porta de nosso apartamento.

— Você que é muito sensível, Céline. — a menina responde em meio a risos enquanto libera nossa entrada ao ap. — Tenho certeza que foi mais susto do que realmente dor.

Nós duas tínhamos acabado de voltar de um studio de piercings e tatuagem. Dissemos para nós mesmas que assim que conseguíssemos nossos estágios pela Arch, iríamos furar nossos tão desejados piercings: ela na boca, e eu no umbigo.

No entanto, depois de diversos meses e de muita amnésia, lembramos dessa vontade e finalmente fizemos da mesma realidade. Eu só não sabia que doeria tanto no bolso como na própria região perfurada.

— É, talvez seja. — digo abaixo a cabeça e observando o meu piercing feito uma criança. — Pelo menos fiquei gostosa. — solto e a menina gargalha.

— Amiga, vou tomar um banho porque preciso sair. Estou avisando porque não sei se você planejava fazer isso antes de mim. — explica.

— Poder ir, amiga. Não estou com pressa e tampouco tenho planos.

Ao responder minha amiga, pego o meu celular do bolso de minha calça e me jogo no sofá de nossa sala. Eu só não esperava cair em cima de um buquê de flores enorme, que eu inclusive havia me esquecido que estava lá.

Desde nossa última conversa, há uma semana atrás, Gabriela tem me mandado flores quase todos dias, às vezes alternando com chocolates ou algumas cartinhas escritas à mão. Meu coração doía por continuar nessa situação com ela, eu queria conversar, mas confesso que a chateação e até mesmo o orgulho não me permitiam fazer isso. Queria tanto que ela se sentisse o quanto sua atitude (ou ausência dela) me machucou, que no fim quem estava machucada era eu.

Eu definitivamente sentia muita falta da minha capitã.

Olho com carinho para o buquê que quase amassei com a bunda. Não queria citar isso para não parecer louca, mas inclusive pedi desculpas e fiz carinho em algumas pétalas para que elas pudessem me perdoar pela sentada de milhões.

Ao abrir o meu celular, haviam algumas mensagens de Gabi. Meu coração bateu forte quando pensei em respondê-las. Ela perguntou se eu estava em casa, e suspirei ao enviar simplesmente a palavra "sim". Ela visualizou e saiu do aplicativo, e com isso bloqueei a tela do meu celular.

Para não deixar com que aquele buquê tão lindo de rosas vermelhas morresse, fui até a cozinha e procurei o maior recipiente que encontrei para enchê-lo d'Água e inserir as flores. Elas contemplavam o sétimo buquê que eu queria cuidar todos os dias.

Saio de meus pensamentos quando escuto o interfone tocar. Rapidamente o atendo, ainda surpresa e confusa por não saber do que ou de quem se tratava. O porteiro informa que tinha um pedido subindo para mim pelo elevador, e mais uma vez só penso na possibilidade ser um oitavo buquê. Caminho até a porta, esperando que o elevador chegue.

𝗺𝗮𝘁𝗰𝗵 𝗽𝗼𝗶𝗻𝘁 ⋆ 𝗀𝖺𝖻𝗂 𝗀𝗎𝗂𝗆𝖺𝗋𝖺̃𝖾𝗌 !Onde histórias criam vida. Descubra agora