Demon - TVD

Capítulo 3

—E claro que eu entrei no Salão Oval e tirei uma foto minha na janela, parecendo o JFK. —Kai dizia sentado numa cadeira enquanto Damon e Thomas estavam em pé na frente dele. —Mas aí eu pensei: espere aí, como vou revelar essas fotos?

—Ah, meu Deus, responda a droga da pergunta. —Damon resmungou irritado. —Como nós vamos sair da Zona Além da Imaginação?

—Tenho uma pergunta para você primeiro. —Kai falou o encarando. —Por que acha que estamos presos em um ciclo repetitivo do dia 10 de maio de 1994? Fadados a reviver um eclipse solar para sempre, sempre e sempre?

—E como eu vou saber? —Damon retrucou a pergunta e levou o copo que segurava até a boca, dando um gole na sua bebida.

—Ouvi você dizer para Bonnie que este era o seu inferno pessoal. —Kai disse. —Estou curioso para saber por quê.

—Eu achei tudo que você pediu. —A voz de Bonnie ecoou e todos olharam para ela. —Abridor de lata, ralo de pia, pedra de amolar, geleia, canivete, volume "O" da enciclopédia, um prego e uma caneta preta.

Logo ela colocou a mochila em cima da mesa antes de abrir e derrubar tudo sob a mesma.

—E agora? —Ela perguntou.

—Não posso mostrar com a mão amarrada. —Kai falou e Thomas pegou o canivete.

—Thomas... —Damon tentou impedi-lo, mas Thomas o ignorou.

—Obrigado. —Kai agradeceu e Thomas começou à soltá-lo.

—Certo, legal. —Damon resmungou se sentindo desconfortável. Sabia que os dois se conheciam, e ver a proximidade deles não tava ajudando em nada. —Como é que esse monte de lixo vai tirar a gente daqui?

—Eu explico assim que você me disser o que fez em 10 de maio de 1994. —Kai disse.

—Que diferença faz? —Damon questionou abrindo os braços completamente incrédulo.

—Encare assim. A mágica da Bonnie é uma parte da equação. —Kai começou à explicar. —A informação que eu tenho é a outra. O que quer dizer que você e o Tyler vão pegar carona para casa de graça. Eu só quero saber se você merece vir junto.

Damon pegou o canivete da mão de Thomas e se aproximou de Kai, o pegando pela gola da camisa e o erguendo.

—Ou eu posso te torturar até você dizer alguma coisa de útil. —Ele sugeriu em forma de ameaça.

—Se você torturar, eu vou me zangar e não vou querer ajudar. —Kai falou e olhou para Thomas. —Para que tipo de pessoa a gente tem que explicar isso?

—Fale direito. —Thomas mandou tirando o canivete da mão de Damon.

—Pare de tentar impressionar o novato. —Damon pediu encarando Thomas depois que soltou Kai.

—Por que não conta a história para ele? —Thomas indagou também o encarando.

—Talvez porque eu não queira falar da pior coisa que eu já fiz, Thomas. —Damon respondeu e Kai murmurou um "uhhh" em deboche, fazendo Thomas olhá-lo mortalmente.

—Agora estou ouvindo. —Kai disse enquanto comia geleia com a mão mesmo.

Thomas suspirou e cruzou os braços enquanto se afastava de Damon, se sentando num sofá e cruzando as pernas.

—Precisam me distrair enquanto trabalho. —Kai falou se deitando no sofá e começando à brincar com o abridor de lata. —A história do inferno, por favor.

—Lembre-me de não matá-lo. —Damon pediu em forma de sussurro para Thomas.

—Talvez se você contar a história para ele você perca essa vontade. —Thomas sugeriu com um sorriso no rosto.