Capítulo 21

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Deolane ⚖️

A semana se passou rápido, passei maior parte do tempo atarefada com as coisas do escritório e não fiz nada de diferente esses dias, só chegava em casa e já queria desmaiar de cansaço.

A única coisa de diferente no meu dia foi que por causa da mensagem que eu mandei pro Terror ele não parava mas de falar, todos os dias a gente conversava, ele sempre me ligava quando eu estava em casa, ficava insistindo pra me ver, me falando um monte de bagulho e pra falar a verdade até que eu estava gostando.

Hoje era domingo, estava um solzão lindo lá fora e também era o dia da festa que ele tinha me chamado pra ir lá na Rocinha.

Não tava com muita vontade de ir, mas depois dele insistir muito acabei concordando.

Estava eu aqui na luta planíssima pra escolher uma roupa... Estava falando tanto calor que nem foi tão difícil assim, só um croped e um short e estava ótimo.

Bom, eu queria ir com o meu carro até a Rocinha e me encontrar com o Terror por lá. Mas ele insistiu tanto em vim me buscar que eu dei o braço a torcer.

Pensei que ele fosse se atrasar mas chegou bem antes da hora combinada. Fomos conversando o caminho inteiro e quase nem vi o tempo passar porque chegamos rápido na rocinha, subimos o morro e paramos em frente a uma mansão enorme.

Deolane: Caramba, que casa do caralho! - Disse saindo do carro.

Terror: Mano Ret deu o nome dele quando mandou fazer essa casa pra minha amiga pô. - Disse batendo a porta do carro. - Vamo entrar? - Assenti e ele me guiou pra dentro da casa.

Chegamos em uma parte que estava bem movimentada, crianças brincando, adultos se divertindo, bebendo, comendo, som alto e claro um cheiro maravilhosa de comida e churrasco.

Terror: Essa galera aqui é só família, tá ligado? Geral daqui mesmo. - Disse sorrindo pra algumas pessoas que perceberam a nossa chegada.

Logo uma loira grávida se aproximou da gente e eu deduzi ligo que era a Anna, já que o Terror falava muito dela.

Anna: Achei que não vinha. - Abraçou o Terror.

Kevin: Colé, acha que eu ia perder essa festona Gertrude? - Ela riu.

Anna: Quem é ela? - Perguntou olhando pra mim.

Terror: Minha namorada. - Me abraçou de lado me fazendo olhar pra ele incrédula.

Deolane: A gente nunca se beijou, Kevin. - Ela e as outras meninas riu.

Terror: Foda-se, tá no meu nome e acabou. - Revirei os olhos.

- Não deixa de ser emocionado nunca, Kevin? - Uma mulher de cabelo azul falou.

Terror: Essa daqui é a Deolane, minha futura esposa! - Ri negando.

Anna: Fica aqui com a gente Deolane. - Assenti e fui com ela até a mesa das meninas, enquanto o Terror ficou na mesa com alguns homens.

No começo tava meia deslocada mas acabei me encaixando na conversa de tema "filhos", maioria já era mãe e eu como a mais velha e a mãe mais experiente tava adorando a conversa.

Gostei das pessoas, o que é raro.

Ficamos um bom tempo na festa até que o Terror perguntou se eu queria ir pra casa e eu disse que sim, tava cansada demais e doida pra cair na minha cama.

Terror: Posso subir pra beber água? Tô morrendo de sede. - Disse assim que paramos de frente ao prédio onde eu morava e eu assenti.

A gente entrou, eu sei um copo de água a ele perguntei se ele queria alguma coisa pra comer e ele disse que sim! Já tava ligada nas intenções dele, então fui até o quarto do Kaique pra me livrar.

Deolane: Vai garoto levanta, passa pro meu quarto! - Balancei ele que acordou assustado.

Kaique: Pra que isso mãe? - Coçou os olhos.

Deolane: Não discute garoto, vai pro meu quarto. - Disse já estressada e ele se levantou pegando as coisas dele.

Quando vi que ele entrou no quarto sair pra sala de novo onde o Terror tava terminando de comer um pacote de biscoito.

Terror: Ae, tá mo tarde né? Bem que eu podia dormir aqui.

Deolane: Não temos quartos de hóspedes e mesmo assim nem tá tão tarde assim.

Terror: Tem nada não, eu durmo no teu quarto. - Eu ri.

Deolane: Meu filho dorme comigo.

Terror: Da pra ver na tua cara que tu tá inventando desculpas pra eu ir embora.

Deolane: Não acredita? Então vamos lá ver. - Ele se levantou e eu guiei ele até o meu quarto, quando abrir a porta a cara de decepção foi na tora quando ele viu o Kaique dormindo lá.

Terror: É melhor eu ir embora mesmo, falou aí. - Ajeitou o boné na cabeça e eu levei ele até a porta.

Deolane: Foi massa o dia hoje, obrigada por me convidar. - Disse vendo ele sair.

Terror: Ganho nem um beijo de agradecimento? - Sorriu malicioso.

Deolane: Tchau, Kevin. - Fechei a porta na cara dele e cair no sofá rindo.

Doutora Dos Vielas Onde histórias criam vida. Descubra agora