5. Storms

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— Ei, acorde

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— Ei, acorde. Sr. Jeon? — Uma voz baixa e suave tentava fazer Jungkook despertar.

Abriu os olhos pesados devagar, ainda sentia dores e o corpo reclamava. Uma sensação estranha. Se viu totalmente consciente pela primeira vez, mas o cenário ainda era o mesmo das últimas vezes.

— Quem é você? Onde eu... ai — Dores impossíveis de serem ignoradas.

— Estou sozinho na área interna e encarregado de cuidar de você, desculpe por isso — Baixou a cabeça numa tentativa de reverência. Suas mãos ajudavam o pesquisador a sentar na maca e experimentar a firmeza do próprio corpo, a tontura era inevitável, a cabeça ainda latejava.

O jovem exalava preocupação, havia medo expresso em seus olhos, a maneira com que olhava para cima constantemente, receoso da aproximação de outra pessoa, denunciava o motivo. Mesmo diante do cenário tentava passar algum conforto e cuidado.

— Tome, beba um pouco. — Água, uma simples garrafa de água era como o paraíso.

Em goles simples, Jungkook observou o lugar mais iluminado graças às lanternas led distribuídas nas paredes. O cateter ainda preso em seu braço, a algema travada ao punho, porém solta da maca. O olhar cansado, o corpo respondendo devagar a uma mente que gritava acelerada por uma mudança de cenário.

O rapaz tirou uma cartela pequena da maleta de primeiros socorros — É um analgésico, vai te ajudar — levou o comprimido até a boca do cientista que não o questionou, e voltou a ajudá-lo a beber outros goles de água.

— Você ainda não me disse seu nome — Ignorado.

— Temos alguns minutos antes que o pessoal retorne, me prometa que vai falar baixo e se alguém chegar, finja que está sedado, consegue fazer isso?

— Por que tá me ajudando?

— Consegue? — Ignorou novamente o que não podia responder.

— Sim. — Entendeu a mensagem nas entrelinhas e se apegou a única oferta mais generosa.

— Não sei ao certo, mas parece que estão pedindo um alto valor pelo seu resgate. Ouvi algo sobre diamantes... — Jeon fechou os olhos e apertou os lábios. Era extremamente perigoso o caminho que acabou traçando, não tinha motivos para confiar no jovem, mas foi o único ser que tentou ajudá-lo desde que foi sequestrado.

— Pelo visto você sabe do que eles estão falando — Ouviu um barulho e interrompeu a comunicação, ficou paralisado atento ao som, mas pelo que percebeu era algo distante, respirou novamente. — Sinto muito por passar isso, eu não queria ter que ficar aplicando sedativos e trocando tapetes descartáveis como se você fosse um animal. Eu não sou um monstro.

— Como eu saio daqui? — Ignorou tudo que ouviu.

— É impossível, mesmo que eu pudesse te ajudar, tem homens na vizinhança preparados para atingir qualquer um que não tenha permissão de estar aqui. — Levantou o braço esquerdo do cientista e fazia movimentos fisioterápicos nas articulações — Fora que eles matariam minha mãe e meus irmãos se eu fizesse algo parecido.

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