𝟭. 𝘁𝗼𝘂𝗰𝗵𝗲́

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— Olá, bom dia. É um prazer estar aqui com vocês, especialmente para um momento como este. Me sinto lisonjeada em me juntar à Arch S&D. — a garota começa, sorrindo largamente enquanto se apresentava ao microfone. — Para quem não me conhece, eu sou Gabriela Guimarães, capitã da Seleção Feminina de Vôlei do Brasil, e também jogadora pelo Imoco Conegliano da Itália. — ela diz essa parte de forma precisa, especificamente quando os seus olhos encontram os meus. Ela suspira ainda sem quebrar nosso contato, enquanto escuta os aplausos de um público que não sente nossa tensão interna.

No momento em questão, estou responsável por fotografar o evento de acolhimento à nova cliente da Arch. O auditório estava lotado, e a garota estava sentada em uma cadeira no palco, respondendo perguntas de um dos mais importantes representantes da empresa. Ela sorria docemente a cada palavra que saía da sua boca.

Palavra à palavra, depoimento por depoimento, finalmente me senti surpresa de nunca ter ouvido falar dela. Ela era, com toda certeza, grandiosa. Vice-campeã olímpica em Tóquio 2020, medalhista em Paris 2024 (esse ano), e atleta desde a adolescência. Nessas horas que me pergunto o quão alheia sou da vida. Ou se o estudo só tem comido o meu cérebro todos esses anos à ponto de eu não prestar atenção em nada ao meu redor.

— Nunca vi você trabalhar com tão pouco ânimo. — Agnes comenta, enquanto toma  capuccino em sua caneca personalizada com um ídolo aleatório de K-Pop que ela adorava. Sorrio nasalmente e reviro os olhos para a minha amiga e companheira de apartamento e trabalho.

— Agnes, você conhecia ela? — pergunto, parando de fotografar por alguns segundos e prestar atenção em Gabriela.

— A Gabi? Mais fácil perguntar como eu não conheceria. Eu sou apaixonada por ela. — diz, chacoalhando seu capuccino antes de bebê-lo por inteiro. — Ela joga há alguns bons anos pelo voleibol do Brasil. Queria tanto que ela me enforcasse com esses brações dela. — brinca, me fazendo arquear as sobrancelhas. — Por que? Vai me dizer que não conhecia?

— Olha, você não pode contar isso para ninguém. — falo baixo, observando se nenhum dos mexeriqueiros da empresa estava por perto.

— Minha boca é um túmulo! — a menina diz, fazendo sinal de rendimento com a mão livre e com a ocupada pela caneca.

— Você acreditaria se eu te dissesse que ela é a G? — sussurro.

Imediatamente, os olhos de Agnes se arregalam e ela começa a rir freneticamente, mas ainda assim sem fazer barulho.

— A G? A menina que você saiu semanas atrás e depois não me contou mais nada sobre? — perante ao questionamento, faço que sim com a cabeça. A menina parece querer surtar.

— Não conte para ninguém. Por favor!

— Cara, você tirou a sorte grande! Você sabe quantas mulheres nesse país e fora dele fariam de tudo para passar uma noite com ela? — sussurra.

𝗺𝗮𝘁𝗰𝗵 𝗽𝗼𝗶𝗻𝘁 ⋆ 𝗀𝖺𝖻𝗂 𝗀𝗎𝗂𝗆𝖺𝗋𝖺̃𝖾𝗌 !Onde histórias criam vida. Descubra agora